06 de julho | 2008

Atitude leva cidadãos a não acreditar na classe política

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 Para o advogado Ricardo José Gisoldi (foto) a distribuição descabida de boletins apócrifos no sentido de denegrir a imagem de um adversário político, tem como resultado o descrédito que todo candidato busca junto ao cidadão comum em busca da sua eleição. Ele entende que ao contrário, os políticos deveriam caminhar no sentido de moralizar a política.

"Porque torna a política suja e faz com que o cidadão desacredite a cada dia mais nos candidatos que hoje se apresentam e faz com que a população fique descrente do futuro da cidade, principalmente com relação a esses candidatos. A política tem que ser moralizada, para que a situação se resolva de melhor maneira possível", avaliou.

Ricardo Gisoldi afirma que se trata de caso flagrante de ilegalidade e até de inconstitucionalidade: "porque a lei garante liberdade de expressão, porém veda o anonimato e vejo que são denúncias fortes e pesadas e denigrem a imagem de uma pessoa".

O advogado diz que o autor ou autores deveriam ter feito uma investigação mais profunda e não manifestar da forma como fizeram: "sem nenhum tipo de fundamento, porque se não se tem um fundamento e um embasamento legal para isso, a atitude fica numa situação muito complicada, além da ilegalidade".

E acrescenta que para a história da política local "é uma vergonha das maiores possíveis, porque é muito fácil lançar argumentos, porém prová-los é uma situação diferenciada. Por isso deve se levar em consideração à ética acima de tudo, principalmente na política".

Gisoldi também é de opinião que a Justiça Eleitoral tem que se empenhar ao máximo para descobrir seus autores e processá-los criminalmente, no caso de haver algum abuso, falsidade, difamação ou calúnia.

"E responsabilizá-los civilmente porque é um ato de ilegalidade e se essas alegações não tiverem fundamento denigrem a imagem das pessoas imputando a elas crimes ou difamação perante a sociedade e são pessoas públicas", explica.

No entanto, se fosse candidato e passasse por situação idêntica, talvez pensasse de maneira diferente da que aconteceu na semana passada, quando os pré-candidatos anunciaram suas renúncias ao pleito eleitoral.

"Analisaria o caso isoladamente e vendo que as denúncias são fortes, apuraria o caso e não desistiria. Se tenho um respaldo não desistiria de forma alguma se forem fatos isolados e sem fundamentação. Sem fundamento não tem por que desistir da candidatura", acrescentou.

 

 

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