Depois de mais uma reunião sem chegar a um acordo, no inicio da noite da segunda-feira, dia 22, os médicos resolveram paralisar o plantão de disponibilidade – quando não permanecem no hospital, mas ficam disponíveis para atendimento –  na Santa Casa de Olímpia. Como conseqüência, o promotor dos Direitos Constitucionais do Cidadão, Gilberto Ramos de Oliveira Júnior, deverá pedir à justiça, que seja determinada uma intervenção da prefeitura no único hospital da cidade.

Devido à quantidade de pessoas que compareceram para esta quinta reunião, o assunto acabou sendo discutido no salão do tribunal do júri do fórum local. Além dos médicos envolvidos na questão, também compareceram o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, a provedora da Santa Casa, Helena de Sousa Pereira, e representantes da delegacia regional de Barretos, do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo).

Consta que os médicos até aceitariam o valor de R$ 50 mil proposto. Porém, não abriram mão do aval do prefeito ao acordo, que Geninho alegou ser impedido legalmente de assinar. Os médicos queriam que o acordo fosse firmado no mesmo processo que eximiu a prefeitura da responsabilidade por esses plantões.

Porém, de acordo com Helena Pereira, esses médicos não deixam atender todos os casos que apareceram no Pronto Socorro do hospital. Quer dizer, quando se tratar de uma urgência ou emergência, os mesmos atenderão. Mas caso contrário, haverá a remoção do paciente para um hospital da região, em uma ambulância da Secretaria Municipal de Saúde. A cidade vai depender, claro, da disponibilidade informada pela central de vagas do SUS. Duas ambulâncias já estão na porta do Pronto-Socorro para uma aeventual remoção.

Ao final da reunião, o promotor elaborou um Termo Circunstanciado (TC) e fez todos assinarem, avisando que nos próximos dias deverá pedir a intervenção judicial na Santa Casa pelo município. “Aí vai ser o fim”, enfatizou a provedora.