A indecisão da prefeitura, pelo menos no que se refere à confirmação dos desfiles das escolas de samba no carnaval de 2010, inviabilizou a apresentação de um samba enredo conforme vinha ocorrendo nos três últimos carnavais. Esta é a conclusão que se pode chegar das informações dadas nesta semana, pelo presidente da Associação Cultural Samba Sem Compromisso, agrônomo, Flá­vio Augusto Pavese (foto). A­lém disso, há também a necessidade de renovar parte dos instrumentos do bloco carnavalesco.

“Em virtude de o evento ter sido confirmado à última hora, não tivemos tempo de programar os músicos, compor o samba de enredo e ensaiar. Então, esse ano, pela primeira vez depois de três anos, não vamos apresentar o samba de enredo”, justificou.

Vamos usar evoluções de bateria, como a gente fez em alguns anos, algumas evoluções novas que já foram criadas e já foram criadas e já estão sendo ensaiadas, há três semanas, e essa bateria está ensaiando, tirando os dias que choveu, estamos ensaiando ha dez dias.

Por outro lado, há também dificuldades a serem enfrentadas com relação a recursos financeiros. Embora não tenha reclamado do valor liberado pela prefeitura, Pavese explica que há necessidade de renovar parte dos instrumentos musicais que já estão desgastados pelo tempo de uso.

“Há alguns anos não repomos os instrumentos e nossa bateria está ficando envelhecida. Temos instrumentos de 20 anos atrás e até com 25 anos de uso e nesses instrumentos não tem mais como dar manutenção. Por isso, repondo uma parte até mesmo para garantir o nosso acervo para os próximos carnavais”, contou.

O atraso atrapalhou também na confecção das fantasias. Segundo o presidente houve dificuldades para contratar uma equipe de costureiras. “Já estão cortando os tecidos e confeccionando as fantasias. Demos prazo para entrega até na sexta-feira que antecede o carnaval para que sejam entregues prontas. Creio que não haverá atraso”, explicou.

Outra dificuldade, esta mais para o lado financeiro do que em razão do tempo, embora seja este último um fator que atrapalhe, está na confirmação ou não da apresentação de um carro alegórico contando o tema da escola.

“Temos o projeto pronto, mas precisamos de uma pessoa que entenda e não encontramos até o momento alguém que se comprometa a montar o carro e que não cobre horrores para que a gente não precise desembolsar muito dinheiro com essa parte. Estamos procurando uma pessoa apta que cobre um preço justo”, finaliza.