18 de fevereiro | 2019

Um mal cada vez mais frequente: obesidade infantil

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Este é um tema que costuma dar muita dor de cabeça aos pais e chama a atenção de especialistas e autoridades da Saúde, tanto que existe uma preocupação contínua quanto ao tipo de alimentos que são oferecidos na merenda escolar e nas populares cantinas dos estabelecimentos de ensino.

As crianças são exigentes e condiciona-las a uma  alimentação saudável, se possível mantendo os pequenos bem longe dos fast-food e outras guloseimas, requer esforço e criatividade dos adultos que também precisam mudar os seus hábitos, senão não terão êxito com as crianças.  

E falando nas instituições escolares de um modo geral, outra medida preventiva adotada foi a redução da adição do sal e do açúcar nos alimentos oferecidos aos escolares, além de incentivarem as crianças a escolher alimentos mais saudáveis.

Os pediatras afirmam que uma criança obesa tem, até os dois anos de idade, 50% de chance de se transformar em um adulto obeso, aumentando esta proporção à medida que cresce, sendo que é recomendável que crianças obesas com 6 anos a 18 anos sejam encaminhadas para um tratamento considerado mais intenso para melhorar o peso, com prazo estimado de resultado em até um ano.

É bom ressaltar que o tratamento da obesidade somente deverá ser realizado sob a orientação médica. Após o diagnóstico diferencial, este poderá estabelecer um programa de reeducação alimentar, com a adequação tanto da quantidade como da qualidade dos alimentos ingeridos. É importante lembrar também que, em 99% dos casos, a obesidade infantil não está ligada a disfunções hormonais, como a maioria dos pais pensa, daí a atenção que se deve ter com a alimentação que se oferece à criança. A prática de exercícios físicos, também sob a indicação e supervisão médica, visa aumentar a massa muscular e o gasto de calorias, favorecendo o emagrecimento. O tratamento com medicações, tanto as que auxiliam na diminuição da ingestão de calorias, como as que diminuem a absorção das gorduras no intestino, poderá ser prescrito pelo médico em casos selecionados.

Os especialistas explicam ainda que crianças e adolescentes obesos têm um maior risco de ter diabetes tipo 2, asma, alterações cardiovasculares, hipertensão arterial, alterações das gorduras do sangue, doenças reumatologias e ortopédicas, e doença coronariana, que predispõe ao infarto. Isso sem falar nos problemas de saúde mental e psicológica, como depressão e baixa autoestima, se comparadas com crianças não obesas.

O bom senso e o amor devem sempre falar mais alto. É necessário cuidar para não imputar a culpa na criança por estar acima do peso, ela deve ser ensinada a alimentar-se corretamente e ficar atento a qualquer alteração de comportamento, identificar se não está descontando o seu lado emocional nos alimentos.

É unânime a opinião que a criança obesa não deve ser tratada sozinha. É preciso levar em conta o lar em que ela vive e o comportamento dos pais, sendo que o apoio destes é fundamental para o sucesso. Na maioria dos casos, é necessário aplicar a reeducação alimentar a toda família. No final, todos saem ganhando em saúde e mais disposição.  

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