22 de janeiro | 2007

Mais de 4% da população sofrem com algum tipo de câncer

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Confirmando as expectativas iniciais de que a Secretaria Municipal de Saúde não tem controle sobre a quantidade de moradores da cidade, afetados por algum tipo de câncer fazendo algum tipo de tratamento, no final da manhã desta sexta-feira surgiu a primeira informação que, se não for, pelo menos se aproxima da realidade. O fato é que mais de quatro por cento da população sofrem com algum tipo de câncer.

A informação foi divulgada pela Rádio Difusora, por volta das 13 horas, pelo presidente da Cootransp – cooperativa que agrega os transportadores de aluno da zona rural do município de Olímpia, João Donadi, conhecido popularmente por "Italiano", que tem estreitas ligações com o Hospital São Judas Tadeu em Barretos, conhecido popularmente por hospital do câncer.

De acordo com o que informou, com base em números relativos ao ano de 2006, o município tem 2.085 pessoas portadoras de algum tipo de câncer fazendo tratamento na cidade de Barretos.

No entanto, ele não soube precisar se neste total já estariam incluídos possíveis casos de moradores dos Distritos de Baguaçu e Ribeiro dos Santos. Mas garante que ainda há casos de pessoas que fazem tratamento em Ribeirão Preto ou mesmo em outra cidade, como por exemplo, São J. do Rio Preto.

Adotando por base a projeção populacional divulgada pelo Seade, de que o município conta com 48.810 habitantes, o total anunciado pelo perueiro representa 4,3 % dos moradores. Por outro lado, no ano passado o hospital prestou nada mais, nada menos que 9.338 atendimentos a doentes da cidade de Olímpia.

Este total de atendimento, ainda segundo contou preliminarmente na tarde de ontem, significa cerca de 2,3% do total de 410 atendimentos prestados a centenas de cidades brasileiras durante o ano de 2006.Informações locais

De acordo com as informações divulgadas em dezembro de 2006 pela Secretaria Municipal de Saúde, nesse período houve 29 óbitos provocados por alguma espécie de câncer.

No entanto, a responsável pelo setor de Saúde da Mulher, enfermeira Janaina Simões, não descartava a possibilidade de os números, mesmo de mortes, serem ainda maiores.

Na ocasião ela justificava que os números informados representavam apenas o universo de casos computados na secretaria referentes a pacientes cujos diagnósticos são encaminhados ao Hospital do Câncer de Barretos e recebendo depois os resultados de exames, fossem eles positivos ou negativos.

Já um levantamento do SUS, ao qual a editoria desta Folha teve acesso, mostra que a Santa Casa de Olímpia, a partir do ano 2000 até outubro do ano passado, havia internado um paciente com algum tipo de câncer a cada dois dias. Neste período foram 1.213 internações hospitalares para tratamento.

 

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