26 de abril | 2007

Encontrado morto por enforcamento comerciante desaparecido há quase 30 dias

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Depois de uma denuncia anônima e várias diligências, a polícia civil prendeu, no início da manhã da terça-feira (24), Lucas Ricardo Torres Blanco, 21 anos, vulgo Sossego, morador no jardim São Francisco, cidade de Olímpia.

Ele é acusado de ter participado do latrocínio – morte seguida de roubo – do comerciante Antônio Carlos Tofalette, conhecido popularmente por Tiguaça.

O crime foi praticado há aproximadamente 30 dias, quando Sossego teria agido em companhia de João Carlos Garrido, vulgo Cacá, filho da companheira de Tiguaça. 

O comerciante, de 54 anos de idade, é natural de Severínia, morador no sitio Santa Maria, bairro Cachoeirinha e era proprietário de um dos bares que funcionam na “Prainha”.

Consta que Tiguaça convivia maritalmente com uma mulher que é mãe de João Carlos Garrido, “Cacá”, que tinha uma rixa com o padrasto porque este bateria em sua mãe e convidou Sossego para numa emboscada, matar o comerciante.

Tiguaça foi morto por enforcamento com um pedaço de corda. Estava desaparecido desde o dia 26 de março. A mulher não prestou queixa antes porque o marido tinha o hábito de sumir de casa de vez em quando.

Enquanto Cacá ainda continuava foragido, Sossego foi preso e embora tenha tentado negar participação no crime, acabou confessando e até contando detalhes.

O crime teria sido tramado há pouco mais de 30 dias, quando Cacá falou para Sossego que queria “dar cabo” do padrasto, que teria batido em sua mãe.

Para concretizar o ato, eles pediram a Tiguaça que lhe dessem carona até Barretos, onde alegavam queriam ir pra passar alguns dias longe da cidade por causa de algumas encrencas que teriam com a polícia.

No entanto, ao passarem pelas proximidades do bairro rural Alegria, Cacá pediu ao padrasto que parasse o carro porque até ali já estaria suficiente para fugirem.

Enquanto Sossego tirava as malas do carro, Cacá já usava a cordinha para matar Tiguaça enforcado.

Depois de matarem o comerciante, pegaram o carro, um opala comodoro cor cinza, para fugir e com R$ 28 que roubaram da vítima abasteceram o carro em Guaraci e se dirigiram para a cidade de Fronteira.

Lá eles tentaram trocar alguns cheques que também subtraíram da vítima, mas não conseguiram e por isso resolveram se desfazer do comodoro em troca de um fusca com placas de nova granada e mais R$ 50.

O negócio foi feito com um borracheiro de apelido Tim Maia que aceitou fazer o negócio depois de verificar que o comodoro não tinha problemas de documentação.

De posse do fusca coloram R$ 20 de gasolina saíram com destino a Goiânia. Porém, o carro começou a dar problemas já nas proximidades da cidade de Prata, estado de Minas Gerais, onde venderam o mesmo para outro borracheiro por R$ 150.

Somente depois disso chegaram a Goiânia viajando de ônibus.Já em Goiânia a dupla encontrou problemas com a policia logo na primeira noite e foram orientados a deixarem a cidade.

Por isso, na manhã seguinte começaram a pegar carona sem um destino fixo e depois de alguns dias chegaram em Uberlândia, onde conheceram Carolina, uma moradora de rua que acabou gerando discórdia entre Sossego e Cacá.Sossego ficou lá somente um final de semana e em companhia de Carolina retornou para Olímpia.

Ele teria comentado superficialmente com Carolina a sua participação no crime. Depois de voltar, teria mantido contato com Cacá apenas uma vez quando teria ficado sabendo que este voltou ao local do crime e retirou a corda do pescoço de Tiguaça.

Carolina

Moradora de rua e dependente de drogas, Vânia Carolina da Silva Davi. 28 anos, nascida em Uberlândia, MG, rua Lambari número 50, bairro Martins, que veio para Olímpia na companhia de Sossego, também acabou sendo presa e se encontra no presídio feminino de Jaborandi.

Detida juntamente com Sossego, os policiais civis constataram que havia um mandado de prisão preventiva contra ela em Uberlândia, onde é acusada de ter praticado um homicídio acontecido no ano de 1997.Na manhã da quarta-feira (25), ainda na procura de Cacá, os policiais civis foram até Minas Gerais para tentar obter informações sobre o paradeiro do opala comodoro que pertencia a Tiguaça.

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