11 de março | 2011

Caso Agressão de Aluno: Emissora de rádio mostra até ouvinte querendo “justiça com as próprias mãos”

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O que se seguiu na rádio Menina AM, que, assim como a Folha
da Região, teve conhecimento da situação através do email enviado pela família,
chegou a gerar bate-boca entre pais e ouvintes. Enquanto a maioria dos ouvintes
defendia que, inicialmente fosse investigada a situação, antes de se condenar a
professora, um deles chegou a demonstrar desejo de que a solução do problema seria
a de que os pais praticassem "justiça com as próprias mãos".

Esse desejo foi demonstrado na quarta-feira, dia 9, quando
uma ouvinte, que não se identificou, telefonou à emissora dizendo que tem uma
filha nas mesmas condições, ou seja, portadora de necessidades especiais e que
estava indignada com os pais por não terem feito nada com a professora: “fico
indignada, que sangue que esse pai tem de não ter feito nada com a professora,
tinha que ter (…), por que se a gente for esperar pela justiça, não vira
nada, ainda mais com um filho da gente”.

Mas esse foi o único caso. Na quinta-feira, uma pessoa teria
afirmado ter visto que teria sido a mãe quem teria iniciado a discussão com a
professora dentro de um supermercado. Segundo essa testemunha, a professora
teria se aproximado para perguntar como a criança estava e a mãe teria se
descontrolado.

Outra ouvinte (M) participou e disse que não reside mais em
Olímpia, mas estava a passeio e tomou conhecimento do caso. Diz ela que conhece
a professora desde que nasceu e, que é meiga e sensata, que seria incapaz de
relar a mão em uma criança ou mesmo desrespeitar um adulto. Disse que nunca a
tinha visto gritando e que tem um irmão de criação que a adora, em quem nunca
relou a mão.

A ouvinte (J.) ligou em seguida afirmando que a professora
envolvida dava aula na APAE, para seu irmão e que os pais dessa criança (que
estão acusando maus tratos ao filho) retiraram a criança da instituição por
causa de problemas que criaram com direção e funcionários da entidade. Segundo
ela, a acusação era que quando os alunos se dirigiam ao banheiro, pessoas
seguiam as crianças para ver o que faziam e os órgãos genitais das crianças.

Em seguida, o pai do aluno (Ronildo Rodrigues Gil
Montagnoli) ligou afirmando que a APAE é uma ONG que tem que fechar e que tem
processo contra a instituição tramitando na Vara da Infância e Juventude.

Já sobre o caso em tela afirmou que “a gravação fala tudo
por si só, que seu filho não nasceu para apanhar”.

Afirmou também que denunciou primeiro na imprensa, depois na
justiça e somente em seguida denunciará na secretaria. Porque “desde o ano
passado estou demandando contra a APAE. Virou alguma coisa? Não virou e agora
eu inverto. Isso é para mostrar que meu filho fala a verdade e que não é para
ninguém nunca mais encostar a mão nele. Toda escola que ele passou tem gente
que bate nele”. Ele diz que a prova dos fatos é a própria gravação.

Segundo ele, é mentira o fato de que a sua mulher tenha
agredido a professora dentro do supermercado e que tem testemunhas do fato.
Falou também que a professora estava perseguindo seu filho na rua.

O fato, segundo ele, aconteceu no dia 1.º de março. Que dia
2 foi feriado e que no dia 3 levou o menino no médico. Que dia 4 teve que levar
novamente no médico. E que no dia 5
a professora foi para cima. Ele diz que mandou email
para a secretaria na terça-feira.

Nesse ínterim entrou uma mulher no ar, sem se identificar,
dizendo que o pai não tem como provar nada e que a professora não teria
capacidade de fazer o que ele relata que aconteceu. “O esposo dela é advogado e
você vai ter que provar. Porque quem vai se dar muito mal com as acusações que
está fazendo, é você e sua esposa”, disse sem se identificar.

Em seguida entrou a mãe do menino (Mirian Martinez), dizendo
que a única coisa que queria falar é que Deus a iluminou no momento de ter
colocado o gravador dentro da mochila dele. Disse que procurou a escola com um
gravador e que a professora apontou outro aluno como responsável pelos
ferimentos e que ela mente nesse caso. Segundo a mãe, na classe da professora
há quatro alunos especiais.

A mãe confirma que foi na DDM e que a delegada nem pediu um
exame de corpo delito porque a professora é uma mulher importante, que o marido
é advogado e que isso não viraria nada.

Outra ouvinte (A.), ligou em seguida dizendo que a mãe está
mentindo e que agressão à professora teria sido nas proximidades da escola. A
conversa acabou virando um bate-boca entre as duas.

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