Se a punição for confirmada, dos 10 pontos que somou, cairá para apenas quatro e ficará em terceiro lugar no Grupo 16. Assim sendo, sua vaga será ocupada pela Portuguesa Santista, que somou oito pontos ganhos ao golear o Olímpia na última rodada.

Aliás, o Barretos se utilizou do jogador por pouco tempo naquela partida. Elvis entrou no segundo tempo do jogo para substituir o atacante Dudu, na partida disputada contra o Olímpia, no Estádio Antônio Gomes Martins, o Fortaleza, na noite do dia 11 de outubro, último jogo do primeiro turno da última fase.

Consta que o contrato do jogador tinha vencido no dia 10 de outubro, portanto, um dia antes. O caso foi encaminhado pela arbitragem para o Departamento Técnico, que depois o encaminhou para o Departamento Jurídico.

O clube foi citado na terça-feira da semana passada, dia 18, através de uma intimação, para que o gerente de futebol do clube, Olímpio Batista Ferreira Júnior, Pinho, comparecesse à sede da Federação Paulista de Futebol (FPF) na tarde da sexta-feira, dia 21, às 16 horas, para participar de uma acareação com um dos integrantes da equipe de arbitragem que atuou naquela partida.

Porém, ainda não se sabe ao certo o que aconteceu. Parece que, por um erro de digitação, o contrato terminou dia 10/10 (dez de outubro) quando deveria terminar dia 10/11 (10 de novembro). Consta que Pinho fez uma acareação com o quarto árbitro daquele jogo, Ederson Martins Deodato. Ambos já se manifestaram sobre o caso no processo de número 1486/11. Confirmada a irregularidade, agora caberá ao Tribunal de Justiça praticamente cumprir a lei: tirar seis pontos do Barretos. São três pontos ganhos no jogo e mais três de punição.

Depois do que aconteceu sexta-feira na sede da Federação Paulista, em São Paulo, os clubes envolvidos na reta final da competição já ficaram cientes dos fatos e fizeram as contas para garantir o acesso.

Como perderia seis pontos restaria ao Barretos vencer o Capivariano, em Capivari, e ainda torcer para que o jogo entre Portuguesa Santista e Olímpia não tivesse um vencedor no Estádio Ulrico Mursa, em Santos, porque o vencedor, independente de qual fosse, herdaria a vaga deixada pelo Barretos.

Dinheiro nunca foi problema para o Barretos que praticamente montou dois elencos – o primeiro deu errado – para a competição. A sua folha girava em torno de R$ 80 mil por mês, um absurdo para um time da Segundona, que em média é de R$ 20 a R$ 30 mil.

A Portuguesa Santista se aproveitou do fato do Olímpia ter jogado bastante enfraquecido; a diretoria já havia dispensado cinco jogadores titulares após a derrota em casa para o Barretos, fazia a festa na Baixada, um clima de melancolia era visto nos vestiários do Barretos, em Capivari.

Antes mesmo do início do jogo, ou seja, na preleção que fez no hotel na noite do sábado, dia 22, o técnico Valter Ferreira já teria comunicado a nova situação e que ao contrário de apenas um empate para disputar o título, o time teria que vencer o jogo e ainda torcer pelo empate em Santos.

Consta que o treinador teria até chorado já na preleção que fez no vestiário em Capivari, novamente falando a seus jogadores da situação delicada do time nos tribunais e que vários jogadores também teriam chorado, deixando o moral do time totalmente abalado.

Toda essa situação, na avaliação do treinador, teria feito com que, no campo de jogo, o Barretos fizesse um fiasco, sendo goleado por 6 a 1. Em apenas 12 minutos, o placar já apontava 3 a 0 para o Capivariano.