03 de abril | 2022

“O Papel do Jornalismo Sem Papel” – levanta o debate sobre o impacto da internet nas redações

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Hoje Empregado, Amanhã Empreendedor

Com o aumento do desemprego, abrir sua própria empresa está sendo uma solução para driblar a crise e conseguir pagar as contas. O empreendedorismo brasileiro avançou em plena pandemia de Covid-19. É o que mostra um levantamento conduzido pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), com base em dados da Receita Federal, que mostra um aumento de 3,9 milhões de novos Cadastros Nacionais de Pessoas Jurídicas (CNPJ) em 2021. Sem empregos, é preciso se reinventar, buscar alternativas, e partir de empregado a empresário.  Segundo Sergio Rocha Lima, professor, empreendedor, consultor e instrutor do SEBRAE, é possível superar as dificuldades com um bom planejamento “Com uma dose de planejamento, modelo de negócio, coragem e valentia, é possível sim diminuir os riscos e ter um empreendimento rentável”. O livro “Hoje Empregado, Amanhã Empreendedor”, de Sergio Rocha Lima e publicado pela Literare Books International, mostra como passar por cima de todos os obstáculos de forma inteligente e criativa, mesmo o país enfrentando uma economia instável. “Tudo começa com uma ideia a partir de observações e atenção ao nosso cotidiano, mas o importante é validarmos essa ideia junto aos nossos possíveis clientes, com quem constataremos se realmente é um problema que atinge muitas pessoas. Descobrir um problema é a alma do negócio!”, diz Sergio Rocha. A obra destina-se para aqueles que trocam o emprego ou o desemprego pela luta diária de empreender, trazendo em seus capítulos desde a criação de novos negócios até a manutenção saudável das empresas, com recomendações de utilização de ferramentas que ajudarão aos leitores a terem mais conhecimentos específicos sobre como empreender, mantendo seus CNPJs conquistados com muita luta, perenes, com lucratividade e sucesso. O livro tem 160 páginas.

 

Camille & Camila

O período das descobertas sexuais é confuso para boa parte dos jovens. Inundados de hormônios e sem um direcionamento, restam muitas dúvidas e poucas certezas. Este momento é ainda mais delicado para aqueles que se identificam com uma orientação sexual diferente da considerada, por alguns, como padrão. Em “Camille & Camila”, a escritora Bella Prudencio retrata as frustrações e alegrias das pessoas LGBTQIA+ durante esta jornada de autoconhecimento de forma autêntica e sensível. Ao contar a história de amor entre duas mulheres de personalidades marcantes, a autora escancara tópicos essenciais para o nosso tempo como os cuidados com a saúde mental, o enfrentamento dos preconceitos e o dilema da busca por aceitação, interna e externa. A relevância destes temas vem de uma triste realidade: os casos de ansiedade e depressão cresceram 25% durante a pandemia, especialmente entre mulheres jovens, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Enquanto Camille busca consolo para o transtorno depressivo no cigarro e no álcool, Camila acaba de começar a faculdade e não sabe bem quem é ainda. Uma se reconhece como lésbica desde muito nova, já a outra ainda trilha seu próprio processo de descobrimento. Mesmo em diferentes momentos de suas caminhadas, as duas criam uma conexão profunda e começam uma dança de luz e sombras após um encontro que parecia predestinado a acontecer. Escrito sob o olhar feminino, “Camille & Camila” dispensa os clichês usados para retratar o amor lésbico e propõe discussões que não podem mais ser adiadas. Mulher bissexual, diagnosticada com depressão crônica, Bella Prudencio revisita suas próprias experiências para dar vida às personagens. Esta combinação entre o real e ficcional confere à trama uma profundidade muito apreciada pelo público nas obras de literatura sáfica. Com 190 páginas, o livro é um lançamento da Editora Flyve.

 

O Papel do Jornalismo Sem Papel

Um dos primeiros âncoras do telejornalismo brasileiro, Carlos Monforte começou a carreira na década de 1970, quando atuou em jornais como “A Tribuna” e “O Estado de S. Paulo”. Ele viu o surgimento e a expansão das mídias digitais, que agora colocam em cheque o exercício da profissão. Em “O Papel do Jornalismo Sem Papel”, lançado pela Matrix Editora, Monforte levanta o debate sobre o impacto da internet nas redações. Afinal, somente em 2021, o declínio no número de jornais impressos foi de 13,6%, confirmando a tendência de queda registrada há anos nas tiragens dos principais periódicos brasileiros. Monforte viveu um período marcante das redações de jornais impressos brasileiros. No livro, ele descreve com riqueza de detalhes e toques de nostalgia a agitação dos repórteres na busca incessante por informações, o cheiro de tinta que saía direto das máquinas de escrever e os sons de passos apressados, telefonemas e conversas que tomavam conta do ambiente. O principal debate levantado na obra é a relação entre a internet e a veracidade das informações que circulam a todo momento. As inovações digitais garantiram que as notícias rápidas ganhassem mais a atenção do público, mas também passassem a ser questionadas. Para o autor, a busca pela credibilidade é o único caminho para combater “fake news” e distorção de fatos. Apesar de concordar que os veículos impressos fatalmente deixarão de circular, Monforte acredita que o jornalismo seguirá essencial para a defesa da democracia. Neste sentido, o autor defende o potencial de renovação do profissional para se manter como personagem essencial no debate e disseminação dos temas de interesse público. A obra tem 208 páginas.

 

Rato de Redação – Sig e a História do Pasquim

Após o golpe militar de 1964, a repressão a tudo que parecia contrário ao regime se tornou ainda mais severa com o AI-5, Ato Institucional emitido em 1968. Neste contexto de censura e cerceamento de liberdades, urgia na sociedade brasileira o desejo por um canal capaz de exasperar todas as indignações relacionadas ao momento. Foi desta necessidade que nasceu, em 1969, “O Pasquim”, semanário que se tornaria ícone do jornalismo alternativo brasileiro. Para resgatar a história do tabloide que questionou os rumos do regime militar com muito humor e boas doses de deboche, a Matrix Editora lança “Rato de Redação – Sig e a História do Pasquim”, do produtor cultural, editor literário e jornalista, Marcio Pinheiro. Com narrativa fluída e repleta de detalhes, a obra percorre o caminho de 22 anos de atividade do periódico. Tudo isso acompanhado do simpático Sig, o rato símbolo do jornal, desenhado pelo cartunista Jaguar. Desde a primeira capa, Sig teve destaque garantido no Pasquim. Ele interferia com seus comentários sarcásticos em quase todas as matérias, artigos, entrevistas e até anúncios. “É a presença mais constante durante as mais de duas décadas de existência do jornal”, conta Marcio Pinheiro. O personagem, aliado ao teor humorístico e a linguagem coloquial do semanário, agradou o grande público e, já em 1969, a publicação chegou à tiragem de duzentos mil exemplares. “Rato de Redação” reconta desde a escolha do nome do jornal – que na definição do dicionário tem um significado quase pejorativo – passando pela prisão de boa parte da equipe do veículo, em 1970. A queda do regime militar, a retomada da abertura política, a redemocratização, as crises financeiras e as divergências internas que aconteceram até seu fechamento em 1991 também são retratadas neste lançamento indicado para os apaixonados pela história do Brasil. O livro tem 192 páginas.

 

 

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