30 de março | 2008

Mentir é parte da personalidade e tem origem na infância

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 O ato de mentir está ligado à personalidade das pessoas e pode até ter origem na infância, até mesmo através do incentivo das atitudes dos pais, que, muitas vezes, chegam a pedir para o filho falar alguma mentira considerando que isso seria benéfico para a família. Mas muitas vezes a mentira aparece como forma da pessoa reforçar sua imagem, querendo aparecer melhor dentro do meio social em que vive.

De acordo com o psicólogo Antonio Carlos Nogueira de Almeida, para terem mais destaque, a pessoa acaba inventando uma boa história que leva em frente até que acabe sendo desmascarada pela real situação.

"Às vezes demora um tempo maior e às vezes em poucas horas pode acontecer. A pessoa cresce com isso fazendo parte da personalidade dela e convive com a mentira que se torna um processo natural", explicou.

Segundo ele, há como corrigir o que se pode considerar um defeito, mas depende da consciência e vontade de melhorar. "No caso de terapia não adianta usar a mentira como uma válvula de escape, vai ter que bater de frente com a verdade", disse.

A associação da mentira à infância das pessoas é também uma associação da psicóloga Sandra Montovanelli Sgarbi, problema relacionado ao ambiente que vive e como os pais tratam as questões da educação dos filhos: "Aquela coisa que prometem e não cumprem". "Eles dizem: fala que o papai ou que a mamãe não está. Então, a criança vai achando que mentir é uma coisa normal. Pode ser que comece a partir daí a mentira, como a mentira saudável que os pais falam", acrescentou.

A influência do comportamento dos pais no comportamento dos filhos, segundo Sgarbi, é fundamental, "porque quando crianças aprendem com o comportamento da família".

De acordo com a psicóloga há prejuízos que a mentira pode acarretar às pessoas. "Depende da gravidade da mentira a pessoa pode viver um mundo achando que pode tudo e que consegue enganar a todos, usando da mentira para conseguir as coisas", finalizou.

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