23 de abril | 2012

Uma viagem pela Terra Santa

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O passado convive com o presente, gerando uma energia contagiante, fazendo de Jerusalém um lugar único

A cidade de Jerusalém foi rememorada pelos brasileiros quando em setembro do ano passado, Roberto Carlos realizou um dos maiores sonhos de sua vida que era apresentar-se na “Terra Santa”. Vale lembrar que o CD e o DVD mostrando o show do cantor chegaram ao mercado dias atrás, sendo que na versão Blu-Ray tem também um documentário sobre a cidade.

Jerusalém guarda  mais de três mil anos de História e, curiosamente, é sempre atual. Cada pedra de suas ruas e vielas testemunhou fatos importantes da história da Humanidade, alguns deles mudaram os rumos da trajetória humana na terra a partir da fé; a cidade é ao mesmo tempo um museu ao ar livre e uma vibrante e moderna metrópole, na qual o passado e o presente convivem muitíssimo bem juntos.

O lugar possui uma personalidade única que mexe com os visitantes; o pôr do sol dourado que reflete nas paredes dos edifícios, homens e crianças vestidos de preto dirigindo-se às sinagogas, os repiques dos diferentes sinos chamando para a oração e o burburinho das pessoas ocupadas com seus afazeres fazem de Jerusalém a cidade mais extraordinária do mundo.

A energia que emana do local provém desta mistura entre o antigo e o moderno, o sagrado e o secular, o mundano e o espiritual. Visitar a “Terra Santa”, onde se vive o presente de acordo com o passado histórico, é uma experiência única.

Há mais de três mil anos, quando o Rei Davi fez de Jerusalém uma capital e seu filho Salomão construiu o primeiro templo, o nome da cidade lembra imagens de beleza e reverência, local de grande atividade e animação. Hoje isso não mudou, Jerusalém continua sendo o destino de inúmeros peregrinos; é a sede do governo e um vibrante centro urbano que oferece todo o tipo de atividades.

Outra opção imperdível é simplesmente caminhar pelas ruas de alguns bairros como o Yemin Moshe, que fica do outro lado da Cidade Velha, com suas casas e edifícios construídos na época do período turco, como o Teatro Khan; tem ainda o Mea Shearim, onde os judeus praticantes deixaram suas marcas; a Knesset e seu magnífico edifício da Suprema Corte passando pelo Wohl Rose Garden, com suas milhares de rosas também é um passeio bastante procurado; outra opção ainda é seguir pela Haas Promenade para se ter uma vista panorâmica da Cidade Velha. Não esqueça também de conhecer o Zoológico Bíblico de Jerusalém.

Jerusalém mostra de formas diversas e variadas todo o seu passado e o seu tesouro, em forma de parques arqueológicos ou através das esculturas de renomados artistas expostas ao ar livre, como as obras de Calder ou Marc Chagall, expostas em Knesset, assim como os famosos vitrais do Centro Médico Hadassah. Igualmente vivas e acessíveis estão as relíquias guardadas nos museus da cidade.

O local oferece várias opções de lazer, entre eles os pubs, discotecas e muitos festivais, como por exemplo o Festival Anual de Israel, no qual artistas lotam os teatros e ainda se apresentam pelas ruas.

O artesanato da “Terra Santa” parece brotar em cada esquina; do outro lado da muralha da Cidade Velha acontece uma Mostra de Cinema; no Teatro ao Ar Livre de Hassenfeld acontecem as apresentações de rock.

A rica variedade da gastronomia local é um convite à comilança, assim como comprar guloseimas no mercado Mahaneh Yehuda, ou no Bazar da Cidade Velha, ou no antigo Cardo, onde as tradicionais tendas oferecem opções imperdíveis. Igualmente atrativas são as cafeterias e restaurantes do centro comercial.

Quem vai a Jerusalém tem que ver os Manuscritos do Mar Morto, no Santuário do Livro, constatar a tragédia do Holocausto em Yad Vashem, visitar as casas de antigos sacerdotes e ainda ver as sinagogas da Cidade Velha e finalmente não pode mesmo deixar de visitar o famoso Museu de Israel, que além de seu sítio arqueológico, conserva e expõe ricas coleções de obras de arte judaicas, pintura moderna e escultura.

As religiões monoteístas estão inseridas na estrutura da cidade, cada uma fazendo peregrinação ao seu respectivo lugar santo, ou seja, os judeus ao Muro das Lamentações no Monte do Templo e aos tesouros seculares no Bairro Judeu; os muçulmanos às gloriosas mesquitas no Monte Moriah; e os cristãos de todas as denominações às muitas igrejas construídas nos lugares pelos quais Jesus passou.

O acesso e horário para as visitações são determinados por cada religião. Para as visitações, é preciso usar roupas simples e demonstrar respeito pelos costumes. O Muro das Lamentações, a Via Dolorosa, o Santo Sepulcro e o Getsemani encerram acontecimentos de milhares de anos, no entanto é no chão do interior das muralhas da Cidade Velha que ressoam os ecos de um impressionante passado.

Tudo isso faz de Jerusalém um lugar inesquecível e para o qual se quer voltar.

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