30 de setembro | 2019

“Éramos Seis” chega em sua quinta versão na tela da Globo

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1- Ao longo de três décadas o telespectador vai acompanhar a história da família de Lola (Glória Pires) e Júlio (Anto- nio Calloni), que vive momentos de superação nos quais os laços fortalecidos pelo afeto, amizade e esperança são imprescindíveis para que ela se mantenha unida / Raquel Cunha-RG

 

2- Protagonista de “Éramos Seis”, Lola (Glória Pires) é uma personagem importante para manter a família em harmonia / Raquel Cunha-RG

 

3- Anto- nio Calloni é Júlio, um ho- mem apaixo- nado pela esposa e por sua família, mas que não consegue expressar seus sentimentos, princi- palmente com os filhos homens / Raquel Cunha-RG

 

4- Rica, mas amargurada. Assim é a Tia Emília, a personagem da atriz Susana Vieira em “Éramos Seis” / Raquel Cunha-RG

 

5- Em casa, Lola (Glória Pires) conta com a ajuda de Durvalina (Virgínia Rosa), sua fiel escudeira / Raquel Cunha-RG

 

6- Na vizinhança, Lola (Glória Pires) tem outras amizades que a ajudam a superar pequenos percalços do dia a dia, como Genu (Kelzy Ecard), sua vizinha. Genu vive às turras com Virgulino (Kiko Mascarenhas) e mantém o marido em rédea curta / Raquel Cunha-/RG

 

Em 1994 a audiência das noites do SBT era elevada quando era exibido o remake da novela “Éramos Seis”. Era a quarta vez que o livro de Maria José Dupré foi adaptado para a televisão em forma de folhetim. Agora chegou a vez da Globo colocar sua versão no ar. A “Éramos Seis” global vem sendo escrita por Angela Chaves baseada na novela de 1994 escrita por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, livremente inspirada no livro.

A trama apresenta a história de uma grande família cuja matriarca luta para que se mantenha unida frente às dificuldades sociais e econômicas do início do Século XX. Lola (Glória Pires) e Júlio (Antonio Calloni) têm grandes desafios pela frente e somente com laços fortalecidos pelo afeto, que têm um pelo outro e pelos filhos, se sentirão fortes o suficiente para seguir em frente. Dentro desse contexto, Lola é uma personagem importante para manter a família em harmonia. “Ela é um símbolo. Mas a natureza feminina é assim. Quando ela se propõe a formar uma família, ela que é a que mantém, a que sustenta e a que empurra para frente”, define a atriz Glória Pires. 

Antonio Calloni é Júlio, um homem apaixonado pela esposa e por sua família, mas que não consegue expressar seus sentimentos, principalmente com os filhos homens. As diferenças nos hábitos e costumes nos relacionamentos da década de 1920 para agora é algo que se destaca quando falamos de Júlio. “É um conflito interno que ele tem entre o ser provedor e o ser afetivo. Esse é o conflito eterno do Júlio e é tão grande, que ele chega a adoecer por causa disso”, explica o ator.  

Ao falar de sua personagem, a amargurada tia Emília, Susana Vieira brinca sobre o quão são diferentes e o quanto precisa se conter para interpretá-la. “Eu entro no capítulo oito, quando a situação econômica da Lola (Gloria) fica zerada, daí que ela vai procurar a tia rica, esnobe. Mas ela não é uma pessoa agitada como eu. Ela não ri. Ela é fechada, eu vou ficar até feia, eu acho”, comentou, rindo, a atriz Susana Vieira.

As gravações da novela começaram em meados de julho, em São Paulo, Santos e Campinas e seguem nos Estúdios da Globo, no Rio de Janeiro.

Lola e Júlio são pais de Carlos (Xande Valois/Danilo Mesquita), Alfredo (Pedro Sol/Nicolas Prattes), Julinho (Davi de Oliveira/André Luiz Frambach) e Isabel (Maju Lima/Giullia Buscacio). No início da década de 1920, Lola e Júlio dão um passo maior que a perna ao decidirem comprar uma casa na nobre Avenida Angélica, na zona central de São Paulo. Como não têm o dinheiro para adquirir o imóvel à vista, os dois fazem um financiamento com o banco, que cobra anualmente juros altíssimos.

Dentro desse contexto, Júlio é um típico homem da época. Logo, se cobra e quer oferecer mais à família, sonha em ser promovido no trabalho e se incomoda com a alta dívida que possui no banco por conta do financiamento da casa. Apesar das preocupações que carrega diariamente, por vezes, comprometerem sua relação com a família, ele ama profundamente os filhos e a esposa, por quem tem grande admiração. Sua ambição não é desmedida e ela existe porque ele busca se encontrar enquanto homem de sua geração.

Lola, por sua vez, é uma mulher que acredita na vida, entende que quando se tem boa vontade, quando se faz sua parte, o resto acontece naturalmente. Tem esperança na resolução dos desafios que se apresentam, ama o marido e os filhos acima de tudo e tem uma expectativa enorme pelo futuro de cada um deles. Ao mesmo tempo, se questiona frequentemente se está certa ao insistir com Júlio que a casa é um bem do qual não podem e não devem abrir mão. Ele se mostra relutante a cada prestação que paga ao banco e Lola entende que muito do seu comportamento é acirrado por conta disto.

A dificuldade para pagar a casa, contudo, é apenas um dos obstáculos do casal. No início da década de 1920, Júlio começa a apresentar graves problemas de saúde, o que traz custos inesperados. A criação e educação das crianças é outro obstáculo. Os filhos mais velhos, Carlos e Alfredo, vivem em pé de guerra, pois enquanto o primeiro é muito correto, ótimo aluno e dá alegrias para o casal, o outro é arteiro, está sempre se envolvendo em confusões com os vizinhos e vai mal na escola. Carlos, como irmão mais velho, tenta corrigir Alfredo, que se incomoda com sua intromissão e apronta ainda mais. Além disso, Júlio tem uma oportunidade concreta de enriquecer com a proposta de sociedade de Assad (Werner Schünemann), mas se vê sem saída para conseguir os 50 mil contos de réis que precisa para selar o acordo e fica mais frustrado ainda.

Para além dos problemas que a dívida traz, a casa na Avenida Angélica é um local que promove muitos momentos de alegria para Lola, família e amigos. Em casa, ela conta com a ajuda de Durvalina (Virgínia Rosa), empregada que é responsável pela comida e por manter os cômodos arrumados, pelo menos a tempo de o patrão chegar do trabalho. Durvalina é companheira de Lola, se preocupa com os gastos, tentando sempre que pode economizar na cozinha.

Na vizinhança, Lola tem outras amizades que a ajudam a superar pequenos percalços do dia a dia, como Genu (Kelzy Ecard), sua vizinha. Sempre atenta a todos os acontecimentos do bairro e seus moradores, ela é esposa de Virgulino (Kiko Mascarenhas) e mantém o marido em rédea curta. Vira e mexe ele chega atrasado em casa. Diz à esposa que faz hora extra na empresa de telefonia onde trabalha. Mas ela tem certeza que ele está mentindo e vive em busca de alguma pista que o marido possa deixar.

Virgulino, contudo, não tem outra mulher como ela pensa. Nem está na farra deleitando-se com os amigos, bebendo e dançando madrugada afora. Mas está, sim, mentindo para a esposa. Ele é um anarquista e periodicamente organiza reuniões clandestinas com colegas a fim de buscarem maneiras de manifestarem sua indignação. Virgulino não se importa que ela pense que ele está com outra mulher. Prefere isso a colocá-la como cúmplice de suas ações.

Os dois são pais de Lúcio (Arthur Gama/Jhona Burjack) e Lili (Bruna Negendank/Triz Pariz), amigos dos filhos de Lola e Júlio desde a infância. Embora Genu goste mesmo é de uma fofoca, demonstra um carinho verdadeiro pela matriarca dos Lemos.

Na Avenida Angélica, Lola conta, ainda, com a parceria de Afonso (Cássio Gabus Mendes), dono do armazém, onde, com frequência, compra fiado. Ele é casado com Shirley (Bárbara Reis), uma mulher amargurada por conta de acontecimentos de seu passado. Shirley é mãe de Inês (Gabriella Saraivah/Carol Macedo), criada por Afonso como filha. Carlos é apaixonado pela garota, e se Lola e Afonso acham graça do primeiro romance deles, a mãe de Inês se incomoda e faz o que pode para que não fiquem juntos.

Este é o cenário de “Éramos Seis”, que vem sendo dirigida por Carlos Araújo e que tem tudo para brilhar na audiência, assim como aconteceu em suas outras edições.

 

Quem é Quem?!

 

Lola (Gloria Pires) – É o apelido carinhoso de Eleonora Lemos, que vive para cuidar dos filhos e do marido Júlio (Antonio Calloni). Esposa e mãe devotada tem como orgulho da vida a casa onde mora com a família, comprada através de um financiamento. Para ajudar Júlio a pagá-la, Lola se dedica à confecção e venda de peças de tricô.

 

Júlio (Antonio Calloni) – Marido de Lola (Gloria Pires), ele é apaixonado pela esposa e por sua família. Vendedor na loja de tecidos de propriedade de Assad (Werner Schünemann) tem a ambição de um dia ser rico como o chefe.

 

Carlos (Xande Valois/Danilo Mesquita) – Certinho e estudioso, o filho mais velho de Lola (Gloria Pires) e Júlio (Antonio Calloni) sonha ser médico. O adolescente nutre uma paixão por Inês (Gabriella Saraivah/Carol Macedo) e é correspondido.

 

Alfredo (Pedro Sol/Nicolas Prattes) – O mais bonito e genioso dos filhos de Lola (Gloria Pires) e Júlio (Antonio Calloni) se envolve em confusões o tempo todo e não tem bom desempenho na escola.

 

Julinho (Davi de Oliveira/André Luiz Frambach) – É o filho mais ambicioso de Lola (Gloria Pires) e Júlio (Antonio Calloni). Desde pequeno sonha estudar engenharia e ser rico. Criança travessa se realiza ao ganhar de presente de sua tia Olga (Maria Eduarda de Carvalho) um cachorro, a quem batiza de Jagunço.

 

Isabel (Maju Lima/Giullia Buscacio) – A caçula de Lola (Gloria Pires) e Júlio (Antonio Calloni) é o xodó do pai, que faz todas as suas vontades. A situação incomoda Lola, que não concorda com o tratamento diferenciado dispensado pelo marido à filha.

 

Durvalina (Virgínia Rosa) – Empregada da casa de Lola (Gloria Pires) e Júlio (Antonio Calloni) há anos, ajuda na cozinha e no cuidado com as crianças, pelas quais é adorada. É uma aliada que Lola tem na vida.

 

Maria (Denise Weimberg) – A mãe de Lola (Gloria Pires), Clotilde (Simone Spoladore) e Olga (Maria Eduarda de Carvalho) é uma famosa doceira de Itapetininga. Com a venda de seus quitutes caseiros sustentou sozinha as filhas depois que o pai delas morreu.

 

Clotilde (Simone Spoladore) – Irmã do meio de Lola (Gloria Pires) é prestativa, companheira, amorosa com os sobrinhos, mas muito rígida e exigente consigo mesma.

 

Olga (Maria Eduarda de Carvalho) – A irmã caçula de Lola (Gloria Pires) e Clotilde (Simone Spoladore) é a mais espevitada e fogosa das três. Diz aos quatro ventos que sonha se casar com um homem rico, da cidade, e desdenha da paixão de Zeca (Eduardo Sterblitch), quase a ponto de desprezá-lo por seu jeito caipira.

 

Candoca (Camila Amado) – Irmã mais nova de Maria (Denise Weimberg) que não se casou e a ajuda nas encomendas dos doces. É preguiçosa, moralista e faladeira, mas também muito carinhosa com as sobrinhas e uma grande companheira da irmã.

 

Zeca (Eduardo Sterblitch) – Namorado de Olga (Maria Eduarda de Carvalho) em Itapetininga, é farmacêutico, doce e divertido, mas também meio bronco.

 

Shirley (Barbara Reis) – É mãe de Inês (Gabriella Saraivah/Carol Macedo) e vive amargurada por ter sido rejeitada quando estava grávida. Deixou, então, o passado para trás na Bahia e foi para São Paulo recomeçar a vida ao lado de Afonso (Cássio Gabus Mendes), que a acolheu junto com Inês, que considera sua filha.

 

Inês (Gabriella Saraivah/Carol Macedo) – É uma menina linda e muito inteligente. Acredita ser filha de Afonso (Cássio Gabus Mendes) e sentirá muito quando descobrir que não é.

 

Afonso (Cássio Gabus Mendes) – Dono de um armazém na Avenida Angélica, acolheu Shirley (Barbara Reis) e Inês (Gabriella Saraivah/Carol Macedo), que assumiu como sua própria filha. É gentil e caridoso, principalmente com Lola (Gloria Pires), por quem tem um grande afeto.

 

João Aranha (Caco Ciocler) – Pai biológico de Inês (Gabriella Saraivah/Carol Macedo), tem uma família rica que não aceitou seu namoro com Shirley (Barbara Reis). Assim como ela, foi enganado e, após descobrir, passa anos à sua procura.

 

Genu (Kelzy Ecard) – Esposa de Virgulino (Kiko Mascarenhas). Vizinha de Lola (Gloria Pires) é sua amiga leal e também a maior fofoqueira da rua. Desconfiada, chega a seguir os passos do marido que vive fazendo serão, para tentar descobrir se ele tem uma amante.

 

Virgulino (Kiko Mascarenhas) – O marido de Genu (Kelzy Ecard) trabalha na telefônica e é um sujeito íntegro e politizado

 

Emília (Susana Vieira) – Solitária, é viúva de um homem riquíssimo e irmã do pai de Lola. Tem duas filhas, Justina (Julia Stockler) e Adelaide (Joana de Verona). Enquanto Adelaide estuda desde criança em um colégio interno na Suíça, Justina tem um distúrbio mental, não diagnosticado pela medicina da época, e mora com ela.

 

Justina (Julia Stockler) – A filha mais velha de Emília (Susana Vieira) vive em uma espécie de mundo paralelo, alheia a tudo o que acontece ao seu redor.

 

Adelaide (Joana de Verona) – Filha mais nova de Emília (Susana Vieira), mora na Europa desde criança. Por lá, torna-se uma jovem moderna, questionadora, de atitude e personalidade fortes.

 

Almeida (Ricardo Pereira) – Melhor amigo de Júlio (Antonio Calloni), com quem trabalha na loja de tecido de Assad (Werner Schünemann).

 

Assad (Werner Schünemann) – Turco, dono da loja de tecidos. O que tem de tino comercial, lhe falta em generosidade com seus funcionários.

 

Marion (Ellen Rocche) – Dançarina, amante e confidente de Júlio (Antonio Calloni) no cabaré frequentado por ele e Almeida (Ricardo Pereira). Apesar da experiência de vida, se ilude na expectativa de que um dia o amado deixe a família e venha ser feliz com ela.

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