14 de agosto | 2011

Filhote de Chau Chau comprado em feira veio com cinomose e morreu

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A falta de determinados cuidados na hora de adquirir um cão de raça pode levar a situações muito mais complicadas do que o prejuízo financeiro, que pode decorrer da opção escolhida inadequadamente. A morte de um filhote pode, inclusive, acabar em problemas emocionais e até psicológicos em uma criança que espera ansiosamente pela chegada do animalzinho de estimação.

Problemas dessas espécies foram os que sobraram para a secretária Miriam Amélia Gonçalves de Oliveira (foto), que adquiriu um filhote de Chau Chau em uma feira realizada em São José do Rio Preto, na primeira quinzena de julho próximo passado.


O cachorro, que custaria R$ 700, acabou sendo comprado por R$ 650. Seria o início de uma longa amizade, mas era portador de cinomose e acabou morrendo alguns dias depois.


Ela contou que adquiriu o cãozinho no último dia de uma feira realizada no Rio Preto Shopping, que tinha começado no dia 7 de julho e que teve duração de 10 dias. “Comprei o cãozinho e viemos embora, mas no primeiro dia ele não comeu e no segundo dia já começou a ter diarreia”, disse.


Miriam Oliveira buscou orientação com um veterinário e o cachorrinho até voltou a comer, mas logo depois parou de novo e, quando isso ocorreu surgiu o diagnóstico: o veterinário lhe informou que era sintoma de sinomose, o que foi confirmado depois. “Quer dizer, eu trouxe o cachorro com sinomose de lá”, reclama.


A morte aconteceu poucos dias depois. “Eu tentei tudo e gastei o que podia, mas não teve jeito. Ele tinha sido vacinado só uma vez e não tinha resistência nenhuma. Essa doença acaba com a vida deles”, lamentou. “Era um Chau Chau, tinha a linguinha azul e era muito fofinho, coitadinho”, acrescentou.


De acordo com a secretária, embora até desconfianda do desconto concedido, não dava para perceber nada de errado com o cãozinho: “Na hora não dava para ver nada, ele estava muito bonitinho, mas eu percebi que tinha algo errado, porque o veterinário da feira ficou muito bravo como se ele quisesse me dizer alguma coisa. Ele falava assim: oh dentro de 10 dias, qualquer problema que você tiver com o cachorro, você o traz de volta”.


TRISTEZA DO FILHO


O maior prejuízo disso tudo, segundo ela, foi a questão emocional envolvendo o filho, de 12 anos de idade, que estava ansioso por ganhar o cachorrinho. “Ele vivia pesquisando na internet porque queria um e eu também gostei. Foi a raça que a gente escolheu, porque aqui no bairro tem bastante desses cachorros. Era a raça que a gente queria”, conta.


“Ele está sentindo, mas eu sinto mais porque era eu quem dava mais atenção, que levava ao veterinário e tudo mais. Ele gostava do cachorrinho, tirava muitas fotos, mas eu que sinto mais, porque me apeguei demais a ele”, acrescentou.


A situação que acabou enfrentando leva a secretária a fazer um alerta a outras pessoas para que nunca adquiram seus animais em outras localidades. “Procure num lugar próximo a sua casa, próximo da cidade porque você tem como reclamar”, avisa.


Para ela é uma aviso que deveria estar explícito nas clínicas veterinárias. “Porque se a gente soubesse não passaria por isso. Tem muita gente que comprou, mas não comenta tudo o que gastou e o sofrimento que teve. Depois que a gente passa pelo problema, é que a gente fica sabendo”, reforçou o aviso.


RESSARCIMENTO

O ressarcimento dos valores gastos nem sempre é difícil de acontecer. No caso dela, quando concedia entrevista para a reportagem, já havia recebido metade do valor pago pelo cachorro. O restante, conforme explicou, seria quitado através de cartão de crédito e os responsáveis pela feira se comprometeram a cancelar a fatura.

Ainda de acordo com Miriam Oliveira, o cachorro foi entregue com uma carteirinha de vacinação comprovando que havia sido aplicada a primeira dose. “Faria um mês no dia 1.º de agosto e teria que tomar a segunda, mas não deu nem tempo. Ele morreu antes”, finalizou.


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