06 de maio | 2012

Empreiteira que abandonou as obras da UPA deixou R$ 23 mil em dívidas

Compartilhe:

Além de não conseguir concluir os trabalhos, a Construtora JNP Ltda., de Ribeirão Corrente, Estado de São Paulo, que foi contratada pela Prefeitura Municipal de Olímpia em 2010 para realizar as obras de readequação da Praça da Matriz de São João Batista e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), deixou a cidade devendo mais de R$ 23 mil ao comércio local.

De acordo com duas ações de cobrança já julgadas pelo juiz da 2.ª vara local, Lucas Figueiredo Alves da Silva, o total da dívida chega a, pelo menos por enquanto, a R$ 23.292,02.

A empresa, que pelo que consta entrou em processo de falência, ou seja, não teve suporte financeiro para executar todos os serviços, deixou a cidade devendo a comida que era servida para seus peões, e o material elétrico que comprou de uma empresa local.

De acordo com as ações julgadas, a maior parte dessa dívida é com a empresa Aline Parolin Leite – ME, então fornecedora da alimentação aos operários da obra, no montante de R$ 16.990,00. Já o valor restante, R$ 6.302,02, é devido à empresa JC Comércio de Materiais Olímpia Ltda, relativo a aquisição de material elétrico.

A JNP foi contratada para executar uma obra orçada em R$ 1,009 milhão, valor calculado para a primeira fase do projeto, no caso da UPA, e R$ 350 mil, no caso da praça. Foi quase R$ 1,4 milhão destinado a uma empresa que sequer tinha lastro financeiro. Indagado quando da falência da empresa o secretário Gilberto Tonelli Cunha, em nome do Executivo Municipal, eximiu-se de responsabilidade, alegando não ser obrigação da licitante, saber se uma empresa tem ou não condições financeiras para tocar uma obra.

Assim, a JNP atrasou as obras da Praça da Matriz em mais de um ano e realizou apenas, aproximadamente, 25% dos serviços previstos para a obra completa da UPA.

Na ocasião, a Administração Municipal ainda tentou disfarçar os problemas da JNP alegando que ela não conseguia cumprir o cronograma por causa do excesso de chuvas. Mas, depois ficou confirmado que a empresa estava com dificuldades financeiras para adquirir materiais. E agora se sabe também até para pagar a comida de seus peões.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas