14 de dezembro | 2020

Enxaqueca se agrava no calor

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A enxaqueca, de modo geral, pode ser desencadeada por fatores climáticos, emocionais, psicológicos, variações na rotina e nos hábitos de sono, na alimentação, estresse, consumo de bebidas alcoólicas e exercício físico, em alguns casos. Nas mulheres, as oscilações hormonais do ciclo menstrual também têm influência. Contudo não é raro haver crises sem um motivo aparente, sem um desencadeante óbvio. Elas podem surgir espontaneamente, pois a enxaqueca é uma doença do funcionamento do cérebro.

A chegada do verão e as temperaturas mais altas é uma preocupação para quem sofre de enxaqueca. O calor excessivo é um dos fatores desencadeantes de dores de cabeça e quem sofre com crises pode ter seu quadro agravado.

Existem dezenas de tipos diferentes de dores de cabeça, porém as mais comuns são a enxaqueca (ou migrânea) e a cefaleia tensional. Na enxaqueca, a dor costuma ser forte e latejante e vem acompanhada de outros sintomas, como náusea e intolerância a luz e ao barulho, além da intensidade da dor piorar com atividades físicas corriqueiras. Para as pessoas acometidas por esse problema, a dor é incapacitante, reduz a qualidade de vida, atrapalha a execução de tarefas cotidianas, prejudica o trabalho, a vida familiar e o convívio social.

Entre os fatores ambientais, o mais importante é o calor, e isso acontece por uma combinação de elementos. Especialistas garantem que a mudança de temperatura, por si só, pode causar crises de enxaqueca. Além da própria temperatura, durante o verão o nosso corpo perde muito líquido pelo suor. A desidratação pode ser um fator de piora ou de ocorrência de crises de dor de cabeça. Além disso, o período de fim de ano e férias nos quais há mudanças de rotina de sono, alimentação e exercícios físicos e maior consumo de bebida alcóolica é um prato cheio para a enxaqueca.

Existem algumas medidas simples que podem minimizar o sofrimento com dores de cabeça fortes nos dias de temperatura muito alta. A primeira recomendação dos especialistas é manter-se sempre bastante hidratado, aumentando significativamente nessa época a ingestão de líquidos. 

Também é importante evitar a exposição direta ao sol forte, em especial nos horários de pico. Em ambiente ao ar livre, deve-se utilizar chapéu e óculos que ofereçam boa proteção contra a luminosidade. Tome banhos frios para refrescar, coloque roupas mais frescas ou aplique compressas frias na cabeça.

Na alimentação é recomendado que se dê preferência a alimentos mais leves, com menos gordura, e evite o consumo de cafeína e comidas com muito açúcar. Também é indicado evitar longos períodos de jejum.

E durante a noite, preservar um ambiente mais fresco no quarto é essencial para não prejudicar o sono. 

Se, mesmo seguindo essas dicas, a dor de cabeça surgir muito intensa ou em pessoa sem histórico de enxaqueca, é preciso atenção. Quando a dor é acompanhada de outros sintomas neurológicos, como confusão mental, alteração visual ou dificuldade de fala ou movimento, é fundamental procurar um pronto-socorro imediatamente para uma avaliação, pois pode ser sinal de um problema mais grave, como um Acidente Vascular Cerebral.

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