26 de julho | 2017

“Laércio Peão” recebeu alta, foi para Colina e já está em Icém

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O médico-cirurgião Nilton Roberto Martines que realizou as várias cirurgias que salvaram a vida Laércio Marques, vulgo Laércio Peão, que levou dois tiros no tiroteio da terça-feira, 11, em frente à casa de seu patrão, o corretor de imóveis Euripedes Augusto Mello, o Euripinho, que reagiu à bala à presença de “cobradores” de uma dívida de R$ 300 mil, deu alta para seu paciente na manhã de quarta-feira, 26.

Nilton informou que às oito horas da manhã de quarta-feira ele ficou liberado, em bom estado geral, sem nenhum tipo de problema, com uma recuperação completa. “Então, hoje, dia 26 de julho de 2017, está de alta médica da Santa Casa”, concluiu o médico.

Laércio foi encaminhado para a cadeia de Colina na quarta-feira e, depois, na quinta-feira, 27, foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Icém, onde estão os seus colegas, Elton Albertino e Paulo Sérgio Vieira e seu patrão Euripedes Augusto, o Euripinho.

Com a recuperação e a ida de Laércio para o CDP de Icém, ficou faltando apenas a prisão do sétimo envolvido no tiroteio que parou a cidade na terça-feira, 11, Emerson Aniceu Teixeira, de 39 anos, o “Nim Peão” que teve a sua preventiva decretada dia 21, mas que ainda não se apresentou à polícia e passou a ser considerado foragido da justiça.

Martines realizou os últimos procedimentos em Laércio no domingo, após ter realizado exames pra localizar as balas que teriam atingido o abdômen e a boca do funcionário de Euripinho. Na ocasião, disse: “Hoje localizamos e retiramos o projétil de arma de fogo na região toraco-abdominal anterior a direita. A do pescoço saiu no dorso”, afirmou.

O médico não tinha encontrado os projéteis. Segundo ele, esta seria a última parte do tratamento, que aconteceu agora.

O paciente, no caso o Laércio, chegou com um ferimento na região tórax abdominal à direita, sangrando muito e tinha um ferimento na face também. “Iniciei imediatamente a cirurgia e houve duas costelas quebradas, estraçalhou o fígado. Foi um projétil de alta potência. Para fazer o estrago que fez é uma arma bem potente”.

“A minha finalidade era coibir a hemorragia, porque é isso que mata e nisso percebi que tinha um sangramento intenso na boca. Chamei o meu filho Fábio, estava na cirurgia do abdome com o médico Henrique Louzada e o acadêmico Guto Ceron que faz estágio aqui com a gente”, continuou.

“Vimos que tinha fraturas na mandíbula e no maxilar e a bala tinha atravessado na garganta e seccionado a língua. Por sorte, o médico Matheus, que é otorrino, estava atendendo aqui e acionamos ele imediatamente. Ele e o Fábio começaram  a realizar a cirurgia da parte oral do paciente. Enquanto o Matheus terminava, o Fábio fez um acesso central, uma veia profunda para que a gente pudesse estabilizá-lo e manter a pressão do paciente. Terminamos a cirurgia, drenamos o tórax e fizemos uma radiografia de controle, porque naquele momento era importante parar o sangramento, corrigir as lesões para depois procurar a bala. Fizemos um raios X e não encontramos o projétil, nem na parte da face do pescoço e nem no tórax”.

Na ocasião, também segundo Martines, o paciente estava com dois orifícios, um na face e outro no tórax. Por outro lado, estava estável, mas muito grave e teve que fazer transfusão de três bolsas de sangue.

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