12 de junho | 2017

Lindas praias e muito sossego, assim é a Ilha Maurício

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Aliado ao conforto de uma cidade moderna, as belezas naturais encantam por si só. São vários quilômetros de mata nativa margeando as praias da Ilha Maurício / GB Imagem

Observar as belezas subaquáticas da Ilha Maurício é possível fazendo uma caminhada pelo fundo do mar, entre peixes e corais e desfrutar de um cenário paradisíaco inesquecível / GB Imagem

 

 

Em várias regiões do Brasil o tempinho frio começa a chegar, gerando murmurinho de quem gosta do sol escaldante do Brasil. Se você pensa em tirar férias e gosta do calor e praia, ou você opta por conhecer as maravilhas do Nordeste brasileiro, ou, se quer investir um pouco mais e fazer uma viagem internacional, então a sugestão é fazer uma viagem inesquecível pela Ilha Maurício.

Ao contrário do que muita gente pensa, a Ilha Maurício não é no Caribe, não. Este paraíso fica um pouquinho mais longe, na África do Sul. A viagem até lá dura oito horas até Johanesburgo e mais quatro horas até a ilha, mas que vale a pena, vale!

Sem sombras de dúvidas, uma versão moderna do paraíso! O lugar mede 58 quilômetros de comprimento por 47 de largura, tem 330 quilômetros de costa e pelo menos uma dezena de praias magníficas. De origem vulcânica, a ilha começou a ser habitada somente no Século XVI, sendo utilizada pelos portugueses como parada para reabastecimento dos navios na rota para as Índias; depois vieram os holandeses, os primeiros a colonizá-la de fato e daí o nome de Ilha Maurício, em homenagem ao holandês Maurício de Nassau. Franceses e ingleses também passaram por lá. A ilha só conseguiu a sua independência em 1968 e hoje a sua população, de pouco mais de um milhão de habitantes, é de origem indiana. A língua oficial é o Inglês, sendo que a mais usada pela população é um dialeto Créole, mistura do Francês com o sotaque africano local.

Tanta mistura se traduziu também na culinária. Uma das atrações da ilha é o Grand Baie, onde se concentram os bons restaurantes, principalmente os indianos, chineses e créole, uma cozinha francesa colonial com um toque bem apimentado dos escravos. Aliás, é bom o turista menos avisado não abusar muito dos condimentos locais.

Antes de falar nas praias e nos resorts, um dos maiores negócios da ilha, daremos um pulinho na capital, Port Louis que tem um trânsito meio difícil. A sua atração principal é o Mercado Central, um labirinto onde se encontra de tudo: roupas, temperos, legumes, ervas, artesanato, compotas e muita comida feita na hora como panquecas com curry e uma espécie de suco de leite, que na verdade consiste num copo de leite bem gelado temperado com o lamousse, um tipo de sementinha verde. As opções de consumo neste mercado são muitas, mas é preciso ter cuidado e não mostrar o dinheiro porque os preços podem subir muito.

Ainda na capital, imperdível é um moderníssimo centro de diversões construído defronte ao porto, o Le Caudan Waterfront. Tem um cassino e tudo o que um shopping pode oferecer. Outra cidade muito visitada na Ilha é Mahébourg, onde existe o Museu Naval encravado num casarão colonial que guarda as relíquias da ilha.

Tudo lindo, mas e as praias? Essas são de tirar o folego de qualquer um. Como a ilha é quase toda cercada por corais, o mar fica contido numa espécie de piscina natural, de águas muito transparentes, tornando-se uma atração à parte. Tanto que em todos os hotéis indistintamente são fornecidos aos turistas uma máscara e snorkel para que cada um possa ver por si mesmo as belezas dos corais do Oceano Índico, um dos mais coloridos do mundo. E tem ainda o "undersea walk", uma caminhada pelo fundo do mar, entre peixes e corais. Como pode? É a tecnologia. Os equipamentos tradicionais de mergulho são substituídos por um lastro e escafandro especial, sendo que o turista respira normalmente enquanto desfruta do paraíso, sob as águas, azuis ora esverdeadas, do mar de Maurício.

Um dos grandes negócios da ilha são os resorts, onde o sossego e o "não fazer nada" falam mais alto. São lugares perfeitos para quem busca a paz e está fugindo da batalha diária dos grandes centros. Na mesma linha, existem bangalôs feitos sob medida para lua de mel.

A vida noturna no lugar é quase nula. A maioria dos turistas é constituída de famílias ou de casais. Assim, se quer visitar o lugar, é melhor levar companhia. Os preços também são atrativos. É possível ter uma boa refeição para dois, com direito a vinho e sobremesa, por menos de 30 dólares.

Aquele que visitar a ilha não poderá deixar de trazer as incríveis miniaturas de barcos de madeira, marca registrada do artesanato local. Outro sucesso são os pareôs, diferentes de quaisquer outros do mundo e imperdível também é o dodô de pelúcia.

O dodô nada mais é do que uma ave típica da ilha cuja espécie foi extinta. O dodô era um pássaro gorducho e bicudo cuja imagem (foi só o que sobrou dele) está em toda parte, inclusive no brasão nacional da ilha. O pássaro ilustra tudo, até as caixinhas de fósforos. A ave foi extinta por ser de natureza muito dócil e incapaz de voar, passou a ser presa fácil para os primeiros colonizadores em 1510, que consumiam dodô em sua alimentação. Os ovos e os filhotes alimentaram os ratos trazidos nos porões dos navios. Conclusão: hoje o dodô é só uma figura, cujos restos mortais podem ser vistos no Museu de História Natural, em Port Louis.

Mas, como estas histórias fazem parte do progresso, Ilha Maurício não perdeu o seu encanto. Continua sendo uma filial do paraíso, cujas praias de areias brancas e águas límpidas estão no cardápio de qualquer turista de bom gosto.

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