Embora tenha afirmado anteriormente que os números que encontrou durante o período de transição de governo mostravam que não havia nada que pudesse ser preo­cu­pante, o prefeito eleito de Olímpia, Fernando Au­gusto Cunha, afirmou na noite de segunda-feira des­ta semana, dia 31 de outubro, que o orçamento mostrado durante a audiência pública realizada pela Câmara Municipal, está apresentando um crescimento distorcido.

“Esse crescimento parece um crescimento manipulado. Eu acho que a peça precisa ser ajustada porque ela não está cor­res­pondendo a realidade. Crescer 4% eu acredito que o orçamento cresça, só que as despesas devem ter crescido 10% e não 4%. E isso significa uma redução para investimento”, avaliou durante entrevista que concedeu à rádio Espaço Livre AM.

Fernando Cunha também não concorda com a previsão de recursos oriu­ndos dos governos federal e estadual: “Eu acho que o investimento, que é din­he­iro do governo federal e do governo do estado, me parece que está supera­valiado em R$ 41 milhões. Eu acho difícil Olím­pia conseguir isso e isso pode estar falseando um pouco o orçamento”.

“E aquilo que se trata das despesas mesmo, do município, como as receitas próprias, é um crescimento de 4%, muito a­quém da inflação. Então, você vê o próprio aumento da folha de pagamento foi cerca de 10%. Então, não é bem assim”, acrescentou.

TRANSIÇÃO

Como se recorda, dias antes ao comentar o período de transição, Cunha afirmou que não viu uma crise aguda. De acordo com ele, não há nada que possa causar grandes preocupações ou que dificultem iniciar seu plano de governo quando assumir o cargo no próximo dia 1.º de janeiro.

Até passando um tom de tranquilidade à população que está aguardando o início de seu mandato com bastante expectativa, Fernando Cunha acrescentava: “O que enxerguei até agora e vi é que a situação financeira e econômica do município de Olímpia não é catastrófica. É difícil como o Brasil todo”.