O que você fará com o dinheiro ao receber o pagamento de seu 13.º salário? As possibilidades são várias. Há quem usará para saldar débitos anteriores e até comprar presentes. Há também quem pretenda poupar para no futuro comprar algum bem de valor considerável. Entretanto, a maioria, diz que usará o valor para quitar saldos devedores e encerrar o ano sem dívidas.

Pelo que se depreende da enquête realizada nesta semana pela reportagem desta Folha, cerca de 60% dos entrevistados pretendem apenas pagar as dívidas. Uma pequena parcela, em torno de 20% deles, declarou que pagará dívidas e também comprará presentes. Apenas um entrevistado disse que vai gastar com compras e, por fim, um diz que vai guardar o dinheiro.

A balconista Riciela de Paula, por exemplo, diz que pretende comprar presentes, mas também tem a preocupação em saldar seus débitos acumulados durante o ano. "Vou comprar presentes e também pagar algumas dividas que estão (por) aí", acrescentou.

Embora as compras pretendidas não tenham referência a presentes para amigos ou parentes, a vendedora Drieli Sabrina Corrêa Silva, não fala em dívidas, mas sim em consumir o máximo que puder com o valor do seu 13.º salário: "vou comprar bastante mercadoria, só que para mim".

Depois de ter saldado suas dívidas com o valor da primeira parcela, a funcionária pública estadual, Maria Catarina Duarte, fala em presentes, porém, de uma maneira mais particular. Ao ser perguntada qual seria sua opção ela explicou: "A primeira parcela paguei dívidas e a segunda vou comprar um presente de casamento".

Mas o poder aquisitivo não é igual para todo mundo. Alguns profissionais, cujos rendimentos mensais são mais baixo, a opção é única. Quer dizer, para estes não sobra outra saída se não o pagamento de dívidas acumuladas durante o ano.

Neste caso, por exemplo, estão o frentista Luiz Rogério de Almeida, e o manobrista Rodrigo Paschoal. A resposta dos dois, se considerada um refrão de um coral, poderia ser uníssona: "Pagar as dívidas".

Da mesma forma, embora usando algumas palavras a mais, respondeu o mecânico Cláudio Adão Costa: "Na verdade, vou pagar as contas que ainda devo". A balconista Luciane Cristina de Barros Ignácio, também foi enfática ao demonstrar a preocupação em começar 2009 sem dever: "Eliminar as minhas contas do ano".

Mas as preocupações não se dão apenas em torno de dívidas ou restos a pagar dos compromissos assumidos anteriormente. Há também que fale em se preservar e apenas usar o dinheiro como um investimento.

Nesse caso está a estudante e estagiária Tatiane Alves: "Vou usar para não entrar o próximo ano com dívida para pagar. Vou pagar a faculdade e algumas coisas que há pendentes. Quero entrar o ano de 2009 livre".

Da mesma maneira se manifestou o estoquista Juliano Alex Ferreira: "Normalmente as pessoas usam esse dinheiro para pagar contas do decorrer do ano, mas o que realmente vou fazer é guardar esse dinheiro. Se Deus quiser".