26 de julho | 2009

Frigorífico Minerva demitiu cerca de 80 trabalhadores

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De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Industrias da Alimentação e do Açúcar de Olímpia e Região, João Roberto Stringhini, Chuca, o Frigorífico Minerva, que mantém uma unidade de logística em Olímpia, demitiu 80 funcionários no início de 2009. Segundo ele, foi o único setor que teve perda considerável de postos de trabalho. "Houve baixa no setor de exportação de carne, mas em compensação houve aumento no setor de usina para exportar o açúcar", justifica.

Chuca informa que a empresa chegou a cortar cerca de 20%, de um quadro de quase 400 funcionários. "Foram cortados aproximadamente 80 funcionários, mas já estão voltando", comemora. Segundo ele, chegou a cerca de 220 vagas e já está, atualmente, com quase 250. "Agora para chegar no que tinha antes vai demorar, porque o impacto foi grande no corte que teve", lamenta.

O presidente contou que atualmente o quadro no setor de exportações de carnes brasileiras é o oposto do que se verificava no ano de 2007, por exemplo. "Há dois anos teve aquele loucura na exportação de carne brasileira e eu tinha muitos funcionários no Frigorífico Minerva. Houve um corte no início do ano, mas já está recuperando", reforçou.

Já quando se fala no setor sucro-alcooleiro, a situação pode ser considerada completamente oposta. Nesse caso Chuca explica que as contratações não aumentaram apenas por causa do refino de açúcar, que tem sido a opção das empresas do setor, em razão dos preços atuais.

"Hoje, com a queda da safra nos países, principalmente a Índia, o Brasil vai cobrir aquela vaga da exportação. Então todas as usinas estão produzindo mais açúcar do que álcool e a Guarani e Vertente não são diferentes. Elas estão entre 60% e 70% para açúcar e o restante para álcool, exatamente por conta dessa queda que teve na Índia. Agora, quanto a funcionários, a usina já vinha contratando. A Guarani colocou mais uma refinaria e tinha que buscar mesmo. As refinarias estavam sendo montadas", informou.

Stringhini comemora o atual quadro no setor. "Acrescentou mais alguns postos de trabalho e para a categoria foi excelente, porque a usina vinha adequando as refinarias e agora está a todo vapor. Lógico que teve mais empregos, inclusive no setor de transporte teve mais. No nosso setor não teve muita demissão, continua igual", observa.

Empregos temporários

Outro fator positivo para a categoria é que os contratos temporários, até em razão das safras serem mais longas, estão diminuindo gradativamente. "Não acabou, mas não tem mais o tanto que era antes. Hoje tem em torno de 15% no setor de usina. Eu calculo, mas creio que não chega a isso, porque a safra hoje está quase anual", explica.

Essa situação se deve, principalmente ao fato das safras serem mais longas. "Não está mais tendo safra de seis meses. Hoje a safra está de 10 meses e aí você tira um mês para férias e um mês para manutenção, acaba aquela rotatividade de sair e entrar. O funcionário já fica fixo", explica.

O sindicato tem atualmente aproximadamente 2,3 mil associados, sendo destes em torno de 80% ligados às usinas. "Você pega de março até dezembro, ela segura aquele quadro de funcionários. Em janeiro concede férias, em fevereiro o trabalhador retorna para fazer a manutenção e em março começa a safra. Então, não está tendo nem tempo de fazer a demissão e depois voltar a pegar", finaliza.

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