18 de maio | 2008

Falta de estrutura familiar leva à pratica dos crimes com requinte de crueldade

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 A falta de estrutura familiar e até social, através do desamparo gerado pela ausência do poder público, que deixa as pessoas expostas à violência, podem levar à pratica de crimes com requinte de crueldade. A opinião é do advogado Márcio Augusto Matias Perroni(foto), que, por outro lado, é totalmente contrário a praticar justiça com as próprias mãos. "Avalio como um retrocesso que vai gerar mais violência", enfatizou.

"Os familiares deveriam ser amparados pelo poder público, pela comissão de direitos humanos, porque muito se fala de comissão de direitos humanos para presos e, muitas vezes esquecem que as vítimas sofrem também com essas violências", recomenda.

Até por asseverar que violência somente gera mais violência, Perroni diz que é contra a pena de morte, porque não resolveria a situação. "A pessoa sabendo que a pena seria a pena de morte, não teria nada a perder e cometeria mais atrocidades e crueldades com as vítimas indefesas", explicou.

Para solucionar o problema, diz que deveria ser dada atenção especial ao núcleo da sociedade que é a família. Os conselhos familiares estão sendo deixados de lado e as famílias estão ficando desestruturadas com problemas de alcoolismo, drogas e violência doméstica. "Tudo isso gera entre as pessoas que convivem nesse ambiente a violência moral e de todas as ordens, inclusive a social", reforça.

Porém, assevera que as saídas temporárias fazem parte de um contexto de direitos, que os detentos conseguiram e que deve ser respeitado. Mas ressalta que deveriam acontecer de formas subjetivas e não objetivas.

Quer dizer, não deveriam ser definidas apenas preenchendo os requisitos, mas analisando cada caso para saber se o detento está se recuperando e tem condições de sair e conviver com a sociedade.

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