12 de dezembro | 2021

Escritora de Olímpia que “usa palavra como punhal” lança os livros “Nossas Vidas Pretas” e “Vida Maria”

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“Vem fazendo furor nas redes sociais, comparada a ninguém menos que a escritora Carolina M. de Jesus”. “A temática é invariavelmente sobre as vidas pretas, angústias e sofrimento do universo feminino naquilo que sobra de aprisionamento e falta de liberdade”.

DA ENTREVISTA DE WILLIAN A.
ZANOLLI E SILVIO FACETTO
A escritora e professora Cristiane de Assis Macedo Alves, moradora de Olímpia, que, segundo a revista Língua Portuguesa e Literatura, “usa a palavra como punhal”, lançou, recentemente, os livros “Nossas Vidas Pretas”, pela Editora Desconcertos e “Vida Maria” pela Editora Terra Redonda.

Cristiane foi entrevistada pelo artista plástico, jornalista e advogado Willian Antônio Zanolli, com o auxílio do também repórter e advogado Silvio Facetto e o trabalho foi exibido no programa Cidade em Destaque, da rádio Cidade (e transmitido pelo “Face” e pelo “YouTube), na sexta-feira, 10.

Cristiane Macedo é moradora de Olímpia, professora de Geografia da rede estadual paulista, especialista em educação com formação em Geografia (licenciatura e bacharelado) e tecnóloga em Gestão Ambiental. Especialista em Educação Especial na área de Altas Habilidades/Superdotação.

MULHER PRETA, MÃE, IRMÃ, ESPOSA E FILHA

Segundo suas próprias palavras, Cristiane Macedo é mulher preta, mãe, irmã, esposa e filha (necessariamente nessa ordem); feminista por convicção, resistência (sem que exista outra opção) e sobrevivente.

É articulista escritora do jornal eletrônico CGN desde 2018.

A Revista Língua Portuguesa e Literatura assim se referiu a ela: 

“Ela vem fazendo furor nas redes sociais, comparada a ninguém menos que a escritora Carolina Maria de Jesus. Cris ou Preta, como gosta de ser chamada e chamar as pessoas de quem gosta, usa a palavra como punhal.”

TEMA DE DEBATE NAS REDES VIRTUAIS

Segundo a revista, o livro de estreia de Cristiane Macedo ainda não havia sido lançado e já era tema de debate nas redes virtuais espontaneamente.

As histórias começaram a aparecer no seu perfil no Facebook e logo chamaram a atenção.

Rapidamente o povo da escrita começou a trocar figurinha e falar daquela desconhecida, uma preta bonita, de língua afiada, posições determinadas e nenhum medo de mostrar a que vinha.

Uma literatura intensa, que arranhava a garganta de quem a lia.

Em pouco tempo suas crônicas eram disputadas a cliques nervosos e os compartilhamentos se espalhavam em velocidade incrível.

A temática é invariavelmente sobre as vidas pretas, angústias e sofrimento do universo feminino naquilo que sobra de aprisonamento e falta de liberdade.

EXPOR PRECONCEITOS, DISCRIMINAÇÕES

Gritos de dor e de angústia que estavam reservados na intimidade do ser humano saltaram à luz do dia para expor preconceitos, discriminações, pelas quais passaram e passam a comunidade negra e as almas femininas, tão invisibilizadas (os), marginalizadas (os) violentadas (os), caladas (os), assassinadas (os) aqui e pelo mundo afora, por falta de empatia, humanidade.

Cristiane Macedo em seus livros joga foco, corta a navalha a pele das dores que não deveria ter cor nem sexo.

“Nossas Vidas Pretas” e “Vida Maria” falam do que não deveria ter havido, com tristeza, crueldade e, principalmente, com poesia. 

Assista a entrevista completa com Cristiane.

 

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