Um pedido para instalação de um redutor de velocidade na Avenida Dr. Andrade e Silva acabou gerando um intenso bate-boca entre o responsável pela organização do trânsito de Olímpia, o engenheiro importado de São José do Rio Preto, Amaury Hernandes (fo­to), que ocupa o cargo de diretor presidente da Prodem (Progresso e Desenvolvimento Municipal), e um ouvinte de uma emissora de rádio que se identificou apenas pelo nome de Rogério, que seria proprietário de um comércio na mesma avenida.

A discussão aconteceu quando Hernandes concedia entrevista para a rádio Menina AM e foi ques­tionado por Rogério sobre o problema da alta velocidade desenvolvida no local, que percebe todos os dias nos horários de pico, ou seja, pela manhã, horário de almoço e final da tarde, principalmente na frente da Escola Estadual Dr. Antônio Augusto Reis Neves. “Nos horários de pico é difícil atravessar a avenida”, enfatizou.

Inicialmente Rogério registrou que sempre que o ex-diretor da empresa pública, Vivaldo Mendes Vieira concedia entrevista à mesma emissora, quando questionado sobre o problema sempre apresentava desculpas diferentes e não realizava nada no local. Segundo o ouvinte, esse tipo de situação estaria ocorrendo há mais de um ano. “Queria saber com o superintendente: será que a gente vai ter que colocar redutor, pneu e queimar para a Prefeitura poder tomar alguma providência”, questionou.

Em seguida, após o radialista Márcio Mateus, âncora do programa, confirmar a existência do problema de alta velocidade no local, lembrando as manifestações do Jardim Santa Ifigênia, por causa dos problemas da Saúde, Rogério reforçou. “Eu queria saber se nós vamos ter que interditar a avenida como foi feito no Santa Ifigênia para a Prefeitura tomar providência”, questionou. Ainda de acordo com o ouvinte: “infelizmente alguns vem tirar racha aqui na avenida. Na frente da escola Reis Neves é incrível. Cheio de alunos na frente”

DISCUSSÃO ACALORADA

E foi a partir dai que a discussão esquentou. Amaury alegou que o código de trânsito não permite a colocação de redutores de velocidade em vias de aclives ou declives acentuados. “Nós locais onde houve esse tipo de inclinação nós não vamos instalar (lombadas)”, avi­sou. Ocorre que, na frente da escola não há nem sombra de aclive ou declive forte: é totalmente plano.

Respondendo Rogério questionou: “aqui do jeito que está vai continuar então”. Amaury respondeu: “Não. Não vai continuar do jeito que está. Nós podemos fazer lombadas onde a lei permite que se faça”. Depois questionou: “O que você está querendo dizer é o seguinte: você quer que eu faça na descida”.

A resposta de Rogério foi que independeria de aclive ou declive da via: “O que eu estou falando para o senhor é que faz mais um ano que venho …”. Nesse ponto ele foi interrompido por Ama­ury: “você esquece o que você falou antes. O que você falou pa­ra o ex-diretor, aquilo que vo­cê pediu para ele”.

Percebendo que Amaury demonstrava um pouco de nervosismo com a questão, Rogério então falou: “Secretário. Não precisa ser grosso e mal educado. Estou conversando com o senhor”. Percebendo que exagerava o diretor da Prodem respondeu: “eu não estou sendo. Se você entendeu que estou sendo mal educado, você me desculpe porque eu não tenho esse direito de estar sendo mal educado com ninguém. Só estou dizendo a verdade”.

Então Rogério insistiu que em outras vezes não foi feito nada e queria saber se agora seria tomada alguma providência: “O que quero saber é se agora o senhor vai se comprometer a vir aqui, mesmo que não seja na descida, na subida …”.

Mas foi interrompido bruscamente por Amaury, mas sem definir a solução: “Eu acabei de falar e vou repetir. Nós vamos fazer as intervenções necessárias em todas as vias do município onde nós temos dos dados da polícia, os locais onde aconteceram os maiores índices de acidentes, nas escolas. Eu quero colocar redutor de velocidade em frente à escola”.