30 de março | 2014

Escola funciona ao lado de esgoto a céu aberto no Jardim Campo Belo

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Uma escola da Secretaria Municipal da Educação, localizada no Jardim Campo Belo, na zona leste de Olímpia, está funcionando ao lado de uma represa que acumula esgoto da rede pública, que se transformou numa verdadeira lagoa, mas não de tratamento de dejetos.  Embora não se tenha conhecimento da quantidade de alunos, o fato é que eles frequentam a Escola Municipal Infantil Tiago Felício Santana, correndo riscos de contrair doenças sérias por conta da insalubridade do local.

A situação foi constatada pe­la reportagem desta Folha da Região na manhã desta sexta-feira, dia 28, quando foi à residência do tapeceiro Flávio Perpétuo Galego (foto), que reside a um quarteirão dessa represa, que está cheia de esgoto, e queria reclamar do mau cheiro no local.

“Tem crianças pequenas que res­piram e merendam com esse cheiro ruim do esgoto que está sendo jogado ali. Qualquer um pode ir lá e constatar”, afirmou ao comentar a situação que ele e sua família enfrentam todos os dias, há aproximadamente 10 anos.

De acordo com ele, o esgoto está sendo jogado a céu aberto: “Já pedimos providências para o Daemo, mas eles vão lá e não resolvem o problema. Isso já faz mais de 10 anos que esse problema existe e ninguém toma providências”.

O tapeceiro contou que no local tem uma bomba para arremessar o esgoto para a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) construída recentemente no Jardim Santa Fé, bairro próximo, mas o equipamento sempre apresenta problemas e não funciona adequadamente.

“Só que essa bomba não funciona corretamente há muito tempo. O serviço correto seria canalizar essa água e inutilizar essa represa que não deveria nem existir”, reclama.

Flávio Perpétuo Galego conta que os funcionários do Daemo consertam a bomba, mas ela sempre volta a apresentar problemas. Segundo ele, os funcionários concordam com a solução que propõe, que seria uma rede de coleta até a ETE, mas que teriam ouvido da direção da autarquia que se trata de um serviço com um custo muito alto.

Por isso, até agora ficam na solução paliativa, ou seja, sugam o esgoto e limpam a represa. Mas em 15 dias o problema está de volta. “Essa represa tem que sair do me­io do bairro”, reforça o tape­ceiro.

Ele ainda conta que já viu de perto quando a represa transborda o esgoto. “Já presenciei a represa transbordar e jogar deje­tos para o pasto, onde agora construíram as casas que serão entregues daqui a alguns dias”. Ainda de acordo com ele, o esgoto que transborda poderá chegar à água da mina e em seguida contaminar a água do córrego Baixão. “Isso é uma vergonha. Eles precisam tomar uma atitude. Estão brincando com a saúde das pessoas”, finaliza.

Moradores reclamam do mau cheiro que sai da represa fecal

Os moradores do Jardim Campo Belo, bairro localizado na zona leste de Olímpia, estão reclamando do mau cheiro que sai de uma represa que existe defronte á Escola Municipal Tiago Felício Santana, um verdadeiro estoque de esgoto a céu aberto. Além do receio de contrair alguma doença, reclamam do desconforto que vivem por causa do mau cheiro.

Embora já tenham solicitado uma solução duradora à Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental, sem nada conseguir, eles encaram essa situação há aproximadamente 10 anos.

A doméstica Marisete, que reside no bairro há 17 anos, conta que convive com esse problema há 10 anos: “Quando não é entulho que jogam aqui é esse problema do mau cheiro do esgoto a céu aberto. Tem a escola em frente, tem a creche, e nós com esse problema aqui”.

De acordo com ela, o cheiro ruim atrapalha na hora das refeições: “Não tem como se alimentar direito por causa do cheiro. Está muito difícil para a gente. Nós não pagamos aluguel. É uma coisa da gente. Não tem como a gente sair daqui para ir morar em outro lugar. Acho um absurdo. Alguém tem que tomar uma providência. O que não podemos é conviver com esse cheiro”.

Eunice Aparecida dos Santos Silva conta que há cinco anos reside no bairro, distante 50 metros aproximadamente da represa: “Todo dia a tarde a gente não aguenta o cheiro. Às vezes de manhã também. É um cheiro que a gente não suporta”.

Além disso, Eunice Aparecida dos Santos Silva reclama de pernilongos e insetos no local em grande quantidade, também por causa do esgoto a céu aberto: “Quando chove o esgoto saí pelo bueiro. É horrível”, enfatiza.

O aposentado Cílio Lima Ger­mano, que reside há cerca de cinco anos há 30 metros da represa, também reclama da situação. “O cheiro é muito forte. O vento bateu para cá fica difícil na hora de comer. É difícil. A gente tem medo até de contrair alguma doença, porque nós estamos sujeitos a isso”.

 

 

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