14 de setembro | 2015

A cirurgia da intimidade feminina

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Muitas mulheres sofrem com pequenos defeitos na região íntima, os quais influenciam negativamente na vida diária e na saúde sexual. Para amenizar o problema existe a Cirurgia Íntima, a qual consiste na retirada do excesso de pele presente nos pequenos lábios ou na correção de assimetrias.

Especialistas neste tipo de cirurgia explicam que o objetivo é melhorar o aspecto estético e também funcional, porque muitas pacientes se queixam do incomodo principalmente durante a relação sexual.

Apesar de não se saber exatamente quando este tipo de cirurgia começou a ser aplicada, a partir dos anos de 1980/1990, com a intensificação da exposição do corpo, maior liberação sexual feminina e a preocupação estética – não apenas em regiões expostas, mas em diversas áreas, como o períneo e vulva – registrou-se crescimento na procura por cirurgias estéticas na região genital. Conforme dados levantados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2011 foram realizados 9.043 procedimentos deste tipo, representando aproximadamente 1% do total de cirurgias plásticas feitas no Brasil.

Embora sua representatividade no ranking de cirurgias plásticas seja modesta, a Cirurgia Íntima se divide em três tipos: a) Cirurgias redutoras de volume (lipoescultura do púbis e face medial de coxas; ninfoplastia/correção de hipertrofia de pequenos lábios; correção de hipertrofia de clitóris; correção de assimetrias de pequenos lábios);  b) Cirurgias de flacidez (correção de flacidez de pequenos lábios; correção de flacidez de períneo; correção de flacidez da face medial das coxas) e c) Cirurgias de aumento de volume (lipoescultura/lipoenxertia do períneo e púbis).

A cirurgia plástica da intimidade também pode ser subdividida em funcionais, as quais acarretam prejuízo na qualidade de vida da paciente, e estéticas, que não causam prejuízo na qualidade de vida e são alterações estéticas na região.

É necessário entender como alterações funcionais as situações onde há dor, principalmente na relação sexual ou durante a prática de determinados esportes, como ciclismo, hipismo, dentre outros. Este sintoma, na maioria das vezes, é decorrente do excesso de volume dos pequenos lábios ou da falta deste no púbis. Há ainda a sensação de um simples desconforto, flacidez durante a relação sexual ou uso de roupas íntimas apertadas, advindo de uma flacidez excessiva dos pequenos lábios. Tais irregularidades  estéticas são decorrentes, unicamente do excesso e/ou insuficiência de volume ou assimetrias na área íntima.

Como o resultado só é observado ou sentido pela paciente, muitos podem perguntar qual a vantagem de realizar uma cirurgia como esta? A explicação é que melhora o aspecto estético, uma vez que os pequenos lábios ficam mais proporcionais e em harmonia com o períneo (vulva, vagina e púbis), levando a um conforto significativo durante a relação sexual e também no uso de roupas íntimas, pois o volume é menor.

Ainda segundo especialistas, quem procura a Cirurgia Íntima geralmente são pacientes jovens com vida sexual ativa e que, de alguma forma, se sentem incomodadas com o excesso de pele tanto estético quanto funcional, mas também é comum ocorrer em meninas na puberdade devido às alterações hormonais características deste período. Nesta fase as flutuações hormonais da puberdade podem estimular o desenvolvimento desproporcional dos pequenos lábios, assim como pode ocorrer com os seios. 

É sempre bom lembrar que para este tipo de intervenção é essencial recorrer ao cirurgião plástico especialista nesta prática, indicada para mulheres que estão infelizes com o seu corpo na região íntima.

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