30 de setembro | 2012

O grande sucesso dos anos 80 está de volta

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Tony Ramos e Irene Ravache são os protagonistas da nova versão de “Guerra dos Sexos”, interpretando Otávio e Charlô, respectivamente / João Miguel Jr-RG

 

 

O ator Edson Celulari retorna às novelas na pele do mulherengo Felipe, em “Guerra dos Sexos”. Protagonizará inúmeras confusões até se apaixonar de verdade e definitivamente / Raphael Dias-RG

 

 

 

 

 

 

Originalmente, a novela “Guerra dos Sexos” foi exibida entre junho de 1983 e janeiro de 1984. Escrita por Sílvio de Abreu, naquela época foi protagonizada por Fernanda Montenegro e pelo saudoso Paulo Autran, até hoje é considerada um dos maiores sucessos televisos.

Agora, a história foi remodelada pelo mesmo autor e entra novamente no ar nesta segunda-feira, dia 01 de outubro, substituindo “Cheias de Charme”, que se mostrou boa de audiência. Assim, “Guerra dos Sexos” terá a missão de manter os excelentes pontos do Ibope, tarefa que parece não ser difícil se levarmos em conta a boa reputação do folhetim e o elenco escolhido para estrelar o remake.  

Em “Guerra dos Sexos”, Otávio (Tony Ramos) e Charlô (Irene Ravache) vão mostrar os conflitos e prazeres entre homens e mulheres na eterna busca da superioridade. Ambientada em São Paulo, a novela tem autoria de Silvio de Abreu com colaboração de Daniel Ortiz, direção de núcleo e geral de Jorge Fernando e direção de Ary Coslov, Marcelo Zambelli e Ana Paula Guimarães.

A idade não é empecilho para Charlote II de Alcântara Pereira Barreto, Charlô, como prefere ser chamada. Exímia piloto de carro, moto e avião, também atira como ninguém e pratica aulas de paraquedismo. Se você já está sem ar, imagine quando souber que ela também é adepta de safáris na África, missões antropológicas pelas selvas amazônicas e furtivos casamentos e arrebatadoras aventuras amorosas. Alegre e destemida, só perde o humor quando o primo a chama de Cumbuqueta.

Em retaliação, Otávio II de Alcântara Rodrigues e Silva é logo apelidado de Bimbinho por Charlô. O sexagenário senhor é sisudo, medroso, cheio de manias e hipocondríaco. De hábitos pouco saudáveis, parece até ter alergia a palavra ginástica. Só lhe vemos com disposição quando está a proferir rebuscados e moralistas discursos sobre as maravilhas de ter nascido homem. 

Comprovando a teoria de que os opostos se atraem, os dois tiveram um tórrido romance na adolescência. Chegaram a ficar noivos, mas Charlô II jamais aceitou os mandos do machista Otávio II, que, por sua vez, nunca cederia a uma feminista. O grande amor acabou se transformando em ódio. Separados, mantiveram em comum apenas a paixão pelo golfe e o gosto por apostas.

E se tivessem apostado, jamais imaginariam que uma herança milionária e uma condição surpreendente os uniriam outra vez. Os dois quase caíram para trás quando o tabelião leu o testamento de Charlô I (Fernanda Montenegro) e Otávio I (Paulo Autran), mortos de infarto duplo numa prolongada noite de amor. Os tios homônimos deixaram para seus únicos descendentes a mansão onde viviam e a rede de loja Charlô’s, sem direito a negociação de venda fora da família. Os primos, teimosos e irredutíveis, preferiram dividir a mesma casa e a administração das lojas a ter que ceder e vender seus exatos 50% para o outro.

A coincidência assombrou a governanta Olívia (Marilu Bueno). Ela não acreditou que, depois de anos servindo ao excêntrico casal, que também se odiava e acabou casando, teria agora que dividir-se entre os novos moradores da mansão. Charlô ocupa um lado da casa; Otávio, o outro. A sala principal, onde se encontram pelas manhãs, é vigiada pelos enigmáticos olhares dos tios, imortalizados em grandes quadros sobre a lareira. Olívia, sempre assustada, jura que as imagens mudam de expressão. Será?

Os implicantes primos movimentam o lugar como ninguém. Apesar de não morar na mansão, Felipe (Edson Celulari) está sempre visitando a mãe adotiva Charlô e as filhas Juliana (Mariana Ximenes) e Analú (Raquel Bertani), que moram com a avó. Ele trabalha ao lado de Otávio como diretor-administrativo das lojas da família. 

Analú é confusa como o pai; desistiu do noivo Kiko (Johnny Massaro) no fatídico dia do “sim”, já vestida de noiva. Nem a pomposa cerimônia organizada na casa da família conseguiu segurá-la: Analú pulou a janela e correu pelos jardins da mansão até desaparecer pelo portão. Ela é assim mesmo: inconsequente e volúvel, a cada semana aparece com um estilo diferente e abraça uma nova causa. Otávio jura que a fuga da sobrinha teve o dedo de Charlô.

A irmã mais velha, Juliana é altamente competente, ela coordena a chefia de departamentos da Charlô’s. Feminina, bem-sucedida e consciente do papel da mulher na sociedade, é o orgulho da avó de quem é fiel escudeira. Atrai olhares a quilômetros de distância por sua beleza e simpatia, mas possui certa melancolia que intriga Nando (Reynaldo Gianecchini).

Nando é o motorista da família Alcântara. É o confidente e aliado de Otávio, o único que sabe onde o patrão passa as noites quando não dorme em casa. Se quiser falar com ele, terá que procurá-lo além da garagem da mansão. Lindo e de porte atlético, não tem a menor noção do impacto que causa nas mulheres. Mas adoraria abalar o coração de Juliana. 

Em surpreendente acordo e para frear as constantes investidas de Felipe nas moças da empresa, Otávio e Charlô decidiram proibir relações amorosas entre os funcionários de toda a rede de lojas. A multa pela infração é a sumária e justa demissão. No caso de Felipe, a situação ainda se agrava pela perda de seu cargo e herança. Mas a verdade é que ele parece não ligar a mínima para a norma da empresa. Também pudera! Que homem resistiria ao estonteante par de pernas de Vânia Trabuco de Morais (Luana Piovani)?

As pessoas que trabalham nas lojas Charlô’s são animadas, mas os moradores da Vila da Mooca não ficam atrás. Ali pela Zona Leste de São Paulo, vive uma família bastante peculiar, a começar pelo nome do patriarca.

Dinorah Carneiro (Fernando Eiras), para infelicidade de Nieta (Drica Moraes), o nome do marido é mesmo este. Dino, como o chamam, é o comprador e contador da Positano, a confecção de seu cunhado Vitório (Carlos Alberto Ricceli).  Honestíssimo como poucos, irritando ainda mais a esposa, passará por uma verdadeira provação quando aparecer a oportunidade de crescer de maneira um tanto quanto obscura.

Nieta é assim mesmo, meio amargurada, meio ranzinza, mas no fundo é boa gente. Ao contrário da irmã Roberta (Glória Pires), não deu certo na vida e a pobreza é algo insuportável para ela. Ajuda em casa cozinhando para fora, vendendo marmita ou até mesmo fazendo canudinho de coco para vender na feira.

Este será um dos núcleos cômicos da trama, uma vez que Niete tem senso de humor inigualável e fala tudo o que pensa, sem filtrar nada.

“Guerra dos Sexos” fez enorme sucesso na década de 80, agora resta saber se o sucesso se repetirá nos dias atuais!

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