21 de julho | 2015

Comandante da PM diz que não mandou ninguém censurar BOs e que está investigando vídeo de garotas oprimidas

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O comandante da 2.ª Companhia da Polícia Militar de Olímpia, capitão Vinícius Cláudio Zopellari, além de estar investigando o filme que foi exibido na internet, no qual aparecem três meninas que estariam sendo reprimidas, aparentemente na forma de castigo, por terem jogado ovos em uma viatura que estava estacionada defronte à Delegacia de Polícia da cidade, enfatizou que não mandou ninguém censurar os Boletins de Ocorrência que normalmente são colocados à disposição da imprensa.

A informação foi divulgada na manhã de terça-feira, dia 21, pelo repórter Walter Carucce, apresentador do programa policial da rádio Espaço Livre AM, que participou de encontro com o comandante local no dia anterior.

De acordo com o repórter, foi o próprio capitão quem lhe passou as informações. Carucce explicou que o comandante afirmou não teria determinado nenhum ato contrário à divulgação de ocorrências aos jornalistas, de maneira geral e que também iria investigar este fato.

Ao contrário, também segundo o relato de Walter Carucce, a determinação do comando é para que seus comandados mantenham um relacionamento amistoso com os repórteres.

Aparentemente, a conversa da qual Walter Carucce participou teria contado também com a presença de outros repórteres que atuam em Olímpia e o tema teria sido a coluna assinada pelo jornalista, advogado e filósofo José Antônio Arantes, publicada pela Folha da Região de sábado, dia 18.

Na coluna o jornalista chama a atenção para o caso em que policiais de Olímpia teriam se achado no poder de agir como juízes e punir três meninas que jogaram ovo na viatura de uma polícia com humilhação pública.

No filme aparece que eles detiveram as garotas, colocaram-nas sentadas de maneira a representar que estavam presas e gravaram um vídeo com elas mostrando arrependimento do que tinham feito e, que é mais grave ainda, postaram na internet.

O jornalista citou também que “não demorou muito para vir retaliação, como nos velhos tempos da ditadura militar” e que “partiu justamente a Polícia Militar”.

Questionando a ausência de informação do setor policial, principalmente a partir da Polícia Militar, o jornalista considerou que estaria havendo a chamada “Operação Tartaruga”, já que eles não estariam negando acesso aos Boletins de Ocorrências, mas apresentando apenas alguns sem importância e dizendo que os outros não podem ser divulgados, situação que considera ser uma censura à imprensa de Olímpia.

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