09 de setembro | 2018

Capitão Narciso obtém a 3.ª melhor nota de todo o Brasil

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O grande destaque de Olímpia em relação ao Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), do ano de 2017, não foi da rede municipal, mas da rede estadual de Ensino. Isso porque, com a média de 7,2, a Escola Estadual Capitão Narciso Bertolino atingiu a terceira melhor nota em todo o país. Desde 2015, a escola já demonstrava um salto considerável no desempenho quando atingiu Ideb 6.3, tendo saindo da nota 4.8 em 2013.

Um levantamento mostra índice de evolução das escolas, o Capitão que tinha média 3,5 em 2007, subiu para 7,2 em 2017. Enquanto isso, a média nacional é de 4,4. Nesse caso se trata de alunos do último ano do ensino fundamental.

Mas é preciso destacar algumas peculiaridades em relação às demais, principalmente por ser uma escola de período integral, ou seja, os alunos permanecem das 7 horas até às 15h10. Além disso, eles têm como disciplinas básicas Português, Matemática, História e Geografia.

Além disso, os alunos têm mais seis disciplinas: Projeto de vida, Protago­nismo Juvenil, Orientação de Estudo, Eletiva (estudantes escolhem os temas), Práticas Labora­toriais e Clube Juvenil (o próprio aluno dá aula).

Mas não é apenas por isso. Em cada classe há um aluno líder de sala. “A função do líder é monitorar a sala e ajudar em tudo quem tiver dificuldade. Por exemplo, em matérias que tem algum aluno com defasagem para se nivelar, monitorar os resultados das provas, sempre buscar ajudar os alunos na busca da excelência acadêmica que é o principal objetivo dessa escola”, explica a aluna Júlia Naldo Gil, de 15 anos de idade, que é a líder de uma das salas de aulas, que são dotadas de lousa digital, projetor interativo e microfones.

Outro fator é que não existe aulas vagas desde 2013, porque sempre tem um professor pronto caso seja necessário uma substituição. “Eles (professores) sabem que os alunos e os pais esperam excelência acadêmica dessa escola e eles trabalham por isso”, enfatizou a diretora da escola Sueli Caversan, durante ]entrevista que concedeu à TV TEM, afiliada da Rede Globo de Televisão, de São José do Rio Preto.

No entanto, a escola não aparece entre as 10 melhores colocadas do estado de São Paulo, segundo uma lista mostrada pela TV TEM. Embora a primeira colocada dessa lista seja Santa Salete com a média de 5,6, abaixo da Capitão Narciso Bertolino.

A lista de classificação do Ideb é diferente do ranking por notas de aprendizagem, cujos dados foram divulgados na semana passada – em que São Paulo aparece em 7º em Português e em 11º em Matemática. Isso acontece porque o Ideb considera, além dos resultados nas duas disciplinas, as taxas de aprovação e de abandono escolar. Como São Paulo tem índices baixos de reprovados e de evasão, o Estado vai melhor no Ideb.

Escolas do município também superam meta nacional do Ideb

As escolas do município também superaram a meta nacional pelo resultado do Ideb 2017 (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgado na segunda-feira desta semana, dia 3, pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Segundo o relatório, os anos iniciais do Ensino Fundamental alcançaram Ideb 6.8, quando a meta projetada para 2017 era de 6.3, ou seja, 8% a mais do que a pontuação esperada.

Segundo informações da prefeitura, desde que o índice foi criado em 2007, a rede municipal sempre atingiu a meta estipulada, sendo que, inclusive, a nota de 2017 já está acima do que era previsto para ser alcançado até 2021.

O município também ficou acima do Ideb Nacional, que registrou 5.8 e também do Ideb do Estado de São Paulo, cuja nota foi 6.6 para os anos iniciais do Fundamental. O resultado é calculado a cada dois anos.

Em relação às escolas participantes da pesquisa, a EMEB Theodomiro da Silva Melo atingiu nota 7.6, sendo a unidade com o melhor desempenho do município. Além disso, apenas uma das 10 escolas não alcançou a meta, enquanto as demais cumpriram a projeção para 2017 e apresentaram crescimento em relação à nota de 2015.

Destaque ainda para a EMEB Washington Junqueira Franco, do distrito de Baguaçu, que conseguiu o maior crescimento do Ideb 2015 para 2017, passando de 6.3 para 7.1, e também para a EMEB Professor Maurício César Alves Pereira, que apresentou o maior índice alcançado (7.2) em relação à meta projetada (5.5).

No entanto, o município não divulgou os resultados obtidos por outras sete escolas da rede.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. Ele é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) – para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil – para os municípios. Segundo o MEC, os resultados são importantes para mensurar o desempenho do sistema educacional brasileiro e, assim, aprimorar a educação para que o país alcance níveis educacionais compatíveis com seu potencial de desenvolvimento.

 

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