02 de setembro | 2019

Remake de “Éramos Seis” já está em franca produção

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1- Ainda na memória afetiva dos teles- pectadores, Dona Lola, interpretada por Irene Ravache na versão exibida pelo SBT, agora ganhará vida pelas mãos da talentosa Gloria Pires / Rachel Cunha-RG

 

2- Antonio Calloni dará vida ao patriarca Júlio. Ele trabalha em uma loja de tecidos e luta para deixar as contas da casa em dia / Rachel Cunha-RG

 

3- A história de “Éramos Seis” será dividida em três fases (décadas de 1920, 1930 e, por fim, 1940) e apresenta a saga de uma grande família cuja matriarca luta para que se mantenha unida frente às dificuldades sociais e econômicas do início do Século XX / Rachel Cunha-RG

 

4- Maju Lima, Xande Valois, Davi de Oliveira, e Pedro Sol serão os responsáveis por interpretar os filhos de Lola (Gloria Pires) e Julio (Antonio Calloni). Eles serão Isabel, Carlos, Julinho, e Alfredo respectivamente / Rachel Cunha-RG

 

5- O casarão do casal Lola e Júlio Lemos (Antonio Calloni) na Avenida Angélica, em São Paulo, lhes custa muito mais do que podem calcular. Júlio e Lola têm uma vida financeira limitada e, apesar do grande amor que sentem um pelo outro, entram em conflito por sonharem juntos sonhos diferentes / Rachel Cunha-RG

 

O livro da Sra. Leandro Dupré (Maria José Dupré) mereceu virar roteiro de novela por quatro vezes. A primeira versão de "Éramos Seis" foi exibida pela Record em 1958, com dois capítulos semanais. No ano de 1967 foi a vez da extinta TV Tupi encenar a história, tendo no elenco Cleide Yáconis, Sílvio Rocha, Diná Lisboa, Plínio Marcos e Isabel Cristina, entre outros atores.

Dez anos depois, Sílvio de Abreu e Rubens Ewald Filho escreveram outro roteiro os atores Gianfrancesco Guarnieri, Carlos Alberto Riccelli, Nicete Bruno, Carlos Augusto Strazzer, Maria Izabel de Lizandra, Ewerton de Castro, Georgia Gomide, Paulo Figueiredo e Flávio Galvão interpretaram os personagens principais.

No ano de 1994, o SBT resolveu colocar a história mais uma vez no ar. Com uma produção caprichada, a história colocou a emissora de Sílvio Santos de vez no mercado da teledramaturgia. A reconstituição da capital paulista do início do Século XX, bem como o figurino de todos os personagens foi espetacular. A atriz Irene Ravache voltava à televisão depois de ficar seis anos fora das telas e deu vida à doce e sofrida Lola.

Mas a quinta edição da trama está nas mãos da Rede Globo e a emissora já começou a gravar a nova versão de “Éramos Seis”. Desta vez a escolhida para interpretar Dona Lola foi Glória Pires. As comparações com Irene Ravache serão inevitáveis.

Quanto custa o sonho da casa própria? Para além dos juros altíssimos do financiamento bancário de seu primeiro bem imobiliário, o casarão do casal Lola e Júlio Lemos (Antonio Calloni) na Avenida Angélica, em São Paulo, lhes custa muito mais do que podem calcular. Júlio e Lola têm uma vida financeira limitada e, apesar do grande amor que sentem um pelo outro, entram em conflito por sonharem juntos sonhos diferentes. Enquanto, para ela, a casa é a alma da família, ficar rico é a principal ambição do marido.

A próxima novela das seis está sendo escrita por Angela Chaves com direção artística de Carlos Araújo, é dividida em três fases (décadas de 1920, 1930 e, por fim, 1940) e apresenta a história de uma grande família cuja matriarca luta para que se mantenha unida frente às dificuldades sociais e econômicas do início do Século XX. 

As gravações começaram em meados de julho, em São Paulo, cidade onde se passa a maior parte da história, e seguiram para Santos e Campinas, onde foram gravadas cenas na praia e em uma estação de trem, respectivamente. “Essas externas onde são recriados ambientes do passado são importantes para que equipe e elenco entrem em sintonia com a trama. Em cada um dos lugares por onde passamos havia elementos que remetiam àquele contexto, como uma casa construída em 1922 e um trem Maria Fumaça”, comenta o diretor.

Lola e Júlio têm quatro filhos: Carlos (Xande Valois/Danilo Mesquita), o mais velho e mais responsável, muito educado, prestativo e bom aluno, ele é motivo de orgulho para os pais; Alfredo (Pedro Sol/Nicolas Prattes), que é o oposto de Carlos, vai mal na escola, é o pivô de confusões em casa e com os vizinhos, e tem raiva da perfeição do irmão, com quem vive em pé de guerra; Isabel (Maju Lima/Giullia Buscacio), determinada e independente, por ser a única mulher é o xodó do pai, que tende a fazer as suas vontades; e Julinho (Davi de Oliveira/André Luiz Frambach), o mais novo, carinhoso com todos, principalmente com a mãe, e desde criança demonstra habilidade para lidar com dinheiro.

Lola é responsável pela educação dos quatro e pela ordem da casa, onde conta com a ajuda de Durvalina (Virgínia Rosa). Mas também na vizinhança ela tem amizades que a ajudam a superar pequenos percalços do dia a dia, como Afonso (Cássio Gabus Mendes), dono do armazém, com quem vira e mexe compra fiado. Ele é casado com Shirley (Barbara Reis), uma mulher amargurada por conta de acontecimentos de seu passado. Ela é mãe de Inês (Gabriella Saraivah/Carol Macedo), criada por Afonso como filha. Carlos é apaixonado pela garota, e se Lola e Afonso acham graça do primeiro romance de seu primogênito, Shirley se incomoda e faz o que pode para que não fiquem juntos.

Além de Afonso, Lola conta, ainda, com a parceria de Genu (Kelzy Ecard), sua vizinha. Sempre atenta a todos os acontecimentos do bairro e seus moradores, ela é esposa de Virgulino (Kiko Mascarenhas) e mantém o marido em rédea curta. Eles são pais de Lúcio (Arthur Gama/Jhona Burjack) e Lili (Bruna Negendank/Triz Pariz), amigos dos filhos de Lola e Júlio desde a infância. Embora Genu goste mesmo é de uma fofoca, demonstra um carinho verdadeiro pela matriarca dos Lemos.

Enquanto Lola “segura as pontas” no dia a dia da Avenida Angélica, Júlio, como era comum na época, é o principal responsável pelo provento que mantém as contas pagas. Ele trabalha em uma loja de tecidos e passa o dia fora. Esforça-se bastante para receber mensalmente seu ordenado e tem a ambição de ser promovido por Assad (Werner Schünemann), proprietário da loja.

Ao longo de três décadas, acompanhamos a história dessa família, que vive momentos de superação nos quais os laços fortalecidos pelo afeto, amizade e esperança são imprescindíveis para que ela se mantenha unida. “A novela conta a trajetória de Lola para manter a união e a harmonia familiar, mesmo tendo muitas dificuldades o tempo todo. É sobre a força dessa mulher e de sua família, que vive com poucos recursos, mas cercada de afeto”, diz Angela Chaves, autora do remake. Carlos Araújo, diretor artístico, destaca o que o público deve esperar desta versão. “Além de uma dramaturgia mais contemporânea, temos personagens mais complexos, nos quais nos aprofundamos. Lola, embora ainda seja uma personagem de 1920, vem um pouco à frente de seu tempo, tem pensamentos mais atuais”.

Com estreia prevista para este segundo semestre, “Éramos Seis” promete mais uma vez superar as expectativas e fazer bonito na guerra da audiência.

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