A Santa Casa local informou na tarde de terça-feira, 8, que o estado de saúde do bebê que nasceu microcéfalo na tarde de sexta-feira, dia 4, na Santa Casa de Olímpia é preocupante e que ele estaria com pneumonia. O menino também passou por uma tomografia que confirmou que o cérebro dele é menor do que o normal.

Por outro lado, de acordo com o diretor clínico do hospital, Nilton Roberto Martinez, depois de inicialmente ter negado, a jovem de 20 anos de idade, que deu a luz ao bebê confirmou ter sentido os sintomas característicos da febre zika, doença que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que é o responsável pelas transmissões da dengue e da Febre Chikun­gunya. O vírus está associado a uma epidemia de microcefalia no Nordeste.

Vinda de Ribeirão, cidade a 90 quilômetros de Recife, Estado de Pernambuco – estado com mais casos de microcefalia no País – a gestante disse, que no domingo, dia 6, dizia que não, na segunda-feira, dia 7, afirmou aos médicos que nos primeiros meses da gestação sentiu coceira pelo corpo, um dos sintomas do zika.

“Até ontem (domingo) ela falava que não. Disse hoje (segunda-feira) que teve coceira no corpo. Como a paciente é de cor negra não percebeu se tinha vermelhidão na pele. Isso pode ser um sinal”, afirmou à imprensa regional o diretor clínico da Santa Casa, Nilton Roberto Martinez.

O bebê, um menino, nasceu na última sexta-feira, dia 4, na Santa Casa de Olímpia, com a cabeça medindo 28 centímetros de circunferência. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são considerados como microcéfalos os bebês que tenham perímetro cefálico igual ou inferior a 32 centímetros.

Na segunda-feira desta semana, dia 7, foram colhidos exames de sangue e urina do recém-nascido para verificar se existe a presença do vírus. O resultado, elaborado pelo Instituto Adolfo Lutz, deverá ficar pronto em dez dias.

Na manhã de terça-feira, dia 8, o bebê seria examinado por um neurologista na Santa Casa. Ele deverá passar ainda por uma tomografia e exame de fundo de olho. “Estamos fazendo vários exames. Alguns de rotina e outros para saber se a microcefalia tem ou não relação com o zika. Não é só esse vírus que causa a microcefalia, por isso precisamos ter cuidado antes de afirmar qualquer relação”, disse Martinez.