08 de abril | 2019

As aparências enganam!

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Há dois anos longe dos Estúdios Globo, Antônio Fagundes retorna aos folhetins em boa forma e com fôlego invejável para dar vida ao enigmático Ubiratan / João Cotta-RG

Na pele da boa esposa e mãe exemplar, Débora Falabella é Isabel, uma mulher reprimida que sonha em libertar-se da vida de princesa que aparentemente tem / Maurício Fidalgo-RG

 

 

Os personagens são dúbios e não se revelam facilmente, assim é o enredo da minissérie “Se Eu Fechar Os Olhos Agora”, que estreia nesta segunda, dia 08, no Globoplay, e no dia 15, na Globo. O roteiro foi adaptado pelo novelista Ricardo Linhares, a partir do livro homônimo escrito pelo jornalista Edney Silvestre e as filmagens ficaram sob a batuta do diretor Carlos Manga Jr. Segundo Manguinha, como é chamado o diretor, a intenção é “conduzir a narrativa de uma maneira em que as coisas não são mostradas, são sugeridas. Assim, não entregamos tudo de uma vez ao público. Essa estratégia de dar pouca coisa para quem vê causa o que a gente chama de efeito côncavo, em que é preciso prestar atenção para entender. A história tem que atrair”. Assim, a produção promete prender a atenção dos seus seguidores.

A cidade escolhida para ser o cenário da fictícia São Miguel foi a pequena Catas Altas, localizada no interior de Minas Gerais. O lugar é cercado de montanhas e assim dá a sensação de isolamento que a trama precisa.

A história de “Se Eu Fechar Os Olhos Agora” é narrada através das memórias de Paulo (João Gabriel D’Aleluia/Milton Gonçalves). Com ele, o telespectador volta ao início dos anos 1960 e viaja até a fictícia São Miguel, no interior do Estado do Rio de Janeiro. Durante uma escapada da escola, Paulo e Eduardo (Xande Valois) encontram o corpo da jovem Anita (Thainá Duarte) à margem de um lago. O mistério em torno da morte da moça é apenas o fio condutor da história, em que ninguém é exatamente o que aparenta. 

Ao longo da minissérie, outros crimes acontecem. Paulo e Eduardo contam com a ajuda do enigmático Ubiratan (Antonio Fagundes) para esclarecê-los, antes que se tornem as próximas vítimas. Eles acabam se envolvendo em uma trama que ameaça o jogo político e social de São Miguel.

Quem comanda o jogo político é Adriano Marques Torres (Murilo Benício) que conhece bem o significado da palavra poder; prefeito da cidade, tudo está certo, desde que esteja de acordo com suas vontades. Descendente de uma família de políticos, Adriano aprendeu desde cedo a mandar e a ser obedecido.

Assim como dentro da prefeitura, em casa ele é a autoridade máxima. A primeira-dama Isabel (Débora Falabella), num esforço constante, faz o papel da esposa ideal, cuidando da casa e das filhas Cecília (Marcella Fetter) e Vera Lúcia (Júlia Svascinna). 

De fato, ninguém desconfia de que por atrás da imagem de família perfeita que os Marques Torres tentam passar, cada um esconde seus próprios segredos. Desde o início da história, percebe-se que Adriano esteve, de alguma forma, envolvido com Anita e que é importante para o prefeito encerrar as investigações do crime. Mas por quê? Já Isabel, por mais que tente cumprir os deveres de esposa ideal, está muito longe de ser feliz naquele casamento. Sente falta de uma liberdade que nunca teve. 

Cecília, a filha mais velha, ficou noiva de Edson (Gabriel Falcão) por pressão das famílias. Tem muito carinho pelo rapaz, mas seu verdadeiro amor é Renato (Enzo Romani).  

Um casal muito festejado – e invejado – em São Miguel é Adalgisa (Mariana Ximenes) e Geraldo Bastos (Gabriel Braga Nunes), um empresário de sucesso. Ele tem a esposa como seu maior troféu. Conquistar a deslumbrante Miss Distrito Federal foi uma vitória pela qual ele nunca deixou de se vangloriar. 

Tanto Geraldo quanto Adalgisa são considerados modernos para os padrões da sociedade de São Miguel. Dentro de casa, no entanto, eles mantêm uma relação de respeito e carinho, mas sem qualquer rompante de paixão. Cada um, a seu modo, vive dentro da própria bolha de solidão. Para Adalgisa, seu melhor amigo é o dry martini que bebe quando está sozinha em casa, imersa em seus pensamentos, frustrações e desejos reprimidos.

De início, ter encontrado o corpo daquela jovem parece complicar a vida de Paulo e Eduardo, que são levados para a delegacia e passam por um extenso interrogatório. Porém, quando Francisco (Renato Borghi), o viúvo de Anita, confessa ter matado a esposa, os meninos são liberados e a situação aparentemente fica resolvida. Uma dúvida, no entanto, paira no ar: como aquele homem, tão frágil, teria conseguido matar a moça sozinho? A desconfiança aumenta quando o repórter Cassiano (Pierre Baitelli) levanta suspeitas de que algo naquela história não faz sentido e ameaça investigar o ocorrido. A morte do jornalista deixa Paulo e Eduardo ainda mais assustados e com a certeza de que alguma peça está fora do lugar.

Na Globo, a minissérie estreará na segunda-feira, dia 15 de abril,  logo depois de “O Sétimo Guardião” e depois passará a ser mostrada na faixa das onze da noite. No elenco estão também Lidi Lisboa, Betty Faria, Jonas Bloch, Antônio Grassi, Vitor Thiré, entre outros. É esperar e conferir.

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