14 de outubro | 2019

Série da Globoplay tem como pano de fundo São Paulo

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1- A arquitetura e a velocidade da capital paulista como elemento fundamental para ajudar a contar o drama de Amanda (Letícia Colin), em “Onde Está Meu Coração” / Fábio Rocha-RG

 

2- Amanda (Letícia Colin) é uma brilhante e idealista médica de classe média alta que mergulha no mundo obscuro da dependência química, clamando por amor e afeto / Fábio Rocha-RG

 

3- Amanda (Letícia Colin) e Miguel (Daniel Oliveira) é o casal protagonista de “Onde Está Meu Coração” / Fábio Rocha-RG

 

A Globo não quer apenas ser a primeira na guerra da audiência na TV aberta, mas também quer abocanhar o público ligado aos serviço de streaming. Assistir televisão pela Internet já é uma mania nacional. Poder escolher quando e como assistir sua série, filme ou novela favorita já é realidade há algum tempo, por isso, a emissora dos Marinho está investindo pesado em produções originais para os assinantes da Globoplay. E já está saindo do forno a série “Onde Está Meu Coração”, que tem como cenário a megalópole São Paulo e como estrela a atriz Letícia Colin.

“Onde Está Meu Coração” mergulha numa profunda imersão em uma história de amor e superação. A série escolheu a arquitetura e a velocidade da capital paulista como elemento fundamental para ajudar a contar o drama de Amanda (Letícia Colin), uma brilhante e idealista médica de classe média alta que mergulha no mundo obscuro da dependência química, clamando por amor e afeto. Desde o início, a cidade “atuou” como um personagem sensorial por meio de suas ruas, concretos, pessoas e excessos materiais, que levaram a equipe de produção e de direção às escolhas certeiras das locações. O apartamento do casal Amanda e Miguel (Daniel de Oliveira), por exemplo, é assinado pelo ícone da arquitetura brasileira, Paulo Mendes da Rocha, e, com seu brutalismo e frieza, carrega o perfil dramático dos personagens. “A casa do casal só poderia ser um projeto modernista que deseja resolver todas as questões, mas não consegue decifrar as mais íntimas do coração”, explica Marcos Pedroso, diretor de arte da série. Ainda compondo o fio emocional da história, uma casa projetada por Ruy Ohtake, um dos maiores arquitetos do país, e com designer de interiores de Marcio Kogan acolheu mais de 20 cenas, dando vida à residência da personagem Vivian (Camila Márdila). O hospital do Centro Paralímpico Brasileiro, por sua funcionalidade, foi o local escolhido para refletir o idealismo sofrido de Amanda em seu ofício, por trás de toda a luta que a personagem enfrenta. Distanciando do centro da capital paulista, a série gravou também no porto de Santos, ambiente das cenas do drama particular de Sofia (Mariana Lima), mãe de Amanda. A beleza da paisagem natural, somada aos depósitos dos containers no porto e à presença grandiosa dos navios, marcou a origem da família da protagonista, que tem suas raízes na cidade litorânea, e principalmente a impotência de Sofia, sempre ao lado da filha em sua batalha pessoal, mas num forte desgaste em seu casamento com David (Fábio Assunção).

“Onde Está Meu Coração” foi gravada inteiramente em locações, contando também com a beleza e imponência de lugares como o Memorial da América Latina, o Parque do Ibirapuera e o Museu de Arte Moderna – projetos criados por Oscar Niemeyer – e em ruas, avenidas e viadutos do centro de São Paulo. Em todo esse cenário, a força e o olhar de Luísa Lima, diretora artística da série, foram fundamentais para imprimir a sensibilidade feminina da história de George Moura e Sergio Gondelberg, criada para uma protagonista mulher. “Os dependentes químicos também amam e muito. Nossa personagem é uma mulher que ama a vida, respeita as pessoas, tem muito afeto e muitos sonhos”, afirma Luisa. A obra dos autores, pelo universo em que Amanda está inserida e sua capacidade de superar e controlar a doença, é um convite a uma reflexão mais profunda sobre a necessidade do amor, da empatia e de sólidas relações afetivas no tratamento da dependência química. “O afeto e o amor são sentimentos da mesma natureza, efêmera, enigmática, e poética da falta. A falta que temos de dinheiro e de amor é o que nos move, mas também é o que nos paralisa e nos joga em um buraco. Achamos então que as redes afetivas, familiares e de amigos têm a capacidade de salvar as pessoas, e isso devemos entender por completo, de forma clara”, reforça a dupla. “Onde Está Meu Coração”, é fruto do trabalho em conjunto do quarteto, composto ainda por José Villamarim, que assina a supervisão artística da série. Promete ser sucesso. Agora é esperar a estreia.

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