28 de fevereiro | 2022

“A Estética da Estupidez” a arte da guerra contra o senso comum

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O Bom Doutor de Varsóvia

“O Bom Doutor de Varsóvia”, da Editora Jangada, prende o leitor do primeiro ao último parágrafo. Baseado na inspiradora história do médico e escritor Dr. Janusz Korczak (pseudônimo de Henryk Goldszmit), responsável por salvar centenas de vidas de crianças na cidade de Varsóvia, durante a Segunda Guerra Mundial, e nos relatos de Misha e Sophia, aprendizes do médico, este romance é fruto de pesquisas e do “amor” que a autora Elisabeth Gifford nutriu pela tocante história de Korczack e seu método de relacionamento com as crianças. A autora, ainda uma jovem mãe, deparou-se certo dia com suas ideias em um seminário sobre Educação. Segundo ela, o médico defendia um relacionamento com a criança que implica conhecê-la a fundo e respeitá-la enquanto indivíduo. Foi esta visão que a fez pesquisar a vida deste homem pouco conhecido e transformá-la em um livro de ficção. Para isso, ela fez diversas pesquisas, viagens e entrevistas. E chegou, inclusive, a colher informações e obter importantes materiais com Roman Wroblewski-Wasserman, filho de Misha e de Sophia, o casal que protagoniza este livro, ao lado de Korczak. Misha e Sophia são um dos pouquíssimos sobreviventes do gueto de Varsóvia. Ambos trabalharam com Korczak antes e durante a segunda guerra. Na trama, Misha e Sophia, um jovem casal de estudantes apaixonados são postos à prova durante os horrores do controle nazista em Varsóvia, assim como o Dr. Korczak luta para proteger as cerca de duzentas crianças de seu orfanato. “O Bom Doutor de Varsóvia” recria os fatos narrados pelo médico em seus escritos. O livro tem 376 páginas.

 

A Estética da Estupidez

Falta de discernimento; Ação, dito ou procedimento que revela ausência de inteligência; Asneira; Expressão ou atitude que indica indelicadeza e incivilidade; Grosseria. Estas são apenas algumas das definições para o substantivo “estupidez” nos dicionários. Tiago Pavinatto, advogado, professor e doutor em Direito, vai além: a estupidez, por se sustentar na mentira, é um fenômeno que odeia a verdade. Autor do livro “Estética da Estupidez – A Arte da Guerra Contra o Senso Comum”, lançamento da editora Almedina Brasil, Pavinatto expõe o estúpido como um sujeito dual. Ele pode utilizar a estupidez para manipular seus pares ou se aproveitar dela para seguir confortável na posição de acomodado, sem curiosidade, revoltado, preconceituoso e violento. O livro é fruto do compromisso particular do advogado em desmascarar o pensamento estúpido, fortalecido após ataques homofóbicos direcionados ao ator e humorista Paulo Gustavo, em maio de 2021. Na época, um pastor evangélico chegou a declarar que orava pela morte do artista enquanto ele enfrentava as complicações da Covid-19, que se confirmariam fatais. Segundo Pavinatto, o lançamento reflete sobre o significado da verdade neste momento singular da história. Ao debater conceitos relacionados à ciência e religião, o livro instrumentaliza o combate à estupidez. O leitor terá acesso às ferramentas para identificar e entender como o estúpido domina e é dominado. A obra instiga a autoavaliação e reforça a importância da coragem de pensar além. Para o autor, “Estética da Estupidez” é um convite à ética, uma oportunidade de repensar crenças e valores. O livro tem 208 páginas.

 

Amanhece! Patrimônio, Memória e História do Fandango Caiçara em Cananéia

Quando um mestre do fandango caiçara pede a benção de São Gonçalo, o padroeiro dos violeiros, e começa a cantar ao som de violas, rabecas e adufes em bailes animados, uma tradição secular está se renovando em Cananiéia, cidade mais meridional do litoral do Estado de São Paulo. Com a missão de difundir esta que é uma das mais ricas manifestações populares brasileiras, acaba de ser lançado para download gratuito pela Internet o livro “Amanhece! Patrimônio, Memória e História do Fandango Caiçara em Cananéia”, iniciativa da organização social Ponto de Cultura Povos da Mata Atlântica e primeiro lançamento digital da editora independente Same Same. Com raízes ibéricas e identidade genuinamente caiçara fortalecida no litoral Sul e Sudeste do Brasil nos últimos três séculos, o fandango caiçara é reconhecido, desde 2012, como Patrimônio Cultural Imaterial nacional. Em Cananéia, primeira vila fundada pelos portugueses no Brasil, em 1531, o fandango encontrou um terreno fértil para se desenvolver como prática festiva de integração comunitária ao final de mutirões nas comunidades tradicionais caiçaras do município. O livro “Amanhece!” revisita essa trajetória ao longo de 124 páginas com links para vídeos, áudios e até histórias em quadrinhos que buscam aproveitar o melhor das ferramentas online disponíveis para livros digitais. Idealizado pelo educador Cleber Rocha Chiquinho e escrito por ele, pela jornalista caiçara Catharina Apolinário de Souza e pelo também pesquisador de cultura caiçara Fernando Oliveira Silva, a obra revela a mais importante manifestação popular da cidade também pela sua faceta contemporânea. As participações crescentes de jovens e de mulheres nas apresentações musicais, poéticas e coreográficas evidenciam a renovação do fandango em meio a um cenário que conta com sete grupos em atividade no município, em uma mistura criativa de mestres e aprendizes.

 

Malbec Mon Amour

Indicado para todos os públicos, o livro “Malbec Mon Amour” é o mais novo título da Catapulta Editores. Com a história e evolução do Malbec, o livro leva o leitor a uma viagem fascinante pelos diferentes solos de Mendoza, na Argentina, onde a uva se desenvolveu e adquiriu características únicas de território Argentino. Unindo informações detalhadas de especialistas com belas ilustrações e imagens, Laura Catena e Alejandro Vigil, duas referências no mundo do vinho na Argentina, apresentam também fatos divertidos e curiosidades no decorrer da narrativa, como estudos de DNA realizados para identificar a “família” da uva. Os autores contam como e por que a Malbec se tornou uma marca de identidade e excelência do vinho argentino no mundo, com envelhecimento em carvalho e aromas complexos. “Além de imergir os leitores nos detalhes da produção do vinho, o título oferece experiência ímpar em cada página, com histórias e explicações detalhadas sobre o solo Argentino”, explica Carmen Pareras, diretora da Catapulta Editores Brasil.

 

 

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