Embora as precipitações pluviométricas tenham ocorrido em apenas quatro dias, totalizando 127,6 milímetros, as chuvas do mês de maio de 2007 superam as médias históricas dos últimos 20 anos. Por outro lado, se imaginarmos um ranking das chuvas, maio deste ano fica na quinta colocação entre os maiores volumes registrados pela Casa de Agricultura local neste período.

Em relação às médias históricas, a editoria desta Folha apurou o volume de 74 milímetros em 20 anos. Porém, encontrou também uma particularidade nos números informados: até o ano de 2000 a média era de 55,8 milímetros e de lá pra cá cresceu para 115,35 milímetros.

Outro detalhe que se percebe facilmente é que os volumes atingiram a casa dos 80 milímetros apenas no ano de 1995, coincidentemente, a partir do crescimento da cultura da cana-de-açúcar no município, antes praticamente dominado pela citricultura.

Já em relação apenas a maio de 2006, quando choveu 38 milímetros, o volume deste ano é pelo menos três vezes maior. As chuvas aconteceram na semana passada: 2.ª feira (21) 4,5 milímetros; 3.ª feira (22), 36 milímetros; 4.ª feira (23), 75,5 milímetros; e no domingo (27), 11,6.

Embora o agrônomo Manoel Décio Travaine considere positivas à agricultura, as chuvas verificadas em maio deste ano, principalmente na semana passada, inclusive com índices altos por se tratar desta época do ano, observa que seria importante chover com maior freqüência.

Sobre o resultado das chuvas de verão, neste ano os índices foram menores que em 2006, o agrônomo Manoel Décio Travaini informou que houve prejuízos apenas no caso da produção do milho chamado ‘safrinha’ e das pastagens.

Também o setor de seringueiras teve perdas de rendimento. Por causa da falta de água a planta perde metabolismo e não produz a seiva do látex. Já as culturas de cana-de-açúcar e laranjas, na avaliação do agrônomo, tiveram poucas reflexões negativas.

Por outro lado, sobre o trabalho relativo à doença greening realizado durante a semana de 21 a 26 de maio, destacou que alguns citricultores procuraram a Casa da Agricultura para esclarecer dúvidas e como fazer a inspeção em seus pomares.

As inspeções, segundo a instrução normativa 32 de 29/09/2006, devem ser feitas pelos próprios produtores duas vezes ao ano e comprovado por meio de relatórios junto a defesa agropecuária, na casa da agricultura. O modelo do relatório está disponível na Casa da Agricultura de Olímpia.