FAKES DA MALDADE!
Vídeo mostrando o final do procedimento
viralizou na internet na quinta-feira, 06.
O vídeo foi postado inicialmente pela própria
pessoa que foi vacinada. Mas outros
viralizaram o vídeo com frases
colocando em dúvida o
trabalho da técnica
de enfermagem.

A técnica de enfermagem municipal, Maria Amé­lia Rocha Augusto, 53 anos, viveu dias de terror desde a quinta-feira, 06, quan­do um vídeo mostrando a parte final do procedimento de vacinação e a alegação de que a profissional não teria aplicado o imunizante, viralizou em grupos de WhatsApp e nas redes sociais.

A própria moradora que recebeu a vacina, no dia seguinte gravou um vídeo garantindo que foi vacinada e que tudo não passou de um mal entendido. Mas, a técnica, no entanto, já havia passado pelo cons­trangimento e sofrimento de ter sido acusada por um crime que não cometeu, pois foram milhares de comparti­lhamen­tos, principalmente em grupos de WhatsApp.

O caso aconteceu por volta das 10h30 do dia 06 e na tarde do mesmo dia, às 14h23, Maria Amélia foi até a delegacia de polícia local e registrou uma ocorrência por crime de calúnia.

Ela contou na polícia que é funcionária pública municipal, exercendo função como técnica de enfermagem e que naquele dia foi escalada para aplicar as vacinas de combate ao Co­vid-19, no Recinto do Folclore, onde, por volta das 10h30, a declarante aplicou a vacina em uma senhora e uma outra mulher estava filmando.

Vídeo foi

publicado pela

própria vacinada

A técnica de enfermagem declarou que a própria vacinada começou a disseminar a filmagem nas redes sociais, dizendo que ela não havia sido vacinada, com o vídeo mostrando apenas o final da vacinação.

Salienta que, após a disseminação do vídeo, uma outra pessoa de nome Regina começou a proferir comentários dizendo que a vacina  não havia sido aplicada em um grupo de “What­sapp” denominado” Professores ACT´s”.

Ela enfatizou que a vacina foi aplicada corretamente, sem qualquer prejuízo a paciente e que devido as calunias proferidas em seu desfavor, teve sua honra atingida, causando constrangimento, haja vista que é pessoa conhecida e funcionária respeitada no município.

Vídeo só

registrou o

final do

procedimento

A assessoria da prefeitura, por sua vez, após a circulação do vídeo emitiu nota de esclarecimento. “Não procede a informação de que uma técnica de enfermagem da rede não teria aplicado a vacina em uma moradora. O vídeo que circula em redes sociais e grupos de WhatsApp não apresenta o procedimento de aplicação completo da introdução da agulha no músculo e aplicação do líquido, mostrando somente o final do ato, no qual a técnica retira a agulha e coloca o curativo”.

A nota diz ainda que o procedimento completo de aplicação da vacina po­de ser conferido num ví­deo demonstrativo gravado pela equipe de saúde e publicado na página da prefeitura no Face, onde é mostrado todo o processo de vacinação.

Prefeitura

também soltou

nota de

solidariedade

Mais tarde, a Prefeitura voltou a se manifestar, em nome, inclusive de todos os servidores públicos municipais, em nota de solidariedade e apoio à técnica de enfermagem da equipe de vacinação da Covid-19, que foi vítima da situação improcedente, levantando dúvidas sobre sua conduta profissional.

“A técnica, diz a nota, que possui mais de 20 anos de profissão, foi falsamente acusada de não ter aplicado a vacina em uma moradora, por meio de um vídeo distorcido que foi compartilhado indiscrimi­na­damente pelas redes sociais e grupos de Whats­App. Imediatamente, ao tomar ciência da situação, o município apurou os fatos e esclareceu as devidas informações sobre o procedimento completo de vacinação, além de ter dado todo o respaldo à servidora, que registrou um boletim de ocorrência sobre o caso”.

E conclui: “a Administração lamenta e repudia tais atos que em nada contribuem com o bem-estar da população e ainda prejudicam a mais importante campanha de vacinação da história da cidade. Por fim, a Prefeitura reforça que preza pela transparência e respeito e enaltece o trabalho sério realizado pela equipe de Saúde e demais envolvidos na vacinação”.

AFPMO emitiu nota

de repúdio no

dia seguinte

Associação dos Funcionários Públicos Municipais de Olímpia, na sexta-feira, através de seu presidente, Jesus Buzzo, também emitiu nota de solidariedade. “Em razão de vídeo sem comprovação de autenticidade circulando em redes sociais supostamente gravado nas dependências do local onde ocorria a aplicação da vacina contra a COVID 19, supondo que uma servidora efetiva do município não concluiu corretamente o ato de imu­nização desta cidadã, questionamos porque esse cidadão não reclamou no momento que constatou a suposta irregularidade, sen­do que no local haviam várias pessoas para testemunhar o ato”, começa a nota.

Por que

preferiu ir para

 as redes sociais?

E pergunta: “Por que preferiu ir nas redes sociais denegrir o trabalho dos profissionais de saúde, que nesta pandemia estão colocando em risco suas vidas e de seus familiares para atender a população, defendendo as medidas de saúde definidas pelo SUS em vista da prevenção da COVID 19?”.

E conclui: “O Sindicato repudia o ato praticado contra a servidora efetiva e lamenta o ocorrido. Informa ainda que se coloca à disposição da servidora para todas e quaisquer medidas cabíveis em função do ato contra si praticado. Atacou um servidor, atacou todos. Unidos somos mais fortes”.