15 de março | 2010

Interventor foi notificado sobre acordo na quinta-feira

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De acordo com o advogado Gilson Eduardo Delgado (foto), que representa oficialmente os médicos, o interventor nomeado pelo prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, para agir na Santa Casa de Olímpia, vice-prefeito Luiz Gus­tavo, foi notificado duas vezes nesta semana, sobre o acordo formalizado entre os médicos plantonistas e a provedora, Helena de Souza Pereira.

A primeira notificação se deu na quarta-feira, dia 10, através de telegrama e a segunda na quinta-feira, dia 11, com Aviso de Recebimento (AR). “Questionando dele, um posicio­na­men­to”, enfatizou.

As notificações foram porque não houve ainda um encontro para saber se a nova direção da Santa Casa aceita ou não a proposta apresentada e firmada judicialmente. “Eu notifiquei que desde que fizeram a intervenção até essa data, ninguém entrou em contato pessoal comigo, em relação à pessoa do interventor, visando uma solução ou comunicar se vão ratificar aquele acordo ou não. Eu notifiquei o interventor para que se manifestasse se ele ratificava o acordo feito ou não”, explicou.

De acordo com Gilson Delgado, Pimenta está alegando que precisa verificar se ele pode ou não ratificar e que verificaria se a ratificação oneraria ou não os cofres da Santa Casa. “Ele respondeu e não respondeu. Falou que o acordo foi muito mal feito entre eu, o Oscar (advogado da Santa Ca­sa) e a pro­ve­do­ria, que foi feito de afo­gadilho”, contou.

“Eu vou esperar que os médicos me procurem para ver o que eles querem fazer. Tem um detalhe também: até a­go­ra só ele falou e não me procurou. Embora, a­cre­dito que ele tenha liberdade pa­ra fazer”, afirmou. “O representante legal dos médicos sou eu e ele não tem que ficar conversando com os médicos a respeito desse assunto”, acrescenta.

Sobre o fato de Pimenta ter informado que já acertou com alguns médicos, o advogado disse: “é um erro dele, sendo advogado também e sabendo que tem um advogado constituído, ele tem que me procurar, nesse caso dos médicos. Mesmo porque, se ele quer conversar com os médicos tem que conversar com os 33. Então, vou esperar e ver o que os médicos querem. Dependendo de como caminhar a conversa, vou pedir para que os médicos contratem outro advogado. Não vou ficar me desgastando, ficar entrando nessa situação quando a minha questão é técnica, é profissional. Não é política, não é nada. Então, decepcionado estou e bastante”.

O advogado contou que, es­tra­nha­mente, já recebeu uma resposta de Pimenta, oficialmente: “Ele fala que a junta interventora está analisando os termos do acordo, fala de passagem que foi feito (acordo) de afogadilho, apresentou erro na matéria de fato e de direito e que está fazendo a verificação da viabilidade do cumprimento de tal acordo e, em consequência, sua ratificação ou não. Fala também que eu disse que falei que os médicos estão atendendo o serviço normalmente, inclusive os plantões, e fala ainda que como representante legal deveria tomar providencias para fazer eles cumprirem o acordo e voltar ao serviço médico”.

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