30 de maio | 2021

Homem multado pela prefeitura é o 1.º a ser preso por maus-tratos de animais em Olímpia

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Quase R$ 5 mil de multas e pode pegar de 02 a 05 anos de prisão por crime pela nova lei. CFL avisou a polícia militar que a casa estava abandonada e um animal estava morto em estado de decomposição e outro definhando.

Um Rottweiler, em estado avançado de decomposição e outro, sem raça definida, apresentando ectoparasitas e caquexia (perda de tecido adiposo e músculo ósseo).

Um homem de 26 anos foi preso em flagrante, na terça-feira (25), em Olímpia, por crime de maus-tratos contra animais. O caso ainda gerou duas multas, sendo uma grave e outra gravíssima, aplicadas pela Prefeitura, por meio da secretaria de Zeladoria e Meio Ambiente, que é responsável pela causa animal na área urbana.

Esse é o primeiro ato de flagrante com prisão no município, baseado na nova Lei Federal de maus-tratos de animais.

De acordo com a divisão de Meio Ambiente, o médico veterinário do município foi acionado pela Polícia Militar de Olímpia em uma residência no bairro Quinta da Colina.

O laudo, assinado pelo especialista, constatou a presença de dois cães, um animal da raça Rottweiler, em estado avançado de decomposição, que foi recolhido e encaminhado ao Ecoponto para a destinação correta, e um animal, sem raça definida, apresentando ectoparasitas (tipos de parasitas que se instalam fora do corpo do hospedeiro, como pulgas e carrapatos) e caquexia (perda de tecido adiposo e músculo ósseo), que foi recolhido ao Centro de Acolhimento Animal do município, onde receberá todo o tratamento médico necessário.

Ainda segundo o laudo, não foi identificada disponibilidade de comida e água para os animais e o local estava com muitas fezes espalhadas pelo quintal, além da casa estar, aparentemente, abandonada.

Os policiais militares haviam sido chamados por funcionários da CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz, que faziam manutenção no bairro e acharam suspeitas as condições da residência.

Diante da situação comprovada, o proprietário do animal foi identificado e multado em 50 UFESP por abandono de animal e mais 100 UFESP por deixar o cachorro vir a óbito, sem os devidos cuidados necessários de saúde e alimentação, totalizando R$ 4.363,50, de acordo com Lei Municipal 4.460/2019, além de ser preso em flagrante pelo crime de maus-tratos animais, com pena de dois a cinco anos.

Em Olímpia, possíveis situações de violência contra animais podem ser registradas gratuitamente nos canais da Ouvidoria, pelo site, http://olimpia.eouve.com.br, ou pelo telefone 162, para que as denúncias sejam averiguadas e as providências cabíveis tomadas pelo setor responsável.

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Todos os Comentários (1)
Américo Rodrigues Dourado (Dourado) há 2 anos atrás
Assim a notícia parece com o que disse certa vez Einstein: "dados lançados do copo". Significa dizer, que a população - e de um modo especial e particular- o leitor assíduo que busca obter o mínimo de informação capaz de satisfazer sua curiosidade e sua sobrevivência em um patamar de conscientização condizente com a velocidade e variantes da vida humana. E como dizia Erich Fromm (in a revolução da Esperança - Zahar 1975) ;"contudo, parte da condição humana, é que o homem não está satisfeito em ser uma formiga, que fora dessa esfera de sobrevivência biológica e natural ou material, existe uma esfera característica do homem, a que se pode chamar de esfera de transobrevivência ou transutilitária. O que quer dizer isso? pergunta: Precisamente porque o homem tem percepção e imaginação, e porque tem o potencial da liberdade, ele tem uma tendência inata de não ser "dados lançados do copo". Com a devida venia pela citação longa de Erich, só quero repetir o que já disse em outras oportunidades: que o crime acaba compensando também na visão da imprensa, que relata "que um homem, de 26 anos, foi preso em flagrante" e "o proprietário do animal foi identificado" e finaliza o texto sem que o leitor possa saber de quem se trata. E penso, que aqui não se trata de nenhum desejo de vindicta, mas que a lapso deixa muito a desejar no quesito didático de auxiliar a população a tratar "de forma humanizada" seus e demais animais, conduta que insatisfeita, pode gerar ônus financeiro em multas e perda da liberdade após denúncia e sentença judicial. Seria de bom alvitre que não se imitasse ou repetisse o noticiário que preserva o grande empresário multinacional de causar a morte do Rio Turvo e sua fauna ictiológica (não há piracema sem enchentes que fazem o rio subir pelos pequenos córregos afluentes e ou encher as lagoas) e também enterrar (literalmente enterrar) capões de matas de cerrado ou pequenas nascentes em favor de aumento de terras aráveis. ações nocivas ao meio ambiente cuja degradação ameaça não só os animais, mas a própria sobrevivência da humanidade. Estas omissões por parte da imprensa só colaboram com a estupidez que dia-a-dia vai se alastrando pelo convívio de pessoas com outras pessoas e alicerçando condutas cujo imaginário humano considera justificáveis e não tem nada a ver com quem está do lado de fora ou do outro lado. Ninguém tem nada com isso, e "vamo qui vamo"! Da mesma maneira que condenamos "o passar a boiada" em relação ao meio ambiente, também não podemos "enfiar a cabeça na areia" e fazer da notícia apenas uma fofoca, contando o milagre, mas sempre ocultando o nome do santo. Reconhecemos que o Editor encontra-se a mercê de "um grupo terrorista" disfarçado na ação incendiária de um bombeiro, cujos objetivos escusos são desconhecidos pelos investigadores, mas a imprensa ostenta a vocação de um sacerdócio que no dizer de São Paulo "permanecei, pois, firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão". Esse é o fermento que leveda toda a massa e impede que a hipocrisia puritana de araque tente enclausurar ( e proibir) que a liberdade de imprensa faça a mito da insensatez humana dos poderosos e recalcitrantes ter um fim.
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