22 de maio | 2022

Bueno diz que vereadores a chamaram para compor grupo político para dominar Olímpia

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APELO AO POVO!
Vereadora faz live de 1 hora para contar sua história e pedir para povo ir à Câmara evitar sua cassação.
Alessandra mostra estranheza com valores de compras feitas pela Câmara e com a reforma que já teve aditamento de quase metade do valor da obra.

A vereadora Alessandra Bueno usou as redes sociais na noite de segunda-feira, 16, pra fazer um apelo para seus eleitores e toda a população, para que compareçam na Câmara na segunda-feira para tentar evitar a sua cassação.

É que, neste dia, começarão a ser ouvidas as testemunhas, com a realização da primeira sessão de instrução do processo que corre contra ela e que visa a cassação de seu mandato.

Durante uma hora, a vereadora, com calma, em tom didático, contou toda a sua história e, disse que tudo começou quando a chamaram para uma reunião, logo no início do mandato, visando a formação de um grupo político visando assumir o poder em Olímpia, ganhando a prefeitura e fazendo vários vereadores nas eleições de 2024.

Ela disse que se recusou e que ai começou todo o seu transtorno.

PRESIDENTE FOI A BRASÍLIA
E GASTOU MAIS DE R$ 6 MIL

No meio da transmissão ela, após afirmar que todos os envolvidos no movimento para a sua cassação são políticos, denunciou uma viagem de avião que o presidente da Câmara fez a Brasília levando seu assessor e gastou R$ 6 mil. E não deixou ela ir de carro quando foi convocada a Brasília pelo deputado Geninho.

Falou também da compra de uma câmera de vídeo por R$ 90 mil reais, que achou o preço um absurdo.

Alessandra destacou também a Reforma que está sendo feita há seis meses na Câmara, cujo contrato já teve aditivo de 200 mil (quase metade do valor inicialmente contratado) e está sendo feita a passos de tartaruga, pois normalmente são vistos apenas dois trabalhadores executando a obra diariamente.

Também mostrou que está inconformada com o valor de uma foto com “drone” que foi tirada do teto do prédio do legislativo que custou R$ 5 mil reais.

VEJA AS PRINCIPAIS DECLARAÇÕES NA “LIVE”

A seguir um resumo dos principais trechos de sua “live” que começou as 21 horas da segunda-feira e terminou depois das 22 horas.

— Há muito estão tentando me caçar. É só olhar nas redes sociais antigas. Já saí até pelada em rede social. Cadê os defensores da honra? Alguém me apoiou? Quem me apoiou foi o povo. Será que algum político da história de Olímpia já passou por isso que estou passando?

— Eu tenho 3 cachorros, dois filhos e uma neta. Não tenho casa própria, não tenho nem uma bicicleta. Não entendo esse ódio. Sai candidata sem um puto no bolso. Com a cara e a coragem. Quantas vezes eu fui xingada de cachaceira? Quantos “memes” fizeram de mim porque eu gosto de beber uma cerveja. Qual é o problema nisso?

VOCÊS ACHAM QUE EU IA
XINGAR ALGUÉM DE GRAÇA

— Nunca ataquei quem não me fez nada. Vocês acham que eu ia xingar alguém de graça, sem ninguém fazer nada comigo. As pessoas acham que porque não tenho estudo, podem pegar e ficar me xingando, ficar me diminuindo, talvez com palavras bonitas, mas eu não fui criada com palavras bonitas, eu fui criada do jeito que eu sou. Aliás, eu nem sei, as palavras bonitas, mas eu me defendi, do meu jeito de me defender.

— Agora me fala uma coisa, o que eu faço de errado, fora isso que vocês falam, que sou mal educada, que eu sou bocuda, que eu não sei falar. Vai lá na prefeitura, quantos funcionários eu tenho lá, pergunta para o prefeito quantas vezes eu entrei lá no gabinete para pedir coisas para mim. Eu peço para o povo.

— Claro, eu incomodo porque o povo me colocou lá dentro, para cuidar deles, para cuidar do dinheiro deles, me elegeu para fiscalizar e falar. Então, eu não posso chegar no ambiente público e falar que eu vou fiscalizar.

COMECEI A VIAJAR E BUSCAR VERBAS.
AÍ COMEÇOU O MARTÍRIO

— Logo que assumi na Câmara estava tudo numa paz. Tava tudo lindo, tudo maravilhoso. Eu podia trabalhar. Até que não fui contra nada, podia trabalhar, fui atrás dos meus recursos, comecei a ir viajar, conheci meu deputado Carlão, ai complicou. Não tinha nem dois meses que eu estava dentro da câmara, resolveram me chamar para fazer o grupo político, eu falei não, eu quero trabalhar. Não quero participar e nem saber quem vai ser o próximo presidente da câmara, o próximo prefeito.

— Fui viajar de novo para buscar recursos, ai começou os boicotes, até nota alterada minha foi parar na internet, documentos vazados e alterados.  Aí disseram que tinha sido um erro de digitação. Fui lá pedir a filmagens das câmeras e até hoje não obtive resposta, disseram que teve pico de luz.

NÃO GOSTARAM QUE APOIEI
O PESSOAL LGBT E AS RELIGIÕES AFRO

— Comecei apoiar o pessoal da LGBT, abracei essa causa. Foi mais um motivo para afronte, porque devido a religião de outro vereador começou a boicotagem. Triste isso, muito triste.

— Ai também fui apoiar as religiões afro-brasileiras. O vereador também não gostou. Vi as desfeitas lá dentro quando chamei o pessoal para comparecer lá na seção.

— Essa gente fica armando pra cima de mim desse jeito, é medo porque não tenho rabo preso. Me bateram por causa de suco cuja nota foi alterada, porque eu comi uma carne. Até agora ninguém reclamou que o nosso presidente foi fazer uma viagem, a curso, a Brasília de avião. Ele e o assessor. Gastou mais de 6 mil reais.

E O NEPOTISMO DO PRESIDENTE

— E o nepotismo. Esposa, filho, mais parentes, na prefeitura, alguém foi lá denunciar? E a funcionária da Prodem que fez uma denúncia de coação? Alguém pediu a investigação pela Câmara? O foco sou eu porque falo palavrão? Eu estou fiscalizando, pegando todos os contratos, todas as licitações, será que esse é o desespero?

— Essa reforma já ta pairando mais de seis meses. Tem dia que entro na câmara, tem dois pedreiros, outro dia tinha apenas um. R$ 400 mil e mais R$ 200 e poucos mil de aditivos. O que foi feito lá até agora? Tem uma mesa lá de material compensado, uma mesinha que custou R$ de 9,3 mil. Está certo? Eu acho caro.

— Outra coisa, um drone ir lá tirar umas fotos do telhado e cobrar R$ 5 mil. Eu trepo lá com escada e com meu celular eu tiro a foto. Não é mais barato? Eu acho caro.

CÂMERA CUSTOU R$ 90 MIL

— Aquela câmera no plenário, que fica girando, custou R$ 90 mil. Será que no “ching ling” não se acha mais barato: Uma câmera por R$ 90 mil. Eu acho caro. Porque é dinheiro do povo.

— Outra coisa: vou lá e pego carro pra fiscalizar e não posso. Deram parte de mim porque eu estava andando com carro pelos bairros, falando que eu estava em boteco com carro. Se o dono do boteco te chamar porque tem uma reclamação da sua rua eu vou descer lá e vou ver o que ele quer.

— Eu não posso fiscalizar, não posso senão vão lá da parte de mim, fala que é coação, nem conversei com a pessoa, já fala que é coação. O que estão fazendo comigo é uma injustiça.

— Meu povo, a única coisa que peço é para vocês descerem na câmara, para evitar que eu seja cassada.

 

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