16 de outubro | 2007

Horário de verão não tem preferência da maioria

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A se considerar as opiniões ouvidas nesta semana pela reportagem desta Folha, o horário de verão, que na versão deste ano começa no primeiro minuto do próximo domingo (14), está longe de ser alvo da preferência da maioria dos olimpienses. As dificuldades de adaptação são lembradas, embora para alguns o fato do sol se pôr uma hora mais tarde seja até a oportunidade de aproveitar opções de lazer.

Mas para outros, essa mesma hora a mais sob a claridade da luz solar acaba sendo utilizada para o desenvolvimento das atividades profissionais e mesmo culturais.

Para o farmacêutico Mario Sérgio Orlandi Gonçalves, de 40 anos, que ao contrário de muitos não tem dificuldades de adaptação, é excelente oportunidade para passeios e até mesmo ir ao clube aproveitar as atrações aquáticas. "Sempre sobra mais tempo nos finais de tarde para se fazer outras atividades", comentou.E esse não é o mesmo pensamento, por exemplo, da gerente de farmácia, Aparecida Lúcia Gonçalves Costa, de 52 anos, que não gosta do horário de verão por achar que mesmo com os dias mais longos não dá para fazer quase nada.

"Fica muito cansativo porque vai embora para casa e não dá para fazer nada. E ainda de manhã tem que levantar mais cedo", reclamou.No entanto, a fácil adaptação e o próprio fato de considerar que consome menos energia elétrica motiva o moto-taxista Carlos Luiz de Paiva, de 54 anos. Ele conta que aproveita para trabalhar mais e que apenas no início tem alguma dificuldade por causa da alteração.

 

Para mais velhos tem lado bom mas também têm as restrições

 

O horário de verão também acaba por dividir as opiniões das pessoas mais idosas. Enquanto para alguns o fator uma hora a mais sob a luz solar é considerada positiva, para outros a falta do sol, por exemplo, às seis horas da manhã, principalmente no início do período, é apontado como um problema.

O comerciante Waldemar Carvalhaes, de 72 anos, inicialmente afirmou: "É bom porque a gente fica com um pouco mais de tempo ocioso, podendo passear um pouquinho mais".

De acordo com ele o sistema favorece a freqüentar mais o Parque Aquático Thermas dos Laranjais e a ganhar uma hora de exercícios no final da tarde todos os dias: "para a nossa idade é muito bom", acrescentou.

Carvalhaes conta que com a idade que tem já se acostumou tanto com a versão do horário de verão, quanto com o que é chamado popularmente por "Horário de Deus". Por isso, não percebe muito a diferença.

A facilidade de adaptação faz com que o aposentado Evaristo Polpeta, de 80 anos de idade, que tem uma barraca de caldo de cana-de-açúcar na praça Rui Barbosa, também goste da alteração.

O porquê, de acordo com ele, é que pode levantar mais cedo e, consequentemente, largar o serviço também: "É bom, né", asseverou. "Vou cortar cana e passar na engenhoca para limpá-la", acrescentou.Mas se engana quem considera que todos os idosos tenham a mesma opinião a respeito do horário de verão. O autônomo João Lopes Volfe, de 64 anos, foi enfático ao responder que não gosta. "Porque á tarde o sol está lá no céu e já são seis horas e de madrugada já são sete", justificou.

No entanto, mesmo assim, porém, sem, no entanto, explicar de que maneira, afirma que aproveita a hora a mais sob a luz solar para curtir mais a vida. Suas dificuldades de adaptação se resumem à necessidade de levantar mais cedo. O produtor rural Avolinto Cervato, de 60 anos, também não gosta do horário de verão. "Isso aí descontrola a vida da gente inteirinha", reclama.

Por ter a sua propriedade rural e por isso não ter horário específico para trabalhar, reclama que tem horário para começar e enquanto há sol não pára de trabalhar.

Uma das dificuldades que aponta é relacionada ao horário bancário: "A gente tem que parar muito cedo para vir fazer um serviço de banco e depois voltar".

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