26 de setembro | 2007

Drag afirma que ‘Parada’ foi caminhada de 50 gays

Compartilhe:


 A drag Rachel Shineyder (foto) que atuou como apresentadora na II Parada GLSBT (Gays, Lébiscas, Simpatizantes, Bissexuais e Travestis), realizada na tarde do sábado, dia 22 de setembro, em Olímpia, afirmou em entrevista ao TV IFolha, que o evento não passou de uma caminhada com a participação de 50 gays e poucas centenas de pessoas que saíram de casa para acompanhar o que deveria ser uma verdadeira festa. “Um lixo. Não teve parada”, enfatizou.

Segundo Rachel o evento não contou com DJ, trio elétrico, a artista Salete Campari e a cantora Pollyana Papel, ficou só no papel.

Shineyder declarou que veio até Olímpia por conta própria e pelo compromisso que havia assumido com o promoter Djalma Ribeiro.

 A drag informou que Djalma alegou que a parada não ocorreu conforme o previsto em razão do executivo local ter cortado todas as verbas impossibilitando até mesmo uma festa que deveria ser realizada numa chácara.

“Mas nós, como profissionais drags ou transformistas, sempre damos os nossos nomes para divulgação para a gente poder trabalhar sempre; a gente não gosta de ser usado (o nome) quatro meses ou mais para depois ser cancelado (o evento)", disse.

E acrescentou: "Então, terá todo um processo de análise para ver o que será feito. Acho que todos os profissionais deveriam correr atrás do que é deles que é o nome e o prefeito não deveria deixar acontecer esses tipos de coisas, porque parada não se acontece com duas pampas. Ou acontece ou não”, desabafou.

Entretanto, mesmo com todos os problemas que enfrentou, continua apoiando a realização desse tipo de evento na cidade de Olímpia, mas melhor organizado e administrado: “com eventos melhores já que é para a galera GLSBT de Olímpia e região”.

Sobre os prejuízos que considera ter, avisa que vai tentar ressarci-los: “vou recorrer porque acho que somos todos humanos e já que esse é meu trabalho e vivo disso, ele (Djalma) deveria ser mais responsável e cumprir com suas palavras”.

Outro lado

 Já o promoter Djalma Ribeiro (na foto, com fantasia), diferentemente de tudo que foi afirmado pela drag Rachel Shineyder e do que foi filmado e fotografado pela Folha e TViFOLHA, informou através de uma emissora de rádio, que a II Parada GLSBT teve público superior a 7,5 mil pessoas: “nota 10. O publico de Olímpia, em massa, esse ano compareceu. Olímpia mesmo veio para a avenida”.

De acordo com ele foi uma parada mix onde travestis e heteros se agruparam mesmo sem que tivesse o trio elétrico, mas com carros pequenos de som.

Ele comemora ter constatado que na cidade de Olímpia não há preconceito em torno desta questão: “Olímpia não tem preconceito, é uma cidade de primeiro mundo”, declarou.

Já sobre o publico que compareceu, que considerou “maravilhoso” (sic) informou que contava com várias autoridades.

Na segunda-feira, também, Djalma Ribeiro já anunciou a III Parada GLSBT para o dia 24 de setembro de 2008. O evento deste ano, segundo informou, começou às 16h30 e terminou às 20 horas.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas