As dificuldades apresentadas pela interrupção do fornecimento de energia elétrica acabaram saindo da esfera dos comerciantes e empresários e chegou até aos cidadãos mais comuns.

O exemplo disto é o que ocorreu com a professora aposentada Maria Aparecida Gonçalves Pinto (foto) , 72, que reside no povoado de Alvará e veio até Olímpia para sacar dinheiro numa agência bancária para comprar remédio.

"Está sem energia, como é que faz? A gente precisa. Preciso de dinheiro para comprar remédio, estou sem dinheiro. A gente se sente prejudicada, porque não mora aqui e depende de condução, vem com a condução dos outros", reclamava.

A aposentada informou que reside em uma propriedade rural do povoado de Álvora, distrito do município de Severínia, num sítio que está localizado cerca de oito quilômetros de Olímpia.

Maria Aparecida explicou que veio até a cidade na quinta-feira apenas para sacar dinheiro no banco e comprar remédio: "porque sem remédio o que é que você vai fazer"?

Além da falta de energia elétrica que permitiria sacar o valor que precisava no caixa automático da agência bancária, outro problema para a professora é que por estar de carona com pessoa conhecida da região onde mora, não tinha como voltar para casa sem comprar o remédio. "Tenho que esperar", enfatizou.

O dia foi de sufoco também para quem tinha de pagar as contas, principalmente os proprietários de veículos que tinham de pagar a primeira parcela do IPVA (Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores), cujas placas têm final dois e pretendiam pelo parcelamento.

Estes se viram obrigados a se dirigirem à cidade de Severínia, mais próxima em relação às outras cidades vizinha, ou procurar um despachante que já estivesse compromisso e pagar pelos serviços para que conseguisse atender suas necessidades.