27 de abril | 2015

Os 50 anos de história da Rede Globo

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01 – William Bonner e Renata Vasconcellos na bancada do “Jornal Nacional”. Ainda hoje a atração é o principal telejornal do Brasil / João Cotta-RG

 

02 – O auge da programação infantil da Globo ocorreu em meados dos anos 80, quando em 1986 estreou o “Xou da Xuxa”, apresentado por Xuxa Meneghel / Matheus Cabral-RG

 

03- De volta ao passado: Elke Maravilha, Cid Moreira e Luiz Fernando Guimarães também fazem parte da história da Globo. Elke Maravilha conquistou fama quando foi jurada de Chacrinha (Abelardo Barbosa); Cid Moreira foi o primeiro âncora do “Jornal Nacional”, ao lado de Hilton Gomes, e o ator Luiz Fernando Guimarães sempre se destacou nas atrações humorísticas da emissora / Reinaldo Marques-RG

 

04- Derrubando tabus: Cena da novela “Babilônia”, na qual mostra o casamento de Teresa e Estela, magistralmente interpretas pelas veteranas atrizes Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg / Alex Carvalho-RG

 

05- Cemitério será cenário da série de “Amorteamo”, que estreia no início de maio, na tela da Globo / Paulo Belote-RG

 

06- Alguns dizem que a fórmula já está esgotada e que Fausto Silva deveria se reciclar, mas a verdade é que o “Domingão do Faustão” ainda é uma das principais audiências da Globo / Zé Paulo Cardeal-RG

 

07- A colorida cidade cenográfica do remake de “Meu Pedacinho de Chão”. A versão original da novela de Benedito Ruy Barbosa foi ao ar em 1971, inaugurando o horário de novelas das seis da tarde / Arquivo GB Imagem

 

 

 

Neste domingo, dia 26 de abril, a Rede Globo de Televisão estará completando 50 anos de existência. Fundada por Roberto Marinho em 26 de abril de 1965 é atualmente é a maior emissora de televisão do Brasil, da América Latina, e uma das cinco maiores do mundo.

Líder absoluta na guerra da audiência, a Rede Globo é vista diariamente por mais de 150 milhões de brasileiros, que acompanham suas novelas, jornalísticos, esportes e programas de entretenimento.

Apesar de em 5 de janeiro de 1951, durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, a Rádio Globo ter requerido pela primeira vez uma concessão de televisão, foi somente em julho de 1957, que o então presidente Juscelino Kubitschek aprovou a concessão.

A emissora foi oficialmente fundada no dia 26 de abril de 1965 às 10h45, com a transmissão do programa infantil “Uni Duni Tê”, atração que ficou no ar até 1968. O cenário do programa era uma sala de aula onde a professora Tia Fernanda (Fernanda Barbosa) dava aulas e brincava com seus alunos. A participação dos telespectadores era possível através do envio de cartas e desenhos. Também estavam na programação de estreia a série infantil “Capitão Furacão”, protagonizado pelo ator Pietro Mario, e o telejornal “Tele Globo”, embrião do atual “Jornal Nacional”.

Em janeiro de 1966, o Rio de Janeiro sofreu uma das suas piores inundações causadas pelas fortes chuvas que caiam impiedosamente. A cobertura da tragédia feita ao vivo pela Globo foi um marco na história da emissora. Nessa altura, a transmissão das imagens ainda era em preto e branco. Ainda naquele ano, a Globo chegou ao Estado de São Paulo com a aquisição do canal da TV Paulista. Em 1968, foi inaugurada a terceira emissora, em Belo Horizonte, e as retransmissoras de Juiz de Fora e de Conselheiro Lafaiete, além de um link de micro-ondas que ligava o Rio de Janeiro a São Paulo.

O “Jornal Nacional” é até hoje o principal telejornal do Brasil, sendo o primeiro informativo exibido em rede nacional. A estreia ocorreu em 1º de setembro de 1969. Na época, a veiculação ocorria às 19h45 e Cid Moreira, até hoje contratado da emissora, e Hilton Gomes foram os primeiros âncoras. Em 1974, a atração começou a ser transmitida em cores. Neste mesmo ano que Roberto Carlos ganhou o seu primeiro especial de fim de ano, atração tradicionalíssima que vai ao ar até os dias atuais. Ainda na década 70 surgiram o “Jornal Hoje”, “Fantástico” e “Globo Repórter”, que apesar de não terem a mesma audiência de antes, ainda continuam firmes e fortes no ar.

Sem dúvida alguma, o carro-chefe da Rede Globo no quesito audiência ainda continua sendo as novelas. A primeira telenovela exibida pela emissora no horário das oito da noite foi “O Ébrio”, de José Castellar, em 1965, mais foi somente com a entrada de Janete Clair no roteiro de “Anastácia, a Mulher Sem Destino”, originalmente de Emiliano Queiroz, que a estrutura que posteriormente se convencionaria como "novela das oito" se popularizou.  Desde “O Ébrio” até “Passione” em 2010, foram exibidas 74 produções que foram chamadas de "novela das oito", sendo que a partir de “Insensato Coração” em 2011, a emissora passou a denominar o produto como "novela das nove", sendo “Babilônia” a atual.

Também em 1965, foi exibida a primeira telenovela do horário das sete da noite, “Rosinha do Sobrado”, de Graça Melo. A primeira telenovela exibida pela Globo no horário das seis da tarde foi “Meu Pedacinho de Chão”, de Benedito Ruy Barbosa, em 1971 e que recentemente ganhou um remake assinado pelo próprio autor.

Entre 1965 e 1979, a Globo possuiu ainda um quarto horário destinado à exibição de telenovelas, às 10 da noite. A primeira produção exibida neste horário foi também a primeira telenovela a ser exibida pela emissora: “Ilusões Perdidas”, de Ênia Petri. “Sinal de Alerta”, de Dias Gomes, foi a última telenovela a ser exibida no horário durante aquele período. Em 2011, numa tentativa de alavancar a audiência noturna a Globo estreou o horário das 11 horas da noite. A primeira novela exibida na faixa foi “O Astro” remake da versão de 1977, sendo sucedida por “Gabriela”, remake do clássico de 1975. Em 2013, a emissora exibiu um remake de “Saramandaia”, seguido pelo remake de “O Rebu”, no ano passado e em breve exibirá “Verdades Secretas”.

A programação da Globo também se destaca pela cobertura de grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo, Fórmula 1, Olimpíadas, entre outros. Os programas de auditório também fazem a alegria do telespectador. Quem viveu nos anos 80 lembra com saudade o “Cassino do Chacrinha” que embalava as tardes de sábado. Atualmente um das grandes audiências da emissora em programas de auditório é o “Domingão do Faustão”.

Os seriados e sitcons também garantem boa audiência. “Chapa Quente” é o mais recente e no início de maio estreará a série de terror “Amorteamo”.

O auge da programação infantil da Globo ocorreu em meados dos anos 80, quando em 1986 estreou o “Xou da Xuxa”, apresentado por Xuxa Meneghel, vinda da extinta Rede Manchete. Atualmente Xuxa é contratada da Record, mas marcou e influenciou várias gerações de crianças.

Em 50 anos de história, inúmeras produções da Globo envolveram e emocionaram o País. Em muitos momentos, questões apresentadas na tela fizeram com que o público parasse na frente da televisão e se reunisse com os amigos para comentar o que era mostrado. Assuntos deixaram de ser considerados tabu. Paradigmas foram quebrados. Há 50 anos, por exemplo, seria impossível, em horário nobre, mostrar o casamento de duas senhoras, como aconteceu em “Babilônia”, quando foi ao ar a cena que oficializou, após muitos anos de companheirismo, a união de Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg).

Para celebrar a data, a Globo pretendente durante todo ano de 2015 trazer novidades para o telespectador e assim também tentar se manter na liderança absoluta, travada na guerra da audiência desenhando assim seus próximos 50 anos.

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