24 de julho | 2022

Ex-ministro diz em Olímpia que é preciso enfrentar a violência de forma pacífica, sem ódio e sem medo

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PADILHA ENTREVISTADO PELO CIDADE EM DESTAQUE!
Deputado falou sobre eleições, violência, segurança do ex-presidente Lula, entre outros temas.

O ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha esteve em Olímpia na quinta-feira, 21, onde participou de almoço com lideranças locais e Encontro no Sindicato dos Servidores Municipais. Antes, ele foi entrevistado na nova sede do diretório local do PT na Marechal Deodoro.

Padilha que, quando Ministro autorizou a construção da UPA de Olímpia, falou sobre o atual cenário político, sobre eleições, sobre a possibilidade de um golpe de Estado, sobre a segurança do ex-presidente Lula, entre outros temas.

Sobre a violência, o ex-ministro alegou que é preciso combater a violência através da manifestação da população de forma cultural, alegre, afetiva e sem demonstrar medo. É preciso reagir cada vez mais de forma pacífica, mas sem ódio e sem medo.

PADILHA FOI QUEM AUTORIZOU A UPA 24 HORAS

Inicialmente o deputado confirmou que foi quando era ministro que a UPA 24 horas foi autorizada para Olímpia. “Não foi só a UPA, mas o Centro de Especialidade Odontológica, que é do Brasil Sorridente e as pessoas começaram a fazer tratamento dentário, canal e aparelhos pelo SUS; e o SAMU, que em 2011 começou a ser trazido para o interior; e a farmácia popular”, afirmou.

Perguntado se o Lula for eleito ele aceitaria ser outra vez Ministro da Saúde, respondeu: “A gente está trabalhando para garantir as eleições. É importante as pessoas participarem nesse movimento pela democracia. Vocês viram esse espetáculo dantesco feito pelo Bolsonaro nesta semana, uma coisa que envergonha o Brasil, convocar mais de 40 embaixadores do mundo inteiro para mentir que tem fraude nas eleições, sem provar nenhuma. Hoje estou pré-candidato na luta pela reeleição. Depois, sou um jogador leal, vou pra onde o técnico mandar”.

POSSIBILIDADE DE ATENTADO CONTRA LULA

Já a respeito da possibilidade de o ex-presidente Lula sofrer um atentado, Padilha, explicou: “Estou convencido de que a estratégia do bolsonarismo é a violência política, da atitude agressiva, até nas postagens que as pessoas fazem, sempre tem um bolsonarista que vem para atacar, isso é para inibir as pessoas. Tem que ficar em alerta, mas não pode recuar. Eles querem que as pessoas não se manifestem, não comprem a toalha do Lula, que artistas não façam o “L” no show. As pessoas tem que reagir cada vez mais de forma pacífica sem ódio e sem medo”.

E continuou: “Existe a preocupação com a segurança do Lula, pois as ameaças começaram no ano passado.Foi preciso tirar o presidente Lula da casa de São Bernardo. Ele não queria, morava lá há muito tempo. Ele veio para São Paulo, para um lugar mais perto do aeroporto, para facilitar o deslocamento para local de gravação do PT ou para o aeroportoe mais fácil colocar os agentes de segurança 24 horas por dia com ele”.

ESTRATÉGIA É INTIMIDAR AS PESSOAS

Ainda sobre violência, o deputado complementou: “Esse assassinato do companheiro Marcelo em Foz. Essa é uma estratégia do bolsonarismo e da estrema direita no mundo todo, de intimidar as pessoas. Tem que ficar preocupado com a segurança, mas não recuando. A sociedade tem que se manifestar de forma alegre. As pessoas precisam se manifestar de forma espontânea, cultural, afetiva, alegre para desmontar e derrotar o bolsonarismo”.

O deputado federalestá convencido de que se os bolsonaristas perderem a eleição vão fazer dos últimos meses de governo um caos político no país. “Trump fez isso. É preciso estar preparado para as tentativas de constranger as instituições como o STF e a Justiça Eleitoral brasileira. O presidente está tentando inviabilizar o próximo governo. Tudo o que ele está fazendo compromete as contas públicas, mais pra frente, reduzindo a arrecadação para o próximo ano”, falou.

FERRAMENTAS PARA GARANTIR A DEMOCRACIA

Ele acredita, no entanto, que o prestígio de Lula com representantes de outros países e vem conversando com parlamentares de todo o mundo, poderá resultar em ferramentas possíveis para garantir a democracia no Brasile uma transição de menor impacto possível caso o Bolsonaro perca para o próximo período no Brasil.

Padilha que também é médico, professor universitário e atuou na linha de frente da pandemia, garantiu que não pegou a Covid 19. “Acheiaté estranho não pegar pois continuo atuandoinclusive nos hospitais. E tive parentes que morreram com a doença. Os brasileiros entenderam a importância de vacina, porque está tendo ainda um número grande de casos. No HB de Rio Preto há ainda muita gente internada, crianças, casos graves. Mas estão dizendo que estão internando quem não tomou a vacina, ou quem não está com o esquema vacinal completo”.

PANDEMIA DEIXOU MUITAS SEQUELAS

E complementou: “O país ainda precisa superar a pandemia e os seus efeitos imediatos que estão afetando a saúde de muita gente com sequelas neurológicas, cardíacas, musculares, entre outras”.

Sobre qual a herança que será deixada pelo governo Bolsonaro, Padilha entende que a mais grave é de 33 milhões de brasileiros estarem passando fome emais de 120 milhões em insegurança alimentar. “Hoje 60% dos brasileiros não conseguem comer o básico. Além desse caos total, colocou o país num isolamento absurdo, e uma situação de instabilidade da economia e um atraso de décadas na educação, então vai ter que haver um grande esforço para reconstrução do Brasil, mas está otimista, porque tem muita gente que se arrependeu e que vai haver uma virada e vai ter que começar um novo ciclo no país”, concluiu.

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