21 de fevereiro | 2011

Delegado cobra guarda municipal e câmeras de segurança

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Em forma de quase desabafo, o delegado João Brocanello Neto, titular da Delegacia de Polícia de Olímpia, cobrou, na manhã da quinta-feira, dia 17, providências do prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, no sentido de implantar a guarda municipal e o sistema de câmeras de segurança na cidade.

A cobrança ocorreu durante entrevista coletiva quando o delegado anunciava o esclarecimento do crime que tirou a vida do motorista e comerciante olimpiense, Francisco Basílio Ruiz, de 50 anos de idade, no dia primeiro de fevereiro último.


“Acho que nós não podemos esperar que as tragédias aconteçam para depois cobrar da polícia. Isso não é justo. Então temos que trabalhar na prevenção e tem várias metodologias para serem empregadas. Mas não depende só de mim”, reclamou.


Ele explicou que a atribuição constitucional da Polícia Civil é investigação e que depois que acontece o crime ela tem a prerrogativa de apurar os fatos. Disse também que a Polícia Militar tem a atribuição constitucional de tentar coibir que o crime aconteça.


“Só que a gente observa que infelizmente todo segmento da nossa sociedade espera que somente a polícia resolva tudo, tanto a civil, quanto a militar, não é o caso”, disse.


Brocanello cobra a execução de um projeto que nasceu do Conseb (Conselho de Segurança de Bairros) e foi apresentado ainda no período em que a capitã Marinilze Scomparini Guedes Furtado, era comandante da 2.ª Companhia de Polícia Militar de Olímpia.


A cobrança foi também no sentido de viabilizar a instalação de câmeras de segurança em Olímpia. Olímpia é cidade turística, pequena. De acordo com ele, Olímpia nesses últimos 10 anos perdeu muito em número efetivo de policiamento em decorrência do boom que aconteceu.


“Peço ao senhor prefeito, que é meu amigo, Geninho, por favor, veja com carinho a possibilidade de instalar o mais rápido possível, as câmeras em Olímpia. O sistema de monitoramento 24 horas para trazer mais segurança para nossa cidade, porque se tivéssemos isso, fatalmente poderia inibir a vinda de ladrões para cá ou na mesma noite ter esclarecido e prendido em flagrante os autores desse latrocínio”, reclamou.


FÓRUM DE SEGURANÇA

O delgado citou que em dezembro de 2010 foi realizado um fórum de segurança na câmara municipal, com participação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) local, e que poucas pessoas participaram.

“Eu poderia contar. Se tivesse mais de 50 pessoas no plenário, era muito. Ninguém deu importância. A população não dá importância para essas coisas, infelizmente”, lamentou.


O delegado aponta que tem percebido que muitos municípios têm preocupado em levar um conforto maior aos moradores, mas que não se trata de uma municipalização da segurança pública. Nesse ponto fazia referência direta à criação de uma guarda municipal.


Brocanello citou como exemplo o dia 14 de novembro de 2010, quando houve uma superlotação no Parque Aquático Thermas dos Laranjais, gerando um verdadeiro caos na cidade.


“Porque não podemos nos unir e instituir a guarda municipal? Vamos trabalhar para isso. Eu sou a favor. Então, mais uma vez eu levo esse pedido ao meu amigo, prefeito Geninho, empreendedor, que ele veja com bons olhos que isso só vem ajudar”, pediu, lembrando que é a favor do crescimento econômico trazido pelo clube, mas que uma guarda municipal, a exemplo de outras cidades, poderia ajudar.


Ele cita os exemplos de Guaíra, Severínia e Cajobi, onde os guardas municipais atuam juntamente com as policias civil e militar.


“Porque se não fosse a guarda civil de Severínia e Cajobi, fatalmente haveria problemas porque o efetivo é pequeno. A gente sabe disso. Não estou falando mal, mas apenas fazendo uma constatação”, finalizou.

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