08 de junho | 2014

A estrela que começou como uma boneca de pano

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Na novela “Geração Brasil”, Isabelle Drummond aparece como Megan Lily Parker-Marra, uma personagem completamente diferente daquelas já feitas pela atriz. Para este trabalho, ela mudou radicalmente o visual / João Cotta-RG

 


Megan, a personagem de Isabelle Drummond em “Geração Brasil”, é uma moça americana, rica e mimada. A caracterização da personagem exige paciência e algumas horas de preparo, assim como os cabelos completamente descoloridos pedem cuidados extras no dia a dia / João Cotta-RG

 

 


Quando o assunto é Isabelle Drummond é impossível não se lembrar da Emília, do “Sítio do Picapau Amarelo” porque foi através desta personagem de Monteiro Lobato que ela se projetou no cenário artístico. Apesar de ser apenas uma menina, quem acompanhou aquela temporada do “Sítio” percebeu que Isabelle, aos sete anos de idade, veio para ficar.

Nascida em Niterói, Rio de Janeiro, no dia 12 de abril de 1994, Isabelle Christine Lourenço Gomes desde pequeninha demonstrou talento para as artes cênicas nas apresentações escolares, um começo mais ou menos parecido com o de tantos outros astros. Antes de “explodir” no “Sítio do Picapau Amarelo”, Isabelle fez uma participação em “Laços de Família”, aparecendo em alguns capítulos como uma cliente do pet shop da veterinária Cinthia, papel que foi de Helena Ranaldi, e depois na minissérie “Os Maias” interpretando a pequena Rosicler, filha de Maria Eduarda, personagem de Ana Paula Arósio. Como se vê, ela contracenou com nomes de peso do elenco global.

A atriz menina mal concluiu a sua participação em “Os Mais” e foi chamada para ser a boneca Emília e ficou no papel durante seis anos consecutivos.

Ao contrário de seus companheiros de elenco no seriado infantil, ela continuou na Globo e aos treze anos de idade, em 2007, ganhou um lugar na novela “Eterna Magia”, que foi exibida na faixa da seis da tarde. Desta vez ela interpretou a adolescente Gina O’Neill. No ano seguinte, apareceu em horário nobre, na novela “A Favorita”, desta vez em participação especial.

A estrela de Isabelle Drummond começou a brilhar definitivamente quando foi chamada para fazer a Bianca, em “Caras & Bocas”, folhetim que atualmente a Globo está reprisando no “Vale a Pena Ver de Novo”.

Esta personagem fez história e deixou marcas no cotidiano dos telespectadores através dos bordões que Bianca usava na história de Walcyr Carrasco, sendo “É a treva”, uma das mais populares. A personagem usava a expressão quando algo não dava o resultado que ela esperava. Paralelamente ao seu trabalho na televisão, Isabelle atuou no cinema brasileiro, desta vez como co-protagonista no filme “Se Eu Fosse Você 2”, na pele de Bia, filha dos personagens vividos por Glória Pires e Tony Ramos.  Ela também apareceu na novela “Cordel Encantado”. Praticamente sempre emendou um trabalho ao outro.

Os tempos da boneca Emília definitivamente estavam ficando para trás. É cedo para afirmar isso, mas dá para arriscar que a empregada doméstica Cida, interpretada em “Cheias de Charme” é uma espécie de “divisor de águas” na carreira da atriz. A partir deste trabalho, ela se firmou no cenário da dramaturgia brasileira. É bem verdade que somado ao talento de Isabelle teve a participação de outras duas grandes atrizes, Leandra Leal e Taís Araújo que também protagonizaram a novela.

Como sempre, sem tempo para muito descanso, em “Sangue Bom” a atriz apareceu novamente protagonista como Giane, uma moça completamente do bem e torcedora fanática do Corinthians. Também essa personagem tinha opinião e não levava desaforos para casa. É digno de nota que as personagens da atriz – desde a Emília – tinham personalidade forte, assim como ela demonstra ser na vida real.

Depois de passar por uma repaginação total em seu visual, Isabelle Drummond é a Megan Lily Parker-Marra em “Geração Brasil”. A personagem em nada se parece com aquelas já vividas pela atriz. Trata-se de uma patricinha mimada com sotaque americanizado. O sotaque, não só de Megan, mas também de Pamela, vivida por Claudia Abreu, “engessa” um pouco a interpretação de ambas, mas de não apaga o talento de Isabelle, ao contrário, exige mais ainda dela, sendo que poderia dar mais brilho à trama se os autores permitissem que se expressasse sem o equivocado sotaque caricato.

No dia a dia, Isabelle Drummond é muito discreta. Completamente avessa às badalações, a atriz aparece em público quando seus compromissos profissionais assim exigem, caso contrário prefere manter a sua vida pessoal longe dos holofotes. Recentemente, ela assumiu o namoro com o músico Tiago Iorc, mas sem muitos detalhes, apesar de nunca evitar o assédio da mídia e dos fãs.

Por causa do encanto e fascínio que a boneca Emília exerce nos adultos e crianças, há quem diga que Isabelle será a nossa “eterna Emília” por ter sido a atriz menina que melhor se saiu no papel.

No entanto, o fato é que Isabelle é uma mulher linda e talentosa e deverá brilhar por muito tempo ainda no cenário artístico brasileiro

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