07 de junho | 2022

A perseguição e o ódio venceram a primeira batalha. CASSARAM A VEREADORA ALESSANDRA BUENO

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Depois de oito horas e meia, vereadora é cassada por 7 votos a 2. A confusão pela ‘descida’ dos secretários na tentativa de votarem (são vereadores afastados temporariamente) e no destaque o desmaio de Bueno.

DA REDAÇÃO
COM LEONARDO CONCON
REPORTAGENS E FOTOS SILVIO FACETTO

Por 7 votos a favor e dois contrários – Edna Marques e Helinton de Souza, o “Lorão” – a vereadora Alessandra Bueno foi cassada no início da madrugada desta terça-feira do seu cargo de vereadora da Câmara Municipal de Olímpia.

A decisão saiu às 1h50 da madrugada de terça-feira (7/06), com mais de oito horas de sessão, com a leitura de quase seis horas de todo o processo e depois de um desmaio de Alessandra – sendo levada à UPA 24 horas, após ter um colapso nervoso (teve que ser sedada e ficou em observação no pronto atendimento).

Dezenas de apoiadores da vereadora estiveram no local em manifestação contra a cassação.

Dentro do plenário, a maior confusão se deu quando os vereadores titulares Helio Lisse Júnior e Tarcísio Cândido de Aguiar tentaram reassumir seus postos para votar no lugar de seus suplentes.  

O presidente Kokão chamou a Polícia Militar para retirar os secretários, mas Tarcísio, como militar, exigiu o comando do Tiro de Guerra para retirá-lo, o que não ocorreu e ambos ficaram sentados o tempo todo nos lugares dos suplentes, mas não puderam falar na tribuna e, muito menos, votar.

O advogado de defesa exigiu a leitura na íntegra de todo o procedimento e o primeiro secretário Márcio Iquegami leu a maioria de centenas de folhas, auxiliado por Cristina Reale.

Depois, somente o vereador ‘Lorão’ se manifestou, defendeu uma ‘punição’ para Alessandra, mas não a cassação ‘por ser ato extremo’ e porque ‘os vereadores entrarão para a história, mas pelo lado mau’. Ninguém mais quis justificar na tribuna o seu voto, seja a favor ou contra.

Apenas Edna Marques e Lorão votaram contra. O resto, a favor, concretizando que tudo não passou de uma encenação com o objetivo de calar a única voz discordante de um grupo que, segundo a vereadora, foi formado na Câmara com o objetivo de tomar o poder em Olímpia nas próximas eleições.

A vereadora que estava sedada na UPA, certamente amanheceu sem o título de vereadora que agora poderá ganhar as raias da justiça, já que, segundo advogado especializado, não existe no Código de Ética da Câmara nenhuma tipificação de que bate-boca na internet configura quebra de decoro parlamentar.

O ex-secretário e vereador titular do cargo que foi impedido de votar (pois votaria contra a cassação de Alessandra), Hélio Lisse Júnior, postou, logo após a sessão em seu perfil no Facebook: “Ser legalista passar um vida profissional aplicando a lei e ver a Câmara Municipal da Estância Turística de Olímpia-SP através de uma comissão processante passar com o rolo compressor na legalidade, indignado em pertencer e ver tudo isso. Justiça não tarda”.

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