29 de abril | 2007

Enteado de “Tiguaça” é preso e diz que mataria padrasto de novo

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 Afirmando que mataria de novo, João Carlos Garrido, de 22 anos, vulgo "Kaká", encerrou o seu depoimento na delegacia de polícia, onde confessou o assassinato por enforcamento, do seu padrasto, o comerciante Antonio Carlos Tofalete, o "Tiguaça", de 54 anos, morador no sítio Santa Maria, no bairro "Cachoeirinha". O cúmplice, Lucas Ricardo Torres Blanco (foto à esquerda), de 21 anos, vulgo "Sossego", também foi preso preventivamente depois de confessar sua participação no latrocínio.

O latrocínio foi descoberto na manhã da última terça-feira, quando através de uma denúncia anônima a polícia civil foi informada que o comerciante teria sido assassinado pelo enteado "Kaká" e seu amigo "Sossego" e o corpo havia sido deixado no interior de um canavial no bairro Alegria, há cerca de um mês.

Inicialmente os policiais conseguiram localizar "Sossego", morador na rua Caiapó, no jardim São Francisco, que confessou sua participação no assassinato e mostrou aos policiais onde estava o corpo, já em adiantado estado de decomposição. Na terça-feira "Kaká" conseguiu fugir.

"Sossego" contou que o crime havia sido praticado na tarde de 26 de março, detalhando todo o ritual do acontecido. Disse que o enteado "Kaká" matou o padrasto "Tiguaça" porque ele batia na sua mãe. No dia do crime simularam que iriam viajar para fugir da polícia e pediram uma carona para "Tiguaça" até as proximidades da rodovia.

Com o seu Opala Comodoro, vermelho, ano 87, o comerciante levou os dois que sentaram no banco traseiro do veículo. Em determinado momento pararam em uma estrada de terra, quando "Kaká" pegou uma cordinha de nylon e passou a enforcar "Tiguaça". Como "Sossego" não conseguiu desligar o carro, ele assumiu o enforcamento, para que "Kaká" o fizesse.

Em seguida, colocaram o corpo no banco do passageiro e o levaram para o interior de um canavial no bairro Alegria, onde foi deixado. "Kaká" ainda desferiu chutes no rosto do cadáver antes de deixar o local.

TROCARAM OPALA POR FUSCA

Os acusados fugiram levando o Opala Comodoro e R$ 28 em dinheiro que estavam na carteira de "Tiguaça". Depois de pernoitarem em Ribeiro dos Santos, passarem por Guaraci, eles chegaram em Fronteira/MG, onde trocaram o Opala por uma Fusca verde ano 72, recebendo uma volta de R$ 50. Também venderam o relógio por R$ 4,00. O Opala foi recuperado pela polícia em poder do pescador profissional Júlio Cezar Viana, vulgo "Doce".

Em seguida foram até a cidade de Prata/MG, onde o Fusca começou a apresentar problemas mecânicos. Com isso venderam o Fusca por R$ 50 para um borracheiro conhecido como "Tim Maia". Com o dinheiro, de ônibus, foram até Goiânia, onde a polícia pediu que eles deixassem a cidade.

De carona, chegaram até Uberlândia, onde conheceram uma moradora de rua, Vânia Caronalina da Silva David (foto), de 28 anos, daquela cidade. Por causa desta moça "Kaká" e "Sossego" se desentenderam e se separaram. Eles apenas foram se reencontrar em Olímpia.

VÂNIA ERA PROCURADA
Quando os policiais prenderam "Sossego", Vânia também foi levada até a delegacia de polícia de Olímpia, onde através de pesquisa foi contatado que ela estava com prisão preventiva decretada pela justiça de Uberlândia, pela acusação de participação em um homicídio praticado em 97. Com isso, ela foi encarcerada no presídio feminino de Jaborandi. "Sossego" está preso em Altair e "Kaká" na cadeia de Severínia.

 

"Kaká" já vendia os bens de "Tiguaça"

 O acusado da prática do latrocínio, João Carlos Garrido (foto), vulgo "Kaká", foi preso no início da tarde de anteontem no distrito de São José do Rio Preto, Engenheiro Schmidt, onde estava escondido na casa de um amigo de "Tiguaça". O enteado já havia negociado seis veículos que pertenciam ao seu padrasto.

"Kaká" foi encontrado e preso depois de uma denúncia recebida pela polícia. Na delegacia de polícia ele contou que trocou um Santana Quantun por um Passat. Também contou que ordenou que seu irmão vendesse uma Brasília, um Fusca e três veículos Passat, todos de "Tiguaça", para o ferro velho do "Gordo". Também afirmou que pretendia ocupar uma casa que o comerciante tinha no bairro "Brejo Alegre", em Engenheiro Schmidt.

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