03 de julho | 2022

Lisse acredita que prefeito ficou abalado com o retorno da vereadora Alessandra

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OUTRO LADO!
“Não teve conspiração. não tenho acordo firmado nem com o Tarcísio nem com o ex-prefeito de Altair”.
“Ele demonstrou estar abalado emocionalmente com um fato que poderia ter sido evitado. É um bom gestor, mas o autoritarismo fala mais alto”.


O vereador Hélio Lisse Júnior, que foi citado pelo prefeito Fernando Cunha em entrevista de mais de 1h30 no programa Cidade em Destaque de quarta-feira, 29, como tendo abandonado o seu governo e que agora estaria fazendo oposição a ele, classificou as declarações como uma surpresa desagradável pelas afirmações que desqualificam o seu caráter e também pela demonstração de não aceitação do retorno da vereadora Alessandra Bueno para a Câmara por força de medida judicial.

“Ele demonstrou estar abalado emocionalmente com um fato que poderia ter sido evitado. É um bom gestor, mas o autoritarismo fala mais alto”, classificou o vereador em manifestação pelo WhatsApp.

Tarcício e Hélio Lisse também responderam ao prefeito através do programa Cidade em Destaque de sexta-feira, 01. Clique acima e assista!

E continuou: “No dia em que me convidou para assumir a secretaria falei pessoalmente a ele que não concordava com a cassação e que tinha preocupação com isso. Respondeu que era um problema da Câmara e que não iria interferir”.

Lisse contou ainda que antes de deixar a Câmara foi até o suplente João Stelari e pediu para que este não votasse pela cassação da vereadora, mas este, ao longo do tempo, mostrou que agiria totalmente ao contrário.

PREFEITO PROMETEU QUE SUSPENDERIA
SESSÃO PARA ACHAR PENA MAIS BRANDA

Quanto à conversa na rua, no dia da cassação e também quando eles protocolaram o pedido de exoneração das secretarias, o vereador declarou: “Conversamos com o prefeito e ele aceitou e textualmente. Falou que mandaria suspender a sessão e no dia seguinte faria reunião para decidir sobre uma pena mais branda, diferente da cassação. A proposta seria de harmonização e não conspiração contra o executivo, tanto é que o pedido de suspensão da cassação estava condicionado a trazer a vereadora de volta para a base”, contou.

E complementa: “fomos falar com o prefeito como agentes políticos que somos e analisando a política de futuro. Mas, como vimos que isso não iria acontecer, então protocolamos o pedido de exoneração, pois não poderíamos deixar a vereadora ser cassada injustamente. Na minha profissão de delegado e operador do direito não posso aceitar injustiça e ilegalidade”.

Hélio deixou claro que jamais condicionou sua nomeação a um cargo comissionado a troco de não votar na cassação da vereadora. “Onde ficaria a minha liberdade de pensamento e de consciência”, enfatizou.

CONSPIRAÇÃO É INVERDADE

Ele disse também que à frente da secretaria, durante o pouco tempo que ficou, não deixou nada para trás resolvendo todas as demandas a ele confiadas.

Sobre a declaração do prefeito de que teria participado de uma conspiração contra ele, Lisse classificou de inverdade. “O fato é que não se aceitava as ocorrências da mesa diretora, como, por exemplo, o vazamento de informação errada sobre a vereadora Alessandra que vazou dentro da administração, na época expondo a vereadora. Proibição de viagens do Tarcísio e da própria Alessandra e gastos desnecessários da Câmara”, salientou.

Sobre as fofocas que o prefeito teria ouvido sobre estarem usando a secretaria para tomar o poder na Câmara, afirmou que nunca se deu a esse tipo de coisa. “Inclusive, a pedido dele, fui líder do governo por um ano e meio no pior momento da Câmara, com a oposição de Flávio Olmos, Salata e Pimenta”, explicou.

NÃO TENHO ACORDO FIRMADO
NEM COM TARCISIO
NEM COM EX-PREFEITO DE ALTAIR

Já sobre uma possível submissão dele ao outro vereador que se exonerou, Tarcísio Candido de Aguiar e ao ex-prefeito de Altair, que teria interesse em se candidatar para o mesmo cargo em Olímpia, afirmou taxativamente que não tem nenhum acordo político firmado com nenhum deles.

“Não sou e não vou ser nunca omisso. Faço o que minha consciência manda e não tenho nenhum mentor intelectual”, complementou.

Sobre ser oposição ao prefeito Lisse afirmou: “Nunca fui, mas tenho sempre um posicionamento forte com relação a algumas demandas do legislativo. Ele precisa respeitar o posicionamento das pessoas e do vereador. Só serei oposição caso ele me declare nessa situação. E aí ele estaria glosando o trabalho de vereador que trabalha para o povo”.

Concluindo, o vereador Hélio Lisse Junior destacou sobre a afirmação do prefeito de que ele poderia deixar o partido em que ambos estão filiados: “Estou no partido antes dele e não me sinto incomodado”.

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