01 de dezembro | 2013

Confirmado: 50.º Fefol será na segunda semana cheia de agosto

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Os problemas relacionados às baixas temperaturas, a ausência de estudantes por ser um período de férias, excesso de chuva e a própria tradição e significado do evento, levaram à decisão de retornar o Festival Nacional do Folclore (Fefol) para o mês de agosto, que terá sua 50.ª edição. A volta se dá três anos após a decisão muito questionada do prefeito Eugênio José Zuliani que, alegando vários motivos, antecipou o evento para o mês de julho.

A informação foi confirmada nesta sexta-feira, dia 29, pelo secretário municipal de Cultura, Esportes, Turismo e Lazer, Gustavo Zanetti. De acordo com ele, o festival será realizado no período de 9 a 17 de agosto.

Aumentar a quantidade de público, que era uma das apostas para antecipar o evento para o mês de julho, não tem muita importância para o secretário: “A gente não faz um festival para atrair 100 mil pessoas.

Fazemos para fortalecer a cultura do país e para ir quem gosta de cultura e de ver as manifestações. Não é um evento comercial igual é a festa do peão de Barretos”.

No entanto, antes de assumir a secretaria Zanetti não tinha a perfeita noção do significado do evento e até do porque da realização no mês de agosto, conforme ele mesmo contou à reportagem desta Folha.

Foi por isso, segundo disse, que enquanto vereador até aprovou sem qualquer obstáculo a proposta do prefeito de antecipar o festival para o mês de julho: “Quando entrei dentro (do Fefol) falei: opa. Espera. Esse festival tem que ser em agosto”.

O entendimento é o mesmo quando Zanetti fala a respeito do público que costumeiramente frequenta o festival: “O público é do mês de agosto, não se trata de pessoas que vêm fazer turismo de lazer apenas”.

O Festival Nacional do Folclore é um evento que está ligado à pasta que dirige, mas na parte relacionada à cultura e não no segmento turismo simplesmente. Além disso, destaca a questão da tradição do festival: “É a tradição do festival. É no mês de agosto que se comemora o folclore”.

A decisão de falar com o prefeito a respeito da mudança foi depois de manter contato com os vários segmentos relacionados ao desenvolvimento do turismo da cidade, inclusive com a associação de hotéis e pousadas, além do próprio comércio.

Depois de tudo e até de considerar inclusive a opinião pública, resolveu falar com o prefeito Eugênio José Zuliani, que teve a ideia de antecipar o festival para julho. “Eu sei que foi uma ideia sua (do prefeito), mas acho que tem que voltar para agosto. Falei para ele (prefeito)”.

Zanetti conta que ainda usou a própria copa do mundo como um dos argumentos, uma vez que o final da competição coincidiria com a realização do festival. “O Geninho acatou a ideia”. E acrescentou: “Mostrei que dá para ser em agosto e voltarem as tradições de mais de 50 anos”.

No entanto, destacando que respeita as decisões do prefeito, Zanetti não esconde que está contente com essa vitória e pensa que não se deve pensar em retorno: “Enquanto eu estiver por aqui o festival será em agosto. Estou contente com o fato do festival ser em agosto no ano que vem”, finaliza.

Ideia de voltar para agosto surgiu após o encerramento do 49.º Fefol

A ideia de retornar o Festival Nacional do Folclore (Fefol) para o mês de agosto foi apontada pelo secretário municipal de Cultura, Esportes, Turismo e Lazer, Gustavo Zanetti (foto), logo após o encerramento da 49.ª edição do evento, no final de julho de 2013, reconhecendo a situação criada com o intenso frio registrado em pelo menos cinco dias do festival, ele já admitia a possibilidade.

No entanto, embora defendesse a ideia não questionava a decisão anterior do prefeito Eugênio José Zuliani. “Voltar para a­gosto não vai ser ruim e o prefeito ter mudado (para julho) também não foi. Foi bom enquanto esteve em julho”, afirmou na ocasião.

Embora ainda no aguardo do resultado de uma pesquisa que não foi divulgado, já havia quem afirmasse que o festival em julho não atraia mais turistas para a cidade como vinha sendo apregoado pelo prefeito. Na ocasião, Za­ne­tti já entendia que em julho há dificuldades para o envol­vimento dos alunos das redes escolares, municipal e estadual, com o evento.

 

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