06 de julho | 2008

Martinez acredita que o nível será pior durante a campanha

Compartilhe:

 

 Primeira vítima da parte suja da política e acreditando em novos boletins apócrifos contra algum ou mesmo alguns candidatos, o ex-vice-prefeito de Olímpia, Nilton Roberto Martinez (foto) (PSB – Partido Social Brasileiro), afirmou na segunda-feira, dia 30 de junho, que acredita que o nível será ainda pior durante a campanha eleitoral que terá início oficialmente a partir do próximo domingo, dia seis de julho.

"A campanha começou e começou mal. E vocês verão no decorrer dessa campanha política o que vai acontecer. Não pense que o nível vá melhorar. Há pessoas que não estão nenhum pouco interessadas em discutir os problemas da cidade. Existem pessoas que estão interessadas em estar no poder por estar no poder", declarou durante entrevista coletiva depois do encerramento da convenção do PSB.

O boletim apócrifo, segundo ele, foi apenas um dos dois motivos básicos que o levou, junto com Celso Mazitelli Júnior, à desistência da candidatura à disputa da prefeitura de Olímpia. No entanto, o primeiro motivo, segundo explica, é não conseguiram uma estrutura forte de competição, embora, as pesquisas apontassem bom posicionamento na intenção de votos dos eleitores.

"E segundo, esse boletim que lançaram na cidade nos feriu profundamente, porque mostrou o tipo de política que nós não nos propusemos a fazer e nem a participar. Então, digo o seguinte, a política de Olímpia começou e muito mal, de uma maneira que não se deve começar, ofendendo a nossa família e ofendendo aos cidadãos olimpienses, porque pelo que nós estávamos andando e conversando, ninguém quer saber disso.

A população e os eleitores querem saber de propostas, o que você vai fazer na saúde, na educação, o que vai fazer da cidade e o que vai fazer com o turismo. Então, isso nos deixou muito magoados e aliado ao fator de que nós vemos dificuldade de montar uma estrutura partidária competitiva, resolvemos, eu e Celso, não partir para uma aventura ou alguma coisa que pudesse parar na metade do caminho", comentou.

Nilton explica também que em toda campanha eleitoral tem que existir uma parte financeira mínima e isso recairia na verdade sobre ele e Mazitelli. "E ninguém tem hoje dinheiro para jogar fora ou para gastar numa campanha política. Como nós não pretendemos recuperar isso mais tarde com outros meios, optamos por ter o pé no chão e a cabeça no lugar", justifica.

Decisão

A decisão foi tema de conversa com os candidatos a vereadores que, de acordo com Nilton, entenderam os problemas: "Conversamos com nossos filiados e todos entenderam e aceitaram a nossa posição. Alguns fizeram discursos eloqüentes para que a gente revisse a posição, mas nós já tínhamos tomados essa posição com muita consciência e seriedade e não vamos fazer o povo de Olímpia de otário".

Sobre a votação que obtiveram na eleição de 2004, se não teria se sentido desprestigiado por não ter agora um apoio maciço disse que não, mesmo porque entende que "em cada cabeça você tem uma sentença" (sic) e que cada um tem que escolher com quem se coligar.

"Coligou com a gente aqueles que tinham o mesmo ideal que nós tínhamos. Então, não nos sentimos desprestigiado de maneira nenhuma e nem criticamos aqueles que fizeram opções pelas coligações que fizeram. Cada um pensa de uma maneira. O que nós sentimos é que faltaria uma estrutura partidária para continuarmos. Embora nós estivéssemos muito bem posicionados nas pesquisas, você tem uma campanha de 90 dias e isso pode ser alterado. Então você precisaria de uma estrutura partidária muito forte", explica.

Nilton negou que a candidatura Valdomiro Lopes a prefeito de Rio Preto tenha influenciado na desistência da candidatura: "Não, absolutamente. O Valdomiro quer ser candidato em Rio Preto e não tem nada a ver Rio Preto com Olímpia. E nem nós pediríamos a ele algum tipo de apoio financeiro, nada disso.

O apoio que ele vai dar a qualquer legenda do PSB de uma cidade do porte de Olímpia, ele daria para nós, como daria para qualquer outro PSB de qualquer outra cidade. Nós não exigiríamos dele nada mais que o PSB vai dar para todos os seus filiados".

Fim da carreira

Por outro lado, Nilton dá por encerrada sua participação como candidato na política de Olímpia: "Política direta sou muito franco em dizer, diretamente como candidato está encerrada a minha participação, mas não está encerrada minha participação na política local.

Tenho algumas pessoas que aprendi a admirar, pessoas que pensam como eu e é claro que, quando perceber que um deputado ajuda bastante Olímpia, principalmente a Santa Casa, alguém que queira mudar a saúde, vou participar ajudando. Isso não tenha dúvida. Mas como candidato direto, não".

Ao reforçar que não será mais candidato, ele recorda: "Falei que não sairia candidato a vice com ninguém que não fosse o Dr. Celso. Tive inúmeros convites, mas declinei porque o Celso pensa exatamente como eu penso. Vou deixar bem dito: candidatura direta não, mas participação política sou cidadão e entendo que devo participar sempre da política local".

Boletim

Sobre o boletim apócrifo comentou: "Temos inúmeros sinais das pessoas que fizeram isso e, que lamentavelmente perderam seu caráter ao fazer. Não acho que seja uma coisa louvável. Existe alguém que pode estar dando risada por trás disso. Mas sempre digo que diarréia não dá uma vez só e a vida é como se fosse uma roda gigante, de repente o feitiço pode virar contra o feiticeiro.

É obvio que resposta desse tipo que nós vimos como esse boletim ou alguma coisa, jamais vocês vão esperar de mim e do Celso. Nós não fizemos e nunca faremos isso. Mas a pessoa, no futuro, pode se sentir envergonhada disso daí. Nós temos fortes e muitos indícios que nos levam a crer que sabemos as pessoas, mas você não pode citar nenhum nome sem a prova concreta. Estamos buscando essa prova com uma investigação particular".

Coligação

Sobre a coligação com o PV (Partido Verde), disse que procuraram dar a maior liberdade possível para "os nossos candidatos a vereadores e eles decidiram que queriam sair candidatos, porque entendem que é necessário dois ou três vereadores dessa coligação na câmara e nós vamos lutar por isso. Estamos coligando com o Valtinho. Foi vontade do PSB.

Não é uma imposição nem minha e nem do Celso. Nós queríamos saber se estaríamos fora totalmente da polícia, era uma opção, a outra opção era a coligação de um partido que pensa igual a gente, que eram o PV e o PT que nos ajudou o tempo inteiro. Isso que parece que foi a decisão dos vereadores, nós não interferimos absolutamente em nada disso e sendo vontade deles, a coligação estará sendo feita PV, PT e PSB".

Martinez garante apoio a Valter Gonzalis e ao candidato a vice-prefeito, José Carlos Seno Júnior: "Não tenho dúvida nenhuma. Se o partido coligou com eles por vontade dos vereadores, nós temos responsabilidade sobre a candidatura desses vereadores, nós vamos ajudá-los".

"Lamentavelmente houve essa intempérie e todos entendem que você precisa preservar sua família. Eu e o Celso estamos fazendo nada mais nada menos do que preservando nossos familiares e principalmente os nossos filhos e, também, entendemos que mais uma vez o processo político da cidade, nós não conseguimos efetivar o nosso nome como uma candidatura, não precisava ser única, mas que tivesse uma densidade partidária mais forte para disputar de igual para igual essa campanha", completa.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas